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Rubens de Mendonça [Poeta, Historiador e Jornalista Brasileiro]

Rubens de Mendonça. Poeta, historiador e jornalista, nasceu e morreu em Cuiabá (27/07/1915 - 03/04/1983). Teve no pai, Estevão de Mendonça a grande inspiração para as letras. É considerado o maior expoente da historiografia mato-grossense. Escreveu e publicou 38 livros. Como jornalista contribuiu e atuou nos maiores veículos da mídia impressa como Correio da Semana, O Estado de Mato Grosso, Correio da Imprensa e Diário de Cuiabá. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico e à Academia Mato-grossense de Letras. 

Exerceu os cargos de Escriturário da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional e Delegacia Regional do Imposto de Rendas, foi Avaliador Judicial da Comarca da Capital, jornalista profissional.

Redator da 2ª Divisão da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, Chefe do Escritório Regional da SUDAM, em Mato Grosso, professor da disciplina de Português, registrado na Divisão do ensino Industrial. 

Sob. Nº. 3773, do Ministério de Educação e Saúde. Poeta e historiador. Pertenceu à Associação de Imprensa Mato-Grossense.

Fez parte das seguintes sociedades culturais: Academia Mato-Grossense de Letras, Instituto Histórico de Mato Grosso, Sociedade de Geografia de Lisboa, Instituto “Antônio Cabreira”, de Lisboa, Instituto de Cultura Americana, de La Prata, Argentina, Centro Intellectual “Augustin Aspiazu”, de La Paz, Bolívia, Secretário Geral da Comissão Mato-Grossense de Folclore, da Academia Acreana de Letras (correspondente).






Fundou e dirigiu com Gervásio Leite e João Batista Martins de Melo, a revista “Pindorama”, colaborou nas revistas: “Cidade Verde”, de Cuiabá, “O Éco”, de Campo Grande, “Revista Genealógica Brasileira”, de São Paulo, “Revista da Academia Mato-Grossense de Letras”, “Revista do Instituto Histórico de Mato Grosso”, “A Caçula”, de Três Lagoas, “Anuário do Oeste Brasileiro”. 

Fundou e dirigiu os seguintes jornais: “O Trabalhista”, “Brasil Oeste”, “O Social Democrata”, foi secretário do jornal “A Batalha” e redator de “O Correio da Semana”, redator chefe do jornal “O Estado de Mato Grosso”, ainda colaborou no “Jornal do Comércio”, de Campo Grande, “Atualidades”, de Corumbá”, “Novo Mundo”, de Guiratinga, “Folha Literária”, de Cuiabá, “Sací”, “Arauto de Juvenilia”, “Sara”, “Ganga”, “Mato Grosso Ilustrado”, “Mato Grosso em Revista”, “Diário de Cuiabá” e “Correio da Imprensa”.

Fundou com Gervásio Leite e Euricles Mota “O Movimento Graça Aranha”. Representou Mato Grosso no I Congresso Nacional de Jornalistas, realizado em São Paulo, em 1949 e no IV Congresso, realizado na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, em 1957.






Publicou: 

*“Aspecto da Literatura Mato-Grossense”, 1938;

*“Garimpo do Meu Sonho”, (versos), 1939;

*“Álvares de Azevedo, o Romântico Sertanista”, 1941;
*“Poetas Borôros”, (Antologia de Poetas Mato-Grossenses), 1942;
*“Cascalhos da Ilusão”, (versos), 1944;
*“Os Mendonças de Mato Grosso”, (estudos genealógicos), 1945;
*“Discurso de Posse na Academia Mato-Grossense de Letras”, 1945;
*“No Escafandro da Vida”, (versos), 1946;
*“Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça”, 1949;
*“História do Jornalismo em Mato Grosso”;
*“Roteiro Histórico & Sentimental da Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá”, *1952; “Álbum Comemorativo no 1º Congresso Eucarístico de Cuiabá”, 1952; *“Dicionário Biográfico Mato-Grossense”, 1953;
*“Dom Pôr do Sol”, 1954;
*“Roteiro Histórico e Sentimental da Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá” (2ª edição), 1954;
*“Poetas Mato-Grossenses”, 1958;
*“A Presença de Estevão Mendonça”, 1959; “História do Jornalismo em Mato Grosso” (2ª edição), 1963;
*“Bilac - O Poeta da Pátria”, 1965;
*“A Espada que Unificou a Pátria”, 1966;
*“O Tigre de Cuiabá”, 1966;
*“História de Mato Grosso”, 1967;
*“Estórias que o Povo Conta”, 1967;
*“Ruas de Cuiabá”, 1969;
*“Sagas & Crendices da Minha Terra Natal”,1969;
*“História do Poder Legislativo de Mato Grosso” (2 volumes), 1969,
*“História de Mato-Grosso” (2ª edição), 1970;
*“História da Literatura Mato-Grossense”, 1970.

Ocupou na Casa Barão de Melgaço a Cadeira nº. 9 da qual é patrono Dom José Antônio dos Reis, 1º Bispo de Cuiabá. 
MENDONÇA, Rubens de. Dicionário biográfico mato-grossense. 
2ª ed. Goiânia: Editora Rio Bonito, 1970.




Algumas  das obras de Rubens de  Mendonça















Avenida Rubens de Mendonça (Cuiabá)
Avenida tem esse nome em Homenagem a Rubens de Mendonça que foi um grande historiador de Cuiabá e Mato Grosso e que veio a falecer em 1983, pouco antes do lançamento da Avenida.

Bodas de Prata



"Vou contar-lhes uma história, que talvez vocês não saibam. É sobre um historiador, e caso não conheçam, eu conto. Era um conhecedor das letras, e colecionava as mesmas. Era um contador de histórias. Seu nome, aqui em Cuiabá, é denominação de avenida, mas eu diria que foi uma Auto-estrada a sua vida (e com pista dupla).

Rubens de Mendonça tinha visão dupla, contava histórias com poesia e poetizava as histórias que contava. Essa destreza cultural, é coisa de família, é hereditária. Seu pai foi Estevão de Mendonça, talvez esse nome lhe seja familiar, é até nome de biblioteca, aliás, é uma que fica num prédio histórico da capital do estado, chamado Palácio da Instrucção, Nada mais justo.

Há algo que ainda não contei durante esta história. Rubens de Mendonça era mato-grossense, e logo se descobre isso, observando seu primeiro livro (de poesia), que se chama “Garimpo do meu sonho”. Nestas páginas agora amareladas, repousam versos e histórias deste poeta, sentimos o gosto da terra de onde saiu o ouro mato-grossense e as tais páginas, não são amarelas por conta do tempo, mas pela poesia rara (como ouro) que elas contam.

Após a criação e publicação de uma revista chamada “Pindorama” em 1939, e o movimento “Graça Aranha”, que tinha o objetivo de renovar nossa literatura, Rubens presencia o surgimento de grandes poetas, numa época que foi marcada pelo modernismo. Poetas do calibre de Manoel de Barros estão entre eles.

Cabe á um desbravador, fazer história, para que depois possam contá-las aos próximos, mas neste caso, quem desbrava é quem conta (o oposto também vale). Com seu movimento constante, Rubens dá a Mato Grosso o movimento inebriante da poesia modernista e com luva de pelica desafia os velhos aforismos e aplica nova geografia á escrita. 

A breve história que conto aqui, agora, diz respeito á um homem que fez história nesta terra de memórias. Talvez durante sua poesia, você se lembre de mais alguma avenida, mas garanto-lhe que essa via é expressa e poderia acabar em outra pista, e outra, e mais outra…tão grande é maestria com que o poeta descreve sua vida (escreve a sua escrita). Não nos esqueçamos de que o homem em questão, sabe das histórias e não são feitas de simples imagens ilusórias, o poeta Rubens de Mendonça é verídico (documental) e conta em versos o que aprendeu nos livros(pesquisas) e assim nos ensina os rumos do enredo desta estória de poeta-escritor-historiador e ainda vivo, com seus textos autênticos, legítimos e rítmicos. Suas narrativas são intensas e incisivas. Veja por si mesmo. 

Eis sua obra, que parece mais um hino, e que deve (não ser lida), mas cantada aos delírios, tão musical é…"                                      
Vinícius Masutti , colaborador do DC Ilustrado



Poemas de Rubens de Mendonça


“Cuiabá”



Glória a ti canaan, audaz, Paschoal Moreira

que escreveu a maior epopéia da história

quando um dia ao partir à frente da bandeira
de “Tordesilhas” rompe a linha divisória…


Ave! A ti Cuiabá, terra boa e altaneira!

Que te importa dos maus a fúria transitória

se podes orgulhar a Pátria brasileira
ostentando imortal-passado de glória…

Glória a Miguel Sutil! Glória pois os teus filhos
que na guerra ou na paz desconhecem
Glória ao teu ouro bom-glória ao teu céu azul!

Bendita sejas tu, ó minha terra amada…
tu que és do meu Brasil a pérola engastada
- Em pleno coração da América do Sul!…

Correspondência de Manuel Bandeira recebida pelo poeta








Felicidade


Julguei, acaso, ser felicidade

A grandeza, o poder, a fama, a glória,

Nome aureolado ao Panteão da História
A vã e inútil imortalidade!...


Vi que o poder é uma ilusão inglória...

A riqueza é a força da vontade.

Nome imortal - apenas é vaidade...
A fama neste mundo é transitória!...

Felicidade é coisa diferente,
É uma casinha branca onde a gente
Possa alegre viver com o seu amor!

Felicidade é a mulher querida,
Um filhinho a sorrir - a própria vida,
Vivida no seu cândido esplendor.


Fonte:

Rubens de  Mendonça
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

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