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Resenha – “Sonetos” – Florbela Espanca [Carlos M. Monteiro]

Resenha – “Sonetos” – Florbela Espanca 
 
Sonetos, Florbela Espanca, São Paulo: Martin Claret, 2009, 128 pág.

Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui… além…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Resenha do livro

Hoje resolvi escolher um indivíduo loquaz, bem – falante. Com um paradoxo poético elevado. Para tal, apresento a todos, Florbela Espanca. Uma poetisa de outro universo. Onde somente ladrões farejadores de versos a caçam!

Florbela Espanca (1894-1930) foi uma poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos importantes na literatura de Portugal. Sua poesia é conhecida por um estilo peculiar, com forte teor emocional.

Minha escolha por ela vai de encontro para minha evolução como poeta. Existe Carlos Monteiro antes e depois de a Florbela Espanca. Adentrei minha alma com suas pancadas versificadas. Daí, apresento a resenha do livro de sonetos.
Em “Sonetos”, de Florbela Espanca, é uma obra de uma grandeza memorável, o livro em questão, apresenta todos os sonetos publicados nos seguintes livros:

- Livro de Mágoas (1919)
- Livro de Soror Saudade (1923)
- Charneca em Flor (1930)
- Reliquiae (1931)

Apesar de uma vida curta, suicida-se em dezembro de 1930, aos 36 anos de idade.

Florbela Espanca usa como temas para suas composições o sentimento do amor. A cada palavra surrada pelos seus vocábulos, preenche o vazio de sua alma.

Neste livro, a uma sensibilidade alarmante da poetisa, neste lugar, ela expõe suas vidas poéticas e fases do “Eu”. A busca do amor a transforma em uma voz aberrante da sua própria frustração, engraçado que ao ler qualquer coisa dela, — eu acabo sempre me encontrando nas suas palavras. 

Podemos enxergar pelos títulos contidos neste ensaio de sonetos, que o drama esta bem presente. Florbela Espanca, apaixonadamente dramatiza sua escrita. Sua faculdade poética enriquece meu hábito por ler poesia.
Florbela Espanca dentro das suas particularidades mostra um forte teor confessional nas suas poesias. Tudo que criava – girava em torno de sua condição sentimental.

Grito ao mundo minha paixão pela poesia. Se alguém quer uma excelente dica para iniciar seu caminho na estrada das almas poéticas, indico -a com todo o glamour selvagem do meu coração. Leiam Florbela Espanca!
Finalizo com uma poesia da minha amada das palavras.

Eu …

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada … a dolorida …

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…

Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!






Carlos M. Monteiro-Um dia poetizei minha insanidade sentimental. Estranhei o fato de me olhar no espelho e, encontrar um silêncio. Eu tive uma formação na alma, totalmente regada aos princípios da sobrevivência.
Mas esta estadia seria apenas um presságio do que estava por vir... O imaginário do meu coração ganhava tanta força, que não tive mais controle. Fui vencido e da derrota, regozijei das entranhas do meu pensamento, entrei em contato com o belo e o inútil. Eu gritava de uma forma diferente, tudo que nascia de mim, era abominavelmente esplêndido. Finalmente, eu reconheci as palavras. Hoje, admito! Escrevo para não morrer.
Blog: Regozido do Amor Email: antologiadevir@gmail.com


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