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Conversando sobre Arte entrevistado Fábio Tremonte. [Marcio De Oliveira Fonseca]

Conversando sobre Arte entrevistado Fábio Tremonte.


Quem é Fabio Tremonte? 

Nasci em SP, SP em 06 de abril de 1975. Vive parte da minha infância em Niteríoi, RJ. 

Como a arte entrou em sua vida? 

Desenho desde pequeno, desenhei a infância e adolescência, sempre achei que fosse estudar arquitetura.No ano de fazer o exame vestibular, fui visitar uma edição da Bienal de São Paulo e decidi fazer artes plásticas. 

Como foi sua formação artística?

Iniciei a graduação em artes plásticas na FAAP em 1999; em 2001 transferi meu curso para a Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás; em 2003, fiz nova transferência para a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde terminei a graduação em 2008. Em 2010, finalizei meu mestrado em artes visuais também na ECA-USP. 

Que artistas influenciam seu pensamento? 

Principalmente: Robert Smithson, Gordon Matta-Clark, Francis Alÿs e Hélio Oiticica 

Qual a importância do Mestrado em Artes Visuais para sua carreira? 

Pretendo lecionar universidade pública, a importância está em ter uma formação para fazer o concurso e ingressar na carreira acadêmica, assim como tive a possibilidade de dedicar um período longo a minha pesquisa artística. 

Como você descreve seu trabalho? 

Os deslocamentos e as possibilidades de encontros com o outro é o que tem de mais significativo para mim. 

É possível viver de arte no Brasil? 

Sim 

Você poderia descrever a sua atividade docente e como ela interage com sua carreira? 

Sou professor porque sou artista. 

Você já participou de inúmeras exposições em diferentes galerias e não mantém vínculo permanente com nenhuma. Como é essa experiência? 

Não tenho uma reposta. 

De que maneira um artista poderia ser conhecido além do seu estado? 

Não tenho uma resposta. 

Após suas inúmeras participações em salões de arte seria possível apontar algo para aprimorá-los? 

Não participo de salões há muitos anos, não saberia falar sobre eles atualmente.

Rampamar, 2104. Madeira. 440 x 440 x 700 cm.

Fábio Tremonte (São Paulo, 1975)

artista plástico e professor 

Formação 

2012
Mestre em artes visuais – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de
São Paulo (ECA – USP)
2008
Graduado em artes plásticas – Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo (ECA – USP)





Manifesto, 2013 Aquarela sobre papel. 63 x 148,5 cm. 

Exposições individuais 

2010
Ilhas – Projeto parede – Museu de Arte de Ribeirão Preto – Ribeirão Preto, SP
2009
Nada mais – Ateliê 397 – São Paulo, SP
2008
Ilhas de silêncio – Galeria Carminha Macedo – Belo Horizonte, MG
2007
Camuflagem – Projeto fachada – Galeria Vermelho – São Paulo, SP
2006

Vista para o mar – Programa de Exposições 2006 – Centro Cultural São Paulo –
São Paulo, SP
2005
Paisagem #4 – Temporada de Projetos 2005 – 2006 – Paço das Artes – São
Paulo, SP
2004
Paisagem #1 – Programa de exposições – Museu de Arte de Ribeirão Preto –
Ribeirão Preto, SP
Lugar para sonhar – Sesc Ribeirão Preto – Ribeirão Preto, SP
2000
Desenhos – Galeria Frei Confaloni – Goiânia, GO







Delírio Tropical. Apartamento, 2013. Cartaz A2. 

Exposições coletivas 

2014
Deslize < Surfe Skate> – Museu de Arte do Rio – Rio de Janeiro, RJ
2013
Two cities – Veredas – São Paulo, SP e RM – Auckland, Nova Zelândia
Arquitetura tátil – Galeria Um Zero Três – São Paulo, SP
2012
AB – Gramatura – São Paulo, SP
Técnicas de desaparecimento  – Guantánamo, Cuba
Abre alas 8 – A Gentil Carioca – Rio de Janeiro, RJ
Não mais impossível [Fábio Tremonte e Lais Myrrha] – Centro Cultural Banco
do Nordeste – Fortaleza, CE
2011
Assim sem você – Galeria Oscar Cruz – São Paulo, SP
Porque sim. – Galeria Millan – São Paulo, SP
Exposição de Verão – Galeria Silvia Cintra + Box4 – Rio de Janeiro, RJ
2009
Gabinete – Museu Victor Meirelles – Florianópolis, SC
2008
15º Salão da Bahia – Museu de Arte Moderna – Salvador, BA
Gabinete – Galeria Virgílio – São Paulo, SP
Gabinete – Museu Murillo La Greca – Recife, SP
Turistas, volver – Galeria Carminha Macedo – Belo Horizonte, MG
2007
Festival-Dispositivo – Paço das Artes – São Paulo, SP
Mostra Audiovisual Novas Imagens [motomix 2007] – Cinemateca – São Paulo,
SP
Recortar e Colar|Crtl_C + Crtl_V – SESC Pompéia – São Paulo, SP
58º Salão de Abril – MAUC – Fortaleza, CE
Abre alas 4 [grupo empreZa] – A Gentil Carioca – Rio de Janeiro, RJ
2006
Unimultiplicidade [grupo empreZa] – Galeria Frei Confaloni – Goiânia, GO
Doze vetores – Galeria Isabel Aninat – Santiago, Chile
Coletiva – Galeria Carminha Macedo – Belo Horizonte, MG
Fiat Mostra Brasil [grupo empreZa] – Porão das Artes – São Paulo, SP
VIII Bienal do Recôncavo – Centro Cultural Danemmann – São Félix, BA
Mostra Coletiva do Programa de Exposições 2006 – Centro Cultural São Paulo
– São Paulo, SP
Presente Líquido – Casa Andrade Muricy – Curitiba, PR
Cinema de Bolso [motomix 2006] – Museu da Imagem e do som – São Paulo,
SP
VERBO [grupo empreZa] – Galeria Vermelho – São Paulo, SP
2005
Panorama da Arte Brasileira [grupo empreZa] – Museu de Arte Moderna de São
Paulo – São Paulo, SP
Nano exposição – Galeria ArtBo – Bogotá, Colômbia; Galeria Murilo Mendes –
Belo Horizonte, MG e Ateliê Eliane Prolick – Curitiba, PR
2º Serão Performático [grupo empreZa] – Moradia Estudantil da UNESP – São Paulo, SP
Coletivações [Los Valderramas] – Universidade de St. Denis, Paris 8 – Paris, França
30º Salão de Arte de Ribeirão Preto – Museu de Arte de Ribeirão Preto –
Ribeirão Preto, SP
17º Salão de Artes Plásticas da Praia Grande – Shopping Litoral Sul – Praia
Grande, SP
Açúcar Invertido 4 [grupo empreZa] – Residência Sangue Bom – Paris, Metz e
Marseille, França
Salão de Maio – Projeto de intervenções urbanas – Salvador, BA
Ocupação – Paço das Artes – São Paulo, SP
Desenhos A-Z – Galeria Porta 33 – Funchal, Ilha da Madeira, Portugal

2004
Artista-personagem – Centro Universitário Mariantônia – São Paulo, SP

Artista-personagem – Casa de Cultura – Ribeirão Preto, SP
29° Salão de Arte de Ribeirão Preto – Museu de Arte de Ribeirão Preto –
Ribeirão preto, SP
9ª Bienal de Santos – Centro Cultural Patrícia Galvão – Santos, SP
[In.CoRpo.Ro] ações performáticas [grupo empreZa] – Galeria do Instituto de
Artes da UNESP – São Paulo, SP
Açúcar Invertido 2 [grupo empreZa] – The America’s Society – New York, NY,
EUA
2003
Mostra de Arte da Juventude 2003 – SESC – Ribeirão Preto, SP
Experimental [Los Valderramas] – Museu de Arte Contemporânea do Ceará –
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – Fortaleza, CE
Latinidades [Los Valderramas] – Ciclo Manifestação –SESC Vila Mariana – São
Paulo, SP
Vizinhos – Galeria Vermelho – São Paulo, SP
Mídia Tática Brasil [projeto rejeitados] – Casa das Rosas – São Paulo, SP
9º Salão da Bahia [projeto rejeitados] – Museu de Arte Moderna da Bahia –
Salvador, BA
2002
“37”, gosia kurdziel au 1422 – Citè des Arts – Paris, França
Diálogos Possíveis [grupo empreZa] – Galeria da Faculdade de Artes Visuais
da Universidade Federal de Goiás – Goiânia, GO
mapA 2 [2ª mostra de arte performática] – Festival de Arte de Goiás – Cidade de Goiás, GO
Açúcar Invertido – FUNARTE – Rio de Janeiro, RJ
Serão Performático [grupo empreZa] – Centro de Contra Cultura de São Paulo
[Casa da Grazi] – São Paulo, SP
2001
33º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba – Engenho Central – Piracicaba, SP
Ruídos [Fábio Tremonte, Graziela Kunsch e Lia Chaia] – Centro de Contra
Cultura de São Paulo [Casa da Grazi] – São Paulo, SP
4° Prêmio Revelação de Artes Plásticas de Americana – Museu de Arte
Contemporânea – Americana, SP
1999
Olhar provável – Museu de Artes Plásticas Quirino da Silva – Mococa, SP




Delírio Tropical [Dispositivo de  Segurança # 1] 2013. Vidro sobre mesa. 130 x 62 cm. 

Outras atividades 

2008 a 2009
Projeto Gabinete – com Diogo de Moraes, Marcelo Comparini e Rafael Campos
Rocha
2000 a 2007
Integrei o grupo empreZa
2002 a 2004
Integrei o Grupo Los Valderramas
2004 a 2007
Mantive o valderramas_project [projeto de arte sonora]



Anticapitalist Museum, 2012. Desenho, pintura, colagem, gravura, livro e objeto. Dimensões variáveis.



Errar, 2012. Intervenção. 

Prêmios 
2013
Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 10ª Edição
2003
Prêmio de Arte da Juventude – SESC – Ribeirão Preto, SP

M2, 2011, Intervenção. 100 x 100 cm. 

Trabalhos em coleção 
Banco do Nordeste do Brasil – Fortaleza, CE
Madeira Corp. – Ilha da Madeira, Portugal




Redflag, 2011. Intervenção. 

Redflag Caminhando.
Fábio Tremonte 

Caminhar pela cidade é uma prática diária para mim: caminho para chegar ao ponto de ônibus, à estação de metrô ou para pontos mais distantes.
Escolho o deslocamento através da caminhada, pois quem vivencia as ruas, a cidade, os trajetos, os espaços percorridos dessa forma têm uma experiência diferente daqueles que passam por estes trajetos dentro de um carro, ônibus ou metrô. Caminhar é vivenciar e explorar o espaço percorrido em diversos aspectos. Permite-nos sentir a irregularidade do solo, cruzar demoradamente o olhar com alguém que passa na direção oposta ou mesmo encontrar fortuitamente uma moeda perdida.
Caminhar pelas ruas carregando uma bandeira vermelha faz parte do pensamento de quem caminha e solicita adesão e estimula a luta, mas, também, é vagar à procura de um território para se (re)fundar, por um espaço para fincar a bandeira na cidade. Mas poderia ser também uma daquelas pessoas que trabalham sinalizando lançamentos imobiliários.
Mas, a ideia que me interessa é a persistente presença de  bandeiras vermelhas em manifestações nas quais as ruas são ocupadas, como símbolo de resistência.

Caminhar pelas ruas e calçadas de São Paulo é uma forma de resistência frente a uma cidade pensada para os carros, o passeio público é irregular e, muitas vezes, obstruído por carros, que insistem em dar uma breve parada ali, sem deixar espaço para o pedestre, que se vê obrigado a andar no meio fio ou mesmo na rua, correndo o risco de de ser atropelado por um automóvel.
Em Redflag [caminhando] percorro as ruas da cidade sempre passando por calçadas estreitas que tem ao fundo muros e paredes através dos quais podemos perceber a ação do tempo ali marcada. Mas há também na escolha dessas fachadas uma escolha pictórica, a construção de paisagens.
O vídeo em loop transforma a caminhada em uma prática incessante, uma resistência sem fim, porque o espaço para fincar a bandeira não é encontrado ou permanece indefinidamente no devir, sempre a expectativa de se (re)criar um território: é uma promessa, mas também uma solicitação para que cada um funde ou tome posse de seu território. Como na famosa frase de Fernando Birri, citada por Eduardo Galeano: “(…) Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".

Fábio Tremonte | Fevereiro de 2012



Prumo, 2011. Bloco e elástico. Dimensões varáveis.


Ilhas, 2011. Galeria Silvia Cintra + Box 4, Rio de Janeiro. Parede pintada e samambaias. Dimensões variáveis.


Maresia, 2010. Copo, sal, evaporação de água. Duração variável.


Vento, 2010. Desenho e recorte no papel. 20 x 27,5 cm. 

Os vídeos e outros trabalhos estão no site: 
www.fabiotremonte.com


Marcio Fonseca, 1943. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Responsável pelos blogs art&arte marciofo,ocacadordeobjetos.blogspot.com e imagemsemanal juntamente com Brenda. Professor Adjunto Fac Med UFRJ e médico inativo; Estudou pintura e história da Arte com Katie van Sherpenberg e Arte contemporânea com Nelson Leirner.
Blog: ArtArte

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