Fotografia é arrematada por mais de US$500 mil
Leilão no Estados Unidos reuniu obras de diversos artistas famosos
por Ivan Alexandre
Foto: Edward Weston
Chega ao fim leilão de coleção que continha imagens de diversos fotógrafos famosos, como Henri Cartier-Bresson e a fotografia Two Shells de Edward Weston, assinada e datada em 1927.
Ao fim da oferta, na última sexta-feira (05), o lote, que contava com 59 imagens, chegou a ultrapassar o valor de US$ 2,4 milhões, onde somente a foto Two Shells chegou a US$ 533 mil. Algumas imagens não foram vendidas, como a foto ‘Last Days os the Kuomitang, Merchant Waiting With Man Eating’ de Cartier-Bresson.
A casa de penhores Sotheby’s de Nova Iorque, nos Estados Unidos, foi que realizou o leilão da coleção Modern Image.
Confira algumas imagens e seu valor de venda:
Imagem: Afghan Girl
Autor: Steve McCurry
Valor de Venda: US$ 37.500,00
Imagem: Marilyn Monroe Jumping
Autor: Philippe Halsman
Valor de Venda: US$ 100.000,00
Imagem: Migrant Mother
Autor: Dorothea Lange
Valor de Venda: US$ 100.000,00
Imagem: Edward Steichen
Autor: Douglass Lighters
Valor de Venda: US$ 203.000,00
Imagem: Hoboken
Autor: Robert Frank
Valor de Venda: US$ 365.000,00
Imagem: Two Shells
Autor: Edward Weston
Valor de Venda: US$ 533.000,00
A lista completa das imagens e os valores você pode encontrar no site da Sotheby’s.
Fonte:
Um comentário
ARTE, HONRA, DIGNIDADE E JUSTIÇA
Tenho uma sugestão para o uso justo deste dinheiro, destinar a metade dessa dinheirama toda para a pessoa da foto que se tornou uma mulher precocemente envelhecida devido as agruras das misérias que enfrenta. É justo! (Imagem: Afghan Girl, Autor: Steve McCurry)
Há que se dividir os lucros das fotos com os locais e pessoas fotografados.
Basta de exploração da imagem e da paisagem alheia.
O fótografo que atua como um extrativista de imagem somente e não divide os lucros, cai no meu conceito por mais belas que sejam as imagens
É preciso ser mais que técnicamente competente, é preciso e justo que haja envolvimento e pagamento, caso a foto renda grandes lucros.
Basta de faturar em cima da miséria e da tragédia alheia e transformá-la em objeto de decoração, colocando as fotos nas grandes salas das grandes mansões confortáveis nas quais a entrada das mesmas pessoas jamais será admitida, não cheiram tão bem, nem têm modos refinados, seriam sumariamente hostilizados e rechaçados.
A miséria como industria de exploração visual, vaidade fotográfica ou eleitoreira é inadmissível.
A miséria dói, a fome dói, e as imagens como alerta e denúncia são cabíveis, e extremamente necessárias, mas a partir do momento que são mercantilizadas pela Elite Burguesa, como figuras decorativas e exóticas, sem retorno para a fonte, tudo perde o sentido.
Não se trata de fazer doação ou caridade, é um justo pagamento mesmo.
Divisão de lucros.
Caso a pessoa de alguma foto que renda milhões tenha morrido que se destine a metade para seus descendentes, caso não os tenha, para os moradores do local. (Imagem: Migrant Mother/Autor: Dorothea Lange)
O mesmo para a família e descendentes do fotógrafo caso este tenha morrido.
Há que se pensar em uma legislação/tratado internacional neste sentido, há se perceber como incluso direito humano no que condizente à dignidade humana.
Os que atuam na área do Direito poderiam ser de grande ajuda neste sentido.
Reflitam com a mente e o coração unidos.
ZENN BELL
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