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Quando o Tempo Parou [Dy Eiterer]

Quando o Tempo Parou 

Tenho a sensação de estar imersa no nada. Como se o tempo tivesse parado. Es-tan-que. Como se eu não pudesse me mexer. Só os olhos reviram nas órbitas. E fazem o traçado mágico do infinito. Ou do que escolhemos para representar o infinito.

O tempo sentou-se no ponteiro do relógio. Descansou. Todos os infinitos, nesse momento, foram tangíveis e destrutíveis. Extremamente sensíveis ao toque ou ao sopro.

Assombro!

Faria, se pudesse, cacos de muitas histórias. Conseguiria me poupar? (Ou lhe poupar? Se tivesse menos cicatrizes, menos dores, eu teria outras cores aos seus olhos?)

No ínfimo segundo em que o relógio parou, todo o tempo coube nele. E eu não coube em mim. E você não coube só em meu pensando e escorreu ladeira abaixo em meu rosto, rumo ao Vale Encantado de meu sorriso. Queda livre que tentei, em vão, evitar.

O tempo congelou. Cessou a respiração. Olhou-se no espelho. Fez estilhaços de tudo o que eu queria. Segurou o coração na mão. Apertou e tirou uma gota de sangue. Suspirou. Invejou os amantes. E se vingou voltando a correr.

Não me sinto mais imersa em nada. Sinto. Sinto muito. E isso, para quem já viu o tempo parar, é dádiva.

É vida.


Dy Eiterer - Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Edylane é Edylane desde 20 de novembro de 1984. Não ia ter esse nome, mas sua mãe, na última hora, escreveu desse jeito, com "y", e disse que assim seria. Foi feito. Essa mocinha que ama História, música e poesia hoje tem um príncipe só seu, seu filho Heitor. Ela canta o dia todo, gosta de dançar - dança do ventre - e escreve pra aliviar a alma. Ama a vida e não gosta de nada morno, porque a vida deve ser intensa. Site:Dy Vagando

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