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Daniel Amaral [Locutor, Publicitário, Pintor Ilustrador e Poeta Brasileiro]

Vivo e trabalho em Portugal, mas nasci em Vitória, no Espírito Santo, região sudeste do Brasil, filho de uma família muito pobre, financeiramente falando. Vivi do mangue, do mato e da roça. Meus avós eram pequenos agricultores de subsistência e nós vivíamos daquilo que colhíamos e dos animais que caçávamos e criávamos, como as capivaras, que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantações de milho, feijão, batatas e de mandioca pelo meu avô. 
Haviam também muitos tatus e cotias, além de um rio piscoso, do qual trazíamos samburás cheios, quando estávamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passávamos muito tempo. 
Nessa ilha, havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio. Era coberta com sapê (folha de palmeira, de fácil manuseio). Meu avô, um negro magro e de baixa estatura, descendente de escravos, era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobreviver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro. 
Quando estávamos nessa ilhota do rio Santa Maria, raramente passávamos fome. Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogão de lenha. 
O rio costumava encher além das medidas na época das chuvas. Esse era o melhor momento para a pesca com os espinhéis  (feixe de anzóis) para pegar jacarés e também para colocar os samburás (armadilhas para peixes feita de bambu e cipós) na boca da vazante do rio (...) 

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Gosto de todas as áreas de concepção e projetos em publicidade, assim como de desenhar, pintar e esculpir. 
Desde 1980 trabalho na área das comunicações onde, como criativo e ilustrador, trabalhei em algumas importantes agências de publicidade do Brasil. 

Utilizo quase todos os softwares gráficos para Windows e Mac, bem como softwares de edição de áudio. 
Gosto muito de desenhar e finalizar os meus trabalhos no computador(iMac2.4 GHz Intel Core 2 Duo, 3GB 800 Mhz DDR2 SDRAM, às vezes utlizando uma tablet), porém quase todos os desenhos e pinturas que você vê nos meus blogs foram feitos à mão livre. Mesmo aqueles que foram posteriormente trabalhados no computador. Contudo, grande parte deles foram feitos com uma caneta esferográfica comum. A técnica é o chamado “bico-de-pena”. 
Também pinto a óleo, acrílico, pastel, guache, aquarela, a carvão,... 
Comecei a desenhar muito cedo... por volta dos cinco ou seis anos de idade, portanto, sou basicamente um autodidata, embora tenha freqüentado a faculdade de belas artes.

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Trabalhei em algumas redes de rádio brasileiras, como a Rede Cidade, Transamerica, Manchete e outras importantes estações FM e AM. Atualmente, além dos podcasts e de outras atividades profissionais, gravo documentários e comerciais para rádio e TV.
Nessas andanças todas vim a conhecer grandes profissionais com os quais pude conviver e aprender. Na verdade, continuo a aprender a cada dia e espero nunca me sentir pronto. 

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Sempre desejei dedicar-me inteiramente às artes. Este foi o motivo que  me levou a vir morar na Europa. 
Quero produzir, criar... enfim, desenvolver cada vez mais a minha arte.
Já participei de algumas mostras coletivas e individuais de pintura, desenho e escultura. 
Por: Daniel Amaral
 

Sites onde pode ser encontrado a poesia de Daniel Amaral :

 

POESIAS  DE  DANIEL  AMARAL

ODE A LISBOA

Meu pensamento viaja no tempo passado,
Quando caminho distraído e alegre,
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantes
Entre os prédios seculares da bela Lisboa
Que me fazem viajar nas asas do tempo.
Por vielas de calçadas e sombras, dou-me conta
A cada detalhe onde ainda a história ressoa
O grito heróico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempre
Cantando os seus versos a luz de Lisboa.
Cidade peninsular de montanhas imponentes
Onde cresceu um casario onde o passado ainda canta
A Lisboa do Tejo, que sorrindo caloroso se espraia.
És tu a cidade de histórias e lembranças tantas,
Encantada Lisboa, em cada torre em cada praça.
Eu, que vim de terras longínquas,
Aprendi a te amar agradecido e carinhoso.
Pois, as montanhas doaram-me a tua beleza
E os meus olhos de amante simplório brilharam
Com todo o gostar de um amor ternuroso,
Enquanto os pardais a volta cantam e brincam...
É assim este gostar: singelo, despretensioso
Como do amante que a amar, vai docemente,
Enquanto passam as estações e o coração se alegra
Com o nascer das manhãs deste sol mensageiro
Que traz mais um dia em que estarei contente.

©Daniel Amaral


Lá vai um menino
correndo atrás do vazio.
Lá vai um menino,
que de tão pequenino
entre os carros que passam,
se perde no tempo
de ser apenas menino...

Esse menino,
que sonha sozinho,
só pede um pouquinho
da luz que queria.
Ter a estrela pequenina,
quando a noite vai fria.

Pobre menino.
invisível aos olhos
que vão sonolentos,...
Da tristeza ensaiada,
da vida roubada,
dos sonhos menino.

Esse menino
vai pelas calçadas,
com roupas rasgadas
e a alma em desatino.

Volta menino
a ser pequenino. Vive.
A vida te dará um sorriso
e, quando a noite chegar
e com tuas asas sonhar,
te alcançará o paraíso...
e jamais terás que vagar,
pois terás encontrado o caminho.

©Daniel Amaral


AO LUAR PRATEADO

As ondas prateadas de luar
Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda  a sonhar, 
Enquanto o  mar cantava sereno.

Emocionado pela beleza explícita
Daquele mágico momento,
Veio-me ao peito um sentimento
De alegria total e intensa.

Numa tela quis guardar esse instante
Tão breve e tão belo... Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinho
A pedir num murmúrio sussurrante
"Pinta-me este luar eternamente?"

Busquei os pincéis e o cavalete
Deixei fluir solta a incontida emoção
E fixei os olhos transbordantes,
Enquanto a lua conduzia a minha mão.

Foi assim que numa noite
Em que a lua passava a cantar
Que eu pintei essa tela, afoito,
Desejoso do teu coração apaixonar.

11-10-2011
Publicado no Recanto das Letras por Daniel Amaral em 11/10/2011
Reeditado em 11/10/2011 - Código do Texto: T3270498 

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AO SOM DA CHUVA
(Com uma música de fundo)

Duma nuvem caem pingos d'água
Para que lembres de mim
E os meus olhos, sem mágoa
lacrimejam saudosos assim

Não é tristeza,... é saudade
Que sinto dos teus versos e de ti
Que de tão longe arrebata
O meu coração que chora e sorri

Chora a tristeza da distância
Deste oceano que nos separa
Mas sorri dos momentos na lembrança
Do mais lindo que de nós ficara

Pingos d'água incontáveis
Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga
Enquanto cai suave, redentora.

©Daniel Amaral
27/11/2011

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ALGUMA POESIA

Busco em ti o que procuram meus olhos
Pelos vales verdejantes dos caminhos
Onde passeio em coloridos sonhos…
Por brilhantes paisagens de rios de vinho

Nestes vales ecoam meus passos cadentes
E vagueio pela bruma do teu seio exuberante
Então, ao cair da noite, saio e pairo sobre ti
Como um vago lume de uma vela bruxuleante

Entro esvoaçando as cortinas da tua janela,
Enquanto o teu dorso brusco me encanta
E te miro toda com olhos esfomeados
Em ti busco o infinito que me suplanta

Ando a cata do alimento para minha alma
Que teu amor é. Por isso, assim vivo a cada dia 
para amar os teus olhos que ao olharem-me, bendigo

E assim, encantando os meus dias
Tu, bela que dorme em meus sonhos
Com teu belo corpo nu me sacias

Com teus brancos véus, como a espuma
De um mar resplandecendo numa tarde
Que a lembrança traz aos meus dias

Assim, toda noite saio a te buscar
Vou-me flutuando até tua cave
Em sonho vou ao teu encontro
Ao teu brilho morno e suave

Como se nunca tivera os teus carinhos
Vou coberto em devaneios, desvarios
Pois amo te ver e ter, mesmo em sonhos


Lisboa, 27/02/2007
©Daniel Amaral

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A PARTIDA
Como neve, frio era o teu olhar
Quando dizias que ias partir.
Tua vontade parecia tanta!
Soava-me como um bradar de ondas
Nas íngremes encostas do meu peito.
Desconhecias os presentes estrelados,
Negavas as pérolas que guardei para ti...
As noites insones, pedindo um horizonte de luz
Onde realizassem- se  todas as vontades
E, nesta sonata de desejos,
Vi entre as névoas do sobrolho
Que te foste de mim...
E olhastes para trás...
Apenas essa triste lembrança ficou:
A visão dos teus olhos reticentes...
D'onde uma lágrima hesitou, e caiu...
Serpenteando pelas maçãs do teu rosto.
©Daniel Amaral
28/05/2007




 Pinturas e ilustrações de Daniel Amaral 




  



A dama da noite 




 Afro-American


Barco - Técnica Lápis de cor.





Brice4-1



Letras Mortas





O menino-do-caderno





Sonho_óleo sobre tela_2002






Um rosto no tempo



Daniel Amaral
 Todos os direitos autorais reservados ao autor.





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