VALDECK ALMEIDA DE JESUS, 43, Jornalista, funcionário público, editor de livros e palestrante. Membro correspondente da Academia de Letras de Jequié e efetivo da União Brasileira de Escritores. Embaixador Universal da Paz. Publicou os livros Memorial do Inferno: a saga da família Almeida no Jardim do Éden, Feitiço contra o feiticeiro, Valdeck é Prosa e Vanise é Poesia, 30 Anos de Poesia, Heartache Poems, dentre outros, e participa de mais de 60 antologias. Organiza e patrocina o Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, desde 2005, o qual já lançou mais de 600 poetas. Site: www.galinhapulando.com e E-mail: valdeck2007@gmail.com
Poemas de Valdeck Almeida de Jesus
Desistindo de amar
Quero um namorado
Sem compromisso e sem respeito
Um namoro em que os pares
Façam sexo pelos ares...
Traindo e sendo traídos
Mentindo e acreditando
Um namorado promíscuo
Mentiroso e dissimulado
Que me traia todo dia
E desfie uma "Ave Maria"
Para ser abençoado
Quero a infidelidade
Quero a hipocrisia
E como tema do amor
A mentira todo dia
Quero a verdade humana
O amor que me engana
Que me deixa com saudade
Um amor dissimulado
Mas que eu saiba a verdade:
Não tenho um amor puro
Apenas uma falsidade.
A fome que me comia
A fome me visitava
Todos os dias...
Eu me recusava a abrir a porta
Com medo que ela se instalasse
Pra sempre em minha casa...
Não adiantava;
Ela insistia e vencia,
Sempre!
Entrava e ficava, e permanecia...
E me comeu.
Você não me pertence
Não é nada meu
Não conheço você
Nunca foi meu
Não devo fantasiar
Não devo sonhar
Não devo querer
O que simplesmente
É inalcançável
Inatingível
Irreal!!!
Angra dos Reis, 06 de julho de 2008, 01:23 hs
Evolução
Cadeira nasce árvore bruta
É cortada, arrastada,
Aplainada, montada
E vendida como jóia...
Diamante nasce pedra,
Que depois é lapidada...
Torna-se jóia também...
Mas nem tudo tem a mesma sorte...
Angra dos Reis/RJ, 07 de julho de 2008
At this cold weather, I would hold you, if I could to...
São Caetano (Salvador), 13 de julho de 2008, 01:00hs, para Gold
Reflexo
Estou na jaula
Estou na tela
Observe: estou na janela
Vejo e sou visto
Não pelo que sou
Mas pelo que pareço
Estou no mundo
Estou na rede
Bebo e como
Tenho sede
Sou objeto
Abjeto, no entanto
Sou uma coisa
Que não ousa
Refletir.
12.09.2008
Sertanejo
Nasce sem destino, sem futuro
No horizonte, a miséria, a seca:
O rio corre, evapora!
No sertão não tem governo,
Não tem gente que mereça.
Estrada, hospital,
Deixa pra lá
Medicina, só a popular:
O sertanejo é forte
Não precisa de suporte
Ele paga imposto, mas não exige
CONTRAPARTIDA
O tempo passa e nada muda
O sertanejo, no entanto, continua forte (?), e morre.
10.09.2008
O que é que a Bahia tem?
Assalto a ônibus todo dia
Jovens negros morrendo
À bala ou pela fome
Todos pobres da periferia.
Praia suja e poluída
Lixo, imundície e sujeira
Seja na Barra ou em Ondina
Paripe, Itapuã ou Ribeira.
Desigualdade social
De raça, cor e gênero
E também a sexual.
Dez ônibus assaltados por dia
Valei-me São Salvador!
Valei-me Virgem Maria!
Valdeck Almeida de Jesus
Todos os Direitos Autorais Reservados ao Autor.
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