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Livros no Natal. E por que não?

Livros no Natal. E por que não?


Época de festejos e comemorações se aproximando. Um “corre-corre” pelas ruas a fim de cumprir o ritual anual do Natal: presentear amigos, parentes, colegas e, principalmente, cumprir o ritual da compra.

Muito interessante essa época ao qual o envolvimento entre as pessoas se resume em trocar e dar. Porém, essa preocupação que reaparece todos os anos nessa mesma época, infelizmente não está, em muitos casos, ligada ao amor fraterno e ao carinho aos mais necessitados. O que deveria de ser a intenção maior em relação ao presentear.

Pais, mães, padrinhos, avós, tios, amigos e colegas saem enlouquecidamente à procura de algo que ‘simbolize’ o seu afeto. Qual presente comprar? Bem, aí estamos entrando em outro departamento. Será que os ‘compradores’ de afeto ao escolherem um presente estão, realmente, dando algo que seja útil para aquele que ganhará o presente ou comprarão, quando podem, aquilo que lhe é pedido?

Sabemos que os aparelhos mais modernos fazem ‘a cabeça’ não apenas da molecada quanto de muitos adultos afoitos por ter e poder mais. Roupas e perfumes também constam em muitas listas de presentes. E o livro? Alguém pensa em comprar um livro para presentear um amigo ou parente no Natal?

Por que o livro é esquecido? Por que o livro só é lembrado em feiras de livros ou em trabalhos escolares? Por que o livro passa a ser a última opção de compra ou pior, nem ser lembrado ou cogitado como um bom presente de Natal?

Talvez por que para muitos os livros lembrem a escola e escola é algo para ser esquecido nessa época festiva. Talvez, quem sabe, livros lembrem ‘obrigação’ de ler e de dar uma opinião após a leitura e ninguém quer pensar nesse momento de alegria e confraternização. E, dessa forma, o livro fica lá na livraria a espera da próxima feira do livro.

Sabe por que isso ocorre? Porque o livro ainda é visto, em muitos casos, como algo sem graça, algo que muitos dizem que gostam apenas para ‘aparecer’ em eventos literários, mas que na verdade não é tido como algo que proporciona prazer.

Veja que muitas pessoas que são leitoras assíduas e amam a leitura pensam muitas vezes antes de comprar um livro para presentear um amigo no Natal. Pela sua mente ainda passam vários questionamentos como: Será que vou agradar? Será que ele gostará desse título? Qual escritor ele gosta? Difícil responder. E, por conta dessas perguntas não respondidas e somadas ao fato de não correr o risco de receber a tão famosa resposta: “Ah... Não precisava se incomodar.”, compra-se qualquer outra coisa, menos um livro.

Tem que ter muita coragem para optar dar um livro de presente de Natal.

Eu tenho... E você? 

Cláudia de Villar é professora, escritora e colunista. Formada em Letras pela FAPA/RS, especialista em Pedagogia Gestora e em Supervisão Escolar pelo IERGS/RS, também atua como colunista de site literário Homo Literatus e Jornal de Viamão do RS, além de ser pós-graduanda em Docência do Ensino Superior (IERGS/RS). Escreve para diversos públicos. Desde infantil até o público adulto. Passeia pela poesia e narrativas. Afinal, escrever faz parte de seu DNA.




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