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Crítica: Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer [Ângelo Costa]

Crítica: Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer
 

John McClane não é mais John McClane…, fato! A nova sequência da franquia mais popular de todos os tempos ‘Duro de Matar’, que chega com o título ‘Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer’, mistura miseravelmente drama e ação na mesma película, resultando numa receita tão calórica que só vale a pena comer/ver apenas uma vez. Apesar de todos os problemas que este quinto filme oferece, o longa dirigido por John Moore (Max Payne, 2008) é divertido, porém, cansativo.

Nova York, Estados Unidos. O policial John McClane (Bruce Willis) está em busca de informações sobre o filho, Jack (Jai Courtney), com quem não fala há alguns anos. Com a ajuda de um amigo, ele descobre que Jack está preso na Rússia, acusado de ter cometido um assassinato. John logo parte para o país na intenção de rever o filho e, pouco após chegar, acaba encontrando-o em plena fuga do tribunal onde seria julgado. Jack está com Yuri Komorov (Sebastian Koch), um terrorista que diz ter em mãos um dossiê que pode incriminar um potencial candidato à presidência russa, Chagarin (Sergey Kolesnikov). Ele não gosta nem um pouco de reencontrar o pai, mas a insistência de John em ajudá-lo acaba, aos poucos, quebrando o gelo entre pai e filho.
As cenas de ação do filme são eletrizantes, John Moore demonstra ao menos competência neste elemento em particular, apesar de utilizar alguns recursos desnecessariamente longos a fim de enfatizar a dinâmica das situações. A repetição de cenas em ação entre pai e filho também incomodam. Estilhaços é o que não falta, bem como estruturas devidamente montadas e prontas para serem utilizadas como save point pelos protagonistas.

Duas coisas incomodam bastante em ‘Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer’: primeiramente, o roteiro. A história criada por Skip Woods ‘X-Men Origens: Wolverine (2009)’ e Roderick Thorp ‘Duro de Matar 4.0 (2007)’ é repleta de clichês, frases de efeito e é completamente previsível. Até mesmo a virada que ocorre na história pode ser premeditada desde o início, sem ao menos o espectador se dar ao trabalho de analisar os detalhes da trama. A segunda, é sobre Bruce Willis. O ator estadunidense não parece estar nem um pouco preocupado em ressuscitar o velho John McClane que conhecemos no final da década de 1980. Moore se esforça inclusive em trazer algumas referências dos primeiros filmes, mas fica por isso mesmo.

É sempre bom ver um filme tentar ressuscitar as velhas teorias da conspiração sobre a Guerra Fria, Chernobyl, etc. numa época em que tais histórias não fazem mais tanto sentido. Pena que ‘Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer’ seja falho nesse aspecto, trazendo um vilão caricato e pouco interessante. Cansei disso tudo: Estou de férias.

Fonte:


Ângelo Costa é Editor e Crítico de Cinema do Fala Cinéfilo! Participou de oficinas de crítica com nomes como Pablo Villaça e Francis Vogner; Apresentou três edições do Programa de Cinema 'SaladaCast'; Mediou quatro edições do clube de cinema 'CineSaladaClube'; Roteirista do documentário '3 por 1 Real' e Produtor executivo do curta-metragem 'Olho de Vidro'; Atualmente é Produtor Executivo do documentário 'Oh Dá Licença, Deixa a X-9 Passar' e Mestrando em Educação: Currículo pela PUC-SP.

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