Danilo Marques. Nasci em 10 de março de
1974 na cidade de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo. Quando eu tinha
uns três anos fui picado por um vidro de tinta radioativa (ele tinha boca e
dentes) e adquiri (acredito) poderes de transformar pensamentos em imagens.
Sempre me interessei por todas as artes e passeei
um pouco em cada uma delas, fazendo algumas peças de teatro amador,
participando de canto-coral, tocando trompete e trombone em bandas marciais e
bigbands, pintando telas, menos dançando...
Dançar... até que tento, mas, ah que dificuldade...
risos.
Como ilustrador, publiquei os
primeiros livros em 1993, com a escritora Yone Quartim, de saudosa memória
(esta expressão pomposa quer dizer que ela está no Céu). Foram cinco livros
infantis desta querida escritora.
Ao mesmo tempo em que buscava a realização dos meus sonhos de artista, fiz de
tudo, desde trabalhar em linha de produção de metalúrgica a vender picolés de
carrinho na rua, manipular bonecos para TV, escrever roteiros, trabalhar como
tipógrafo, vendedor de consórcio, etc. Músico, gráfico, já fui programador de
rádio comunitária, professor de jardim de infância, professor de música, mestre
de fanfarra, desenhista de decorações de festa, um pouco mais de tudo o que
daria para fazer nestes 37 anos.
Não gosto dessa história de "ai, passei maus
bocados e etc", não é legal; legal é falar das vitórias, e é apenas por
este fato, "Vitória", que menciono essas aventuras, que me ensinaram
muito.
Em 2003 li um anúncio no jornal que dizia "precisa-se
de escritor". Esse foi meu primeiro trabalho literário Era uma empresa que
fazia CDs e aparelhos para as pessoas trabalharem em casa com telemensagens;
nada pirata como é hoje, tudo direitinho, legal e original. Eu escrevia
mensagens para mães, pais, namorados e namoradas. Ou seja, tinha que escrever
da mulher para o homem e do homem para a mulher; para maridos, esposas, sobre o
time que perdeu, dia de qualquer comemoração, etc. Os textos eram publicados
num livro que encartava o Cd com a mensagem narrada por um locutor.
Eu escrevo desde criança: poesias, contos,
crônicas,... Sempre escrevi e gosto de poesia romântica, nos moldes da segunda
geração, a byroniana.
Bom, aquela empresa, que se chamava Telemensat,
virou Bonton e virou editora. Com a pirataria de telemensagens em fitas K7, ela
faliu e ressuscitou anos mais tarde com o mesmo nome de Bonton, então fazendo
minibooks para vendas por reembolso postal. Eram catálogos cheios de produtos
de todos os gêneros que as sacoleiras vendiam por todo o território nacional:
panelas, lingerie, brinquedos, bijuterias. Havia livros lá também, e a pessoa
comprava pela capa. Fui chamado de volta, desta vez como funcionário registrado
e lá permaneci por três anos, até janeiro de 2009. Durante este periodo publiquei
mais de duzentos trabalhos: alguns que escrevi, outros que ilustrei, outros que
apenas diagramei, outros que assinei a introdução, e muitos trabalhos que fiz
desde a capa, texto, ilustrações, projeto gráfico e diagramação até o
fechamento do arquivo. São publicações em formato de bolso e formato revista
americana, ambos com 16 ou 32 páginas. Poesia, romance, crônicas, frases,
mensagens, recadinhos, saúde, religião, medicina, artesanato, contos, teen,
infantil, autoajuda, licenciamentos Disney e etc.
Creio que semeei muita coisa através dos meus
textos, pois os relatórios de reembolso mostravam uma quantidade grande de
vendas, 40% delas concentradas no Norte e Nordeste. Para se ter uma idéia, a
empresa recebia apenas 55 centavos líquidos por cada exemplar desses livros e
mantinha 25 funcionários distribuídos em gráfica, estúdio, administração e
estoque. Isso tudo me faz imaginar que muita gente neste país possui um livro
meu.
Chegou
a hora de voos maiores e desde Janeiro de 2009 estou no mercado freelancer.
Nesta nova fase, já ilustrei mais de cinquenta
livros, mais de quarenta e cinco já foram publicados, Não costumo divulgar
títulos enquanto não saem da gráfica em respeito aos escritores e editores.
A maioria desses livros são diagramados por mim.
Além dos livros, faço trabalhos
institucionais, como o trabalho para a secretaria de cultura de
Caxias do Sul chamado "Contapete", o calendário 2011 da Congregação
das Irmãs Missionárias Catequistas do Sagrado Coração com o personagem
Eustaquizinho e a biografia do fundador da mesma congregação, ilustrada, o
Padre Eustaquio Montemurro..
Como Caricaturista a história,
acredito, é a mesma de quase todo mundo, caricaturando os amigos da escola
desde o primário (é, sou do tempo do primário e do ginásio, rs), e
caricaturando os professores na lousa para que vissem quando entrassem na
sala... e assim a gente vai caricaturando despretenciosamente, embora adoraria
caricaturar em jornais; também tentei muitas vezes batendo nas portas dos
periódicos e jornais mas ainda não aconteceu; Então num workshop demonstração
que fiz numa escola onde lecionei, um colega me indicou para colaborar na
Mercedes Benz (Daimler Crysler do Brazil) em 2001, onde eu passei a ilustrar
palestras do RH, desenhando no flipshart enquanto a palestra acontecia; durou
um ano e o departamento mudou, então acabou essa alegria; Outra oportunidade
que tive de caricaturar em eventos foi numa inauguração de escola de artes em
Santo André em 2002; em 2004 teve um contrato para o dia dos pais no Estadão,
onde caricaturei das sete da manhã às seis da tarde todos os funcionários pais;
depois não houve mais oportunidades; em 2009, após sair da editora onde
trabalhava, ao mesmo tempo em que batalhava o mercado freelancer de ilustração
também comecei a prospectar empresas de eventos, então consegui uma festa em
Agosto daquele ano de 2009 e de lá para cá estas cinco empresas amigas: Um dois
feijão com arroz, Tchu-tchuá, Bia´s Festas, Arte da tribo e Ludo eventos tem me
enviado para diversos lugares para caricaturar em festas, congressos, reuniões,
feiras e etc.
Desde o início de Abril de 2011 passei a ser pessoa jurídica, micro
empreendedor individual, com o CNPJ 13.456.338.0001-02 inscrito com as
atividades de: 1 - Editor de Livros; 2 - Animador de festas.
O meu desejo é fazer parte da história das pessoas, de ser parte de cada
escritor, de suas obras, de fazer história com as editoras e as instituições,
de ser parte das vidas dos leitores, dos sonhos das crianças quando olham meu
desenho num livro infantil, do lazer dos adultos que riem dos meus bonecos
desengonçados e humorísticos, da história da literatura... Paralelamente,
animar eventos com minhas caricaturas e enriquecer os momentos de cada pessoa,
multiplicando senso de humor e alegria.
Presunção? Não sei se esse é o nome, eu chamo de
sonho, mas este nome também parece ruim, porque pode parecer utópico, então é
desejo, missão, meta, vontade, tudo junto.
Sigo traçando sonhos sobre o papel, eles vão
tomando forma, assumindo cores, vez por outra me dizem: "Adeus". E se
vão de mãos dadas com as palavras.
Contem comigo.
Eu escrevo com pinturas
Num idioma de figuras
Aprendido na reinação;
Minhas linhas são estranhas
Pra evitar confusão tamanha
Chamaram de ilustração.
Danilo Marques
Ilustrador
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Danilo Marques
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