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Pé de Manga não dá Abacaxi…[Beth Landim]

Pé de Manga não dá Abacaxi…
 
Por isso começo este artigo de hoje, falando de uma pessoa especialíssima, que distante de meu olhar físico me faz muita falta, como também às suas filhas… mas que dentro do meu coração vive cada vez mais forte, nos seus ensinamentos, exemplos, bom humor, vitalidade e jovialidade sempre… Mulher pequena na estatura, mas grande na generosidade, no coração, no acolhimento… Sua casa sempre cheia refletia o perfume de nossa família, o aconchego e a segurança da fé, de que tudo tem jeito, de não desistir nunca, da cultura e da sabedoria do dia-a-dia… Aos domingos todos estávamos lá para o jantar que era sagrado, no real sentido da palavra, momento único de aconchego, de abraços e carinhos, mas acima de tudo de escuta, de olhar para cada um e acompanhar suas belezas e necessidades… Sentávamos sempre à enorme mesa, das suas três grandes salas…

Sua comida, sempre deliciosa, tinha um sabor diferente, porque em seus ingredientes tinha sempre várias pitadas de bom humor, de alegria de viver, de disponibilidade em servir… Seus doces deliciosos junto ao chocolate quente, fumegavam em nossas bocas, e tinham suas mãos registradas na delicadeza de fazê-los… seu bolo de café, a ambrósia e o seu manjar eram suas marcas registradas… sinto seu gosto sempre… não só dos seus doces… mas da doçura do seu ser, com tanta firmeza contida numa mulher…

Ela sempre me chamava por “Elizabeth” e sua voz tinha suavidade e ao mesmo tempo uma energia forte e alegre, que todos nós a ouvíamos com atenção… E hoje, olhando a distância e com maturidade, entendo o porquê meu avô chegou tão longe como pessoa e profissional… Era ela que na retaguarda de tudo, previa, sustentava, alinhavava, dava doçura e firmeza, rumo certo a todos de nossa família. Dagmar é seu nome… minha querida avó… e por isso que sugestivamente pensei neste título… pois para conhecermos as mães, basta conhecermos seus filhos… e minha mãe Elza, junção perfeita de Everaldo e Dagmar… não só seguiu seus passos, mas alargou seu caminho, abriu muitos horizontes em nossas vidas. Sua mãe foi um exemplo para ela que passa o seu exemplo para frente para nós seus filhos e netos… Assim como na Parábola dos Talentos, minha mãe cuidou e frutificou seus talentos, com sabedoria, discernimento, serenidade (nunca vi minha mãe elevar sua voz e gritar, nunca!), trabalho, ousadia e espírito de família… Conciliadora sempre… Pelas mãos da minha mãe, poderia aqui enumerar inúmeras realizações, mas a maior delas, é o perfume que exala, com sua voz sempre serena e firme nos seus ensinamentos, a sua forma de falar com os olhos, seu silêncio que tanto nos diz. Sua presença é única e constante em nossas vidas, mesmo quando não está fisicamente ao nosso lado, pois o seu SER transcende em nossas almas. Seu sorriso sempre tranquilo, de quem sempre nos entende, sua intuição tão aguçada, que prevê nossos sentimentos, se antecipando a eles em vários momentos de nossa vida, a tornam mais que especial.

Mãe te admiro muito! Quero sempre poder seguir os teus passos!
Meu amor por você é incondicional!

Você, mãe, tem a capacidade de ouvir o silencio, de adivinhar meus sentimentos, de encontrar a palavra certa nos momentos incertos, de nos fortalecer quando tudo ao nosso redor parece ruir. Você tem uma sabedoria emprestada dos deuses para nos proteger e amparar… Sua existência, mãe, é em si um ato de amor. Gerar, cuidar, nutrir. Amar, amar, amar… Amar com um amor incondicional que nada espera em troca.

Agradeço, ainda, a presença de Ir. Suraya Chaloub. Exemplo de maternidade espiritual. Talvez, bem mais difícil de se alcançar.

Por fim, parabenizo a todas as mães, Elisas, Marias, Denises, Patrícias, Lilianas, Vandas, Eleonoras, Martas, Reginas, Veras, Divas, Simones, Marys, que exercem a maternidade sem limite, sem tempo, sem hora, luz que não se apaga quando sopra o vento e a chuva desaba, que se faz água pura, ar puro, puro amor em nossas vidas!

Que as nossas mangueiras frutifiquem sempre deliciosas mangas, porque pé de manga não dá abacaxi…

Com afeto,

Beth Landim


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