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Texto publicado naRevista Bula Jorge Aragão, o dono do anel
Faz semanas que eu não paro de pensar nisso. Não
entrarei no mérito da qualidade musical, ou da questão de chamarem "de
raiz" algo que não chega nem a caule do Samba. Mas o fato é que a música
em questão é daquelas que todo mundo canta junto quando toca.
Mas uma dúvida me assola. Quando o barraco desabou,
e o barco se perdeu porque o Jorge achou uma anel que tinha gravado "Só
você e eu", a dor veio por ela ter deixado o anel que ele deu ou, ele
achou um anel dado por outro cara? Contrariando o senso comum, eu acho que o
"Eu" do anel não era o Jorge.
Pensem comigo: seria bastante mais desabador de
barraco achar um anel gravado, que não tenha sido ele quem deu para a garota.
Numa leitura inicial a letra indica que ele foi
traído, e que que o anel era um presente dele, que foi deixado para trás. Mas,
vamos pensar um pouco amiguinhos.
É um homem que está sofrendo muito. Mas que está
cantando para desabafar. Não é uma conversa com a moça que está acontecendo,
visto que ele diz de cara que não quer falar, que vai telefonar quando puder
porque ainda está sentindo muita dor. Quem nem shows tem feito, visto que a
saudade não deixa, mas que assim que conseguir vai cantar sobre a dor de amor e
coisa e tal.
Aí vem um momento bacana do Jorge, de gente que eu
admito ser bastante mais evoluída do que eu sou quando termino uma relação.
Tudo que eu busco é esquecer que a pessoa existe. Gostaria inclusive que ela se
mudasse de país. Para muito, muito longe. Terras Médias se possível.
Mas não o Jorge. Jorge é uma cara do samba, um cara
que entende das dores de amor e que canta. Ele deseja o melhor para a moçoila,
admitindo que já não eram felizes e que era melhor ela ir embora mesmo. Coisa
triste, mas quem nunca ficou tempo demais em uma relação?
Jorge quer que ela se sinta inteira, e não pela
metade. Bacana da sua parte Jorge.
Mas essa bacanice tem um preço. Jorge sente
dificuldade para dormir e tal, numa crise de ansiedade passional por dentro. E
o Jorge quer fugir para outro lugar onde ele não pense no que aconteceu. Ele já
não consegue controlar os sentimentos e os pensamentos. Já não lhe pertencem
mais.
Aí então vem a parte que me mata:
Falando em coisas que não o pertencem, ele menciona
que encontrou o anel que ela esqueceu, onde está gravado "Só você e
eu".
Quer dizer, momentos antes ele falava de coisas que
não lhe pertenciam. Logo, o anel não era dele. Era de outra pessoa, e ela não
deixou de propósito, o Jorge diz que ela esqueceu.
Minha versão: um relacionamento que se arrastou por
tempo demais, e que deixou a moça super tristonha e infeliz. Ela teve um caso,
mas acabou muito antes da saída dela de casa. E foi um final melancólico e
triste, como tem que ser quando um grande amor acaba. Jorge ficou lá sozinho,
na casa que era dos dois, procurando explicação e achou o tal do anel.
Foi aí que ele descobriu que o caso aconteceu.
Aí foi que o barraco desabou e o barco se perdeu.
Pôxa vida, gente. No anel estava gravado "Só você e eu".
Coitado do Jorge. Corno e o último a saber.
Para
quem quiser pensar, e concluir outra coisa, segue a letra:
Eu não acho que ele tenha sido enganado, mas sim que quando menciona ""Aí foi que o barraco desabou, nessa que meu barco se perdeu, nele está gravado SÓ vc e eu" demonstra sim que ele pensou uma coisa da moça e era outra, achou que foi traído e não foi, insegurança de homem, pensamentos infundados que os levam a pensar mil coisas e no fim das contas nao é nada do que se pensava. Esta é a minha interpretação. bjs
Eu sempre achei que a expressão "aí foi que o barraco desabou ..." tem a ver com o fato de ele achar que está lidando muito naturalmente com a separação, quando se depara com o (um) anel com a declaração "(só) você e eu". Provavelmente esse anel com os dizeres deveria ser de um significado muito forte, o que desestabilizou e fez o barco de Jorjão se perder.
Já eu compreendia que quando ele diz que no anel estava escrito "só você e eu", a palavra só era equivalente a somente, sem personalizar quem era esse "você". "Eu" era ala - a amada - visto que o anel era dela, mas "você" era indefinido, podendo ser qualquer homem, já podendo ter sido vários e que, certamente, seriam ainda muitos. E que o "barraco desabou" para ele nesse momento porque ele concluiu que a amada era uma pessoa vulnerável, de relacionamentos superficiais, que não se apega, passava um tempo com um, depois com outro, e que portanto, ela nunca tinha sido dele.
Eu não interpreto do mesmo jeito. Na minha cabeça esse era o anel deles. O barraco desabou pq ele tava tentando nao pensar mais nela, e ai encontrar o anel deve ter feito ele se lembrar de quando gravaram no anel, os sorrisos, beijos e abraços, a paixão que eles tinham na época, a satisfação com a qual ele colocou no dedo dela... Deve ter lembrado de tudo ali e agora o anel na mao dele, vazio sem o dedo dela dentro, a casa vazia, ele totalmente só... Me parece que naquele momento foi que ele caiu a ficha de que tudo acabou e o que sobrou foi um anel vazio...
Eu concordo com a Karol Viana do comentário acima. O anel é a lembrança do que viveram e ele se desestabiliza quando encontra porque traz dor e sofrimento e saudade. É o barraco desabando, todo seu emocional se desintegrando embora esteja se esforçando para aceitar a separação...uma desgraceira só coitadinho...rs.
Por que ainda produzimos literatura? Cassio Pantaleoni Dia desses, um jornalista amigo meu me perguntou sobre o sentido ...
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5 comentários
Eu não acho que ele tenha sido enganado, mas sim que quando menciona ""Aí foi que o barraco desabou, nessa que meu barco se perdeu, nele está gravado SÓ vc e eu" demonstra sim que ele pensou uma coisa da moça e era outra, achou que foi traído e não foi, insegurança de homem, pensamentos infundados que os levam a pensar mil coisas e no fim das contas nao é nada do que se pensava. Esta é a minha interpretação. bjs
Eu sempre achei que a expressão "aí foi que o barraco desabou ..." tem a ver com o fato de ele achar que está lidando muito naturalmente com a separação, quando se depara com o (um) anel com a declaração "(só) você e eu". Provavelmente esse anel com os dizeres deveria ser de um significado muito forte, o que desestabilizou e fez o barco de Jorjão se perder.
Já eu compreendia que quando ele diz que no anel estava escrito "só você e eu", a palavra só era equivalente a somente, sem personalizar quem era esse "você". "Eu" era ala - a amada - visto que o anel era dela, mas "você" era indefinido, podendo ser qualquer homem, já podendo ter sido vários e que, certamente, seriam ainda muitos. E que o "barraco desabou" para ele nesse momento porque ele concluiu que a amada era uma pessoa vulnerável, de relacionamentos superficiais, que não se apega, passava um tempo com um, depois com outro, e que portanto, ela nunca tinha sido dele.
Eu não interpreto do mesmo jeito. Na minha cabeça esse era o anel deles.
O barraco desabou pq ele tava tentando nao pensar mais nela, e ai encontrar o anel deve ter feito ele se lembrar de quando gravaram no anel, os sorrisos, beijos e abraços, a paixão que eles tinham na época, a satisfação com a qual ele colocou no dedo dela... Deve ter lembrado de tudo ali e agora o anel na mao dele, vazio sem o dedo dela dentro, a casa vazia, ele totalmente só... Me parece que naquele momento foi que ele caiu a ficha de que tudo acabou e o que sobrou foi um anel vazio...
Eu concordo com a Karol Viana do comentário acima. O anel é a lembrança do que viveram e ele se desestabiliza quando encontra porque traz dor e sofrimento e saudade. É o barraco desabando, todo seu emocional se desintegrando embora esteja se esforçando para aceitar a separação...uma desgraceira só coitadinho...rs.
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