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Dossiê John Lennon [Laila Perdigão]

Dossiê John Lennon


“John Winston Lennon nascido em Liverpool, Inglaterra, dia 9 de outubro de 1940”. Acredito que não exista uma só pessoa com acesso a cultura que não conheça o sobrenome “Lennon”. Bom, como tudo é possível, John Winston Lennon, mais conhecido como John Lennon foi um compositor, escritor, ativista britânico e, principalmente, foi o fundador da maior banda de todos os tempos, The Beatles. Junto com seus amigos Paul, George e Ringo foram os responsáveis por uma mudança comportamental, uma inovação de como o rock poderia ser ouvido e visto pelos jovens dos anos 60.

John, como quase todos os gênios da música, não teve uma infância fácil, e neste livro você consegui perceber isso pela clareza nas palavras que o autor usa para descrever a infância de John, a difícil relação que tinha com sua mãe Julia, seu ausente pai Alf, sua tia Mimi que foi responsável por sua criação e seus estudos.

John descobriu seus talentos musicais com um dos pensionistas de sua tia Mimi, que o emprestou uma gaita e ele começou a tocá-la, logo o instrumento tocado por seu avô e seu pai se tornaria seu. Com o domínio da gaita John partiu para o piano e a música já se tornara essencial. Seu primeiro instrumento musical foi um banjo e depois um violão que sua mãe o deu, para o desespero de Mimi que só aceitava em sua casa musica clássica, pois canções populares a fazia lembrar o pai de John, que o abandou quando muito novo.


Lennon sempre foi astuto, não gostava de estudar e estava sempre envolvido em confusões na escola, porém a morte repentina de seu tio George (marido de Mimi), foi um ponto crucial na vida de John que segundo sua própria tia “nunca mais foi o mesmo”.


Sua primeira banda foi Quarrymen, John tinha por volta de 14 anos, com essa banda Lennon rodou muito em pub’s de Liverpool e Hamburgo, esses bares formaram bases para o amadurecimento do que viria a ser    ‘The Beatles’. O rock está na raiz do ex- beatle, quando os Quarrymen ensaiavam na casa de Julia ouviam discos de rock e blues que iam de Elvis a Gene Vincent, bandas que provavelmente influenciaram as composições da dupla Lennon/McCartney.



O fim dos Beatles é retratado na perspectiva de John, como e porque resolveram colocar fim no sucesso mundial que se tornaram. Sua vida pessoal tem uma ênfase maior no decorrer do livro, mas nenhum assunto é comentado com muita riqueza de detalhes.


John Lennon sentiu muito a ausência de seu pai na infância, adolescência e na vida, contudo acabou se tornando uma versão atualizada de seu pai Alf Lennon para seu filho com sua primeira esposa Cynthia Powell, Julian Lennon que tinha cinco anos quando eles se separaram. Para confortar Julian, já que a separação o afetou muito, Paul McCartney escreveu “Hey Jude”.



A polêmica artista e esposa Yoko Ono recebeu um capítulo dedicado a ela, a sua relação com o ex Beatles e com os demais integrantes da banda. Já seu filho, Sean teve atenção do pai que Julian não contou, John passou alguns anos afastados (a partir de 1976 a 1980) cuidando da casa e de Sean, enquanto Yoko cuidava dos negócios da família.



Nova Iorque dia 8 de dezembro de 1980, quando voltava para o apartamento onde morava no edifício Dakota, John foi abordado por um rapaz que durante o dia havia lhe pedido um autógrafo, Mark David Chapman, um fã dos Beatles e de John, que acabou disparando cinco tiros com revólver calibre 38, os quais quatro acertaram em John Lennon, que morreu ao caminho do hospital.





No ano de sua morte John aparentava estar muito bem, na sua melhor forma e aos 40 anos, com uma relação boa com os filhos e com os fãs, compondo e trabalhando em um novo CD. Foi Ringo Starr que avisou Cynthia da morte de John, Ringo sempre foi o mais compreensivo dos Beatles, apoia John sempre que fosse necessário.


“Dossiê John Lennon”, escrito pelo brasileiro Sérgio Pereira Couto, traz algumas das principais histórias que compõem a vida desse ícone. Eu particularmente esperava mais do livro. Mas contém uma leitura simples, direta e que permiti ao leitor leigo compreender o que está sendo analisado pelo autor.



Apesar de suas controvérsias, suas excentricidades e sua sensibilidade, John Lennon necessitava sentir sua alma completa, nem sua música preenchia esse papel, talvez essa seja a grande sina dos astros do Rock nunca serem completos, apesar de serem ovacionados como deuses pelos fãs.  


Laila Perdigão. Jornalista (registro 0015582MG), apaixonada por música e colaboradora do blog Universo dos Leitores  e colunista da Revista Biografia

Um comentário

Anônimo disse...

John Lennon será o eterno poeta rock!