É preciso curar o que causa a doença
Devo estar mais atenta ou medrosa. O fato é que nunca percebi tantas pessoas doentes, com doenças graves, no ambiente de trabalho, entre amigos, indivíduos simples e figuras proeminentes. Um número crescente de pessoas de idades variadas. Assustada fui ler sobre o assunto, observar se isso já não é um fato social, cujo quadro não pode mais ser alterado. Entendi que o esqueleto do homem dá sinal visível de saturação.
Impressionante detalhe é que os sintomas estão mascarados e também, como há uma falta de lógica no estabelecimento das doenças, referindo-me aos hábitos de vida das pessoas e até dos cuidados que muitos dedicam aos seus corpos. Há certos parâmetros que delineia o que realmente faz as pessoas saudáveis e o que as predispõem a doenças, assim como alguns experimentam curas de doenças em estágio considerados incuráveis, outros permanecem doentes mesmo quando recebem os melhores cuidados médicos.
A pensar fico se não seria também necessário estender a cura a alma das pessoas, provocar-lhes até que reajam e acionem o poder de autocura que todos possuímos em nosso sistema. Temos que ser participantes ativos do processo de prevenção as doenças ou mesmo quando pacientes, com doenças já estabelecidas. Estamos tão confortavelmente acostumados a entregar a solução dos problemas aos médicos, que curam as feridas, extirpam os tumores, mas não lhes cabem preencher o vazio da alma que não encontra fonte inspiradora para viver. Devemos incorporar o coração no processo de prevenção e cura senão não suportamos o fardo do stress, das cobranças por resultados financeiros positivos, das respostas certas, decisões irretocáveis e tudo isso talvez regado a estimulantes, calmantes, bebidas, cigarros e jantares.
Por isso mesmo, quando cuidamos do corpo, fazemos check-up, controlamos pressão arterial, níveis de colesterol, e não sei o que mais...estamos tratando da superficialidade do nosso ser. Mas estamos abordando o coração de maneira certa? Estamos nos livrando do que nos pesa os ombros? Estamos lidando com o desconforto e promovendo mudanças em nossas vidas? O que significa de fato curar-se?
Não tenho as respostas para minhas indagações, mas penso que a cura deve ser algo além do processo externo da doença. É preciso curar o que provoca a doença, senão ela, sorrateira se repete. O médico ao diagnosticar uma doença grave expõe uma vulnerabilidade existencial propícia para o restauro da harmonia emocional. Com a alma curada, o corpo segue a frequência. Em um mundo perfeito, corpo e alma se conectam e afugentam os desequilíbrios e a doença encontra resistência para instalar-se.
Há muitas coisas que podemos fazer para aumentar a força do sistema imunológico e reduzir a susceptibilidade a doenças; assegurar uma dieta saudável e equilibrada, basear as refeições em vegetais; escolher não fumar, manter o peso, estabelecer um modo de vida saudável; ser ativo e, sobretudo inspirar-se nas atividades divertidas e ao ar livre. Os pesquisadores constroem conhecimentos para o avanço da pesquisa do câncer, buscam recursos dos países ricos para enfrentar a despesa global que o câncer causa e tentam reduzir as mortes causadas pela doença. Mesmo assim advertem que as mortes relacionadas ao câncer continuarão crescendo e até 2030, 12 milhões de pessoas no mundo, terão morrido em decorrência dos vários tipos da doença.
Olga Borges Lustosa é cerimonialista pública e acadêmica de Ciências Sociais pela UFMT e escreve exclusivamente no blog do Romilson toda terça-feira
olga@terra.com.br
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