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Hermison Frazzon da Cunha - [Poeta Brasileiro]


Hermison Frazzon da Cunha é natural de São Pedro do Sul - RS, mas foi Santa Maria - RS que seu coração escolheu como berço. Ele é formado em Filosofia na UNISINOS em São Leopoldo - RS, cidade onde reside. Sua paixão pela literatura começou aos 17 anos de idade quando arriscou escrever alguns versos. O que era um passatempo foi aos poucos se tornando mais sério. Hoje o poeta Hermison já participou de duas antologias poéticas nacionais e pelo Centro Litarário de São Leopoldo em uma terceira Antologia literária. Em parceria com o músico leopoldense Luiz Thiesen, gravou um CD de poesias sob o título: "Estes Homens dos Jornais".Seu texto pode ser lido no site: www.recantodasletras.com.br/autores/mano
Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=11617911907703627461




Resíduo de Megabyte

Acabou a tinta
A pena está engomada
Ficou a poesia
Um tanto desbotada.

Aquela prosa fria
Ganhou enaltecimento
Enrijeceu os versos
Endureceu os dedos.

O silêncio é o eco
De quem anda calado
Sorriso um privilégio
Dos despreocupados.

O tempo conspira
Junto com o espelho
Envelhece a vida
Amadurece o peito.

E o que serão dos versos
Quando chegar mais tarde
Torna-se o poeta
Resíduo de megabyte.


Pusilânime

Ofereças os punhos à adaga,
mas não culpes o breu por ser escuro.
Como condenas o que no mundo é espurco
Se a luz que em ti é própria tu apagas?

Só os vermes visitarão o teu sepulcro
em teu jazigo, nem ao menos uma flor será encontrada...
Pôdes gritar os teus lamentos, mas a voz está calada.
Esvaiu-te a gratidão junto com o sangue dos teus pulsos.

Quê fizeste diante da paisagem enlamaçada?
Apenas choraste com teus olhos turvos?
Fácil sucumbir amor e utopia e não ser nada!

Difícil é cantar o amor ao ouvido surdo,
é sorrir à dor quando ela ataca,
é ser aquilo que profetizas ver no mundo.


Atravesso minha rua

Já fui ferido
E sangrei
Combalido
Quase me entreguei

Aprendi que um guerreiro
Mesmo caído
Não pode largar sua espada.

Pois com ela me ergui
Cicatrizes esqueci
E com a fronte levantada
Tive o horizonte inteiro para escolher meu caminho.

Atravesso
Minha rua.
Me despeço
De toda imperfeição
Que no mundo há!


Alguns passos e eu encontro
O mais belo dos tesouros
Que a vida guardou pra mim.
É o meu colo meu consolo...
É minha paz é o meu porto...
É o sonho dos meus sonhos...
É mais do que tudo que eu sempre quis.

Ao teu lado nada invejo!
Te protejo de qualquer um
Qualquer mil, qualquer um milhão...
Não há fogo e nem frio,
Tempestades e trovões
Que me impeçam de estar contigo!

Por ti desprezo o temor,
Subo montanhas desço vales
Atravesso qualquer deserto, qualquer mar...
Pelo teu amor
Eu enfrento até Haddes
Para a morte não nos encontrar.

Já olhei pro mundo e perguntei:
Se vale à pena tanta dor!
E quase me afoguei
No meu próprio pranto.
Mas se as coisas não vão bem,
É verdade eu bem sei
Desejo um colo
Para quem não tem!

Que mal há querer nada querer?
Se quando atravesso minha rua
nada me falta!!
Ah!!
Se todos quisessem nada querer...
Salvo o bem querer.
Como eu bem te quero!

Hermison Frazzon da Cunha
Todos os Direitos Autorais Reservados ao Autor

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