José Vilela de Moraes é aquariano e nasceu
em 9 de fevereiro de 1950, no município de Guiratinga (MT).
É graduado em
Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Começou a faculdade na
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo (RS), e
terminou na Universidade do Amazonas, em Manaus. Morou em vários estados
brasileiros trabalhando na redação de jornais diários, semanários, revistas e
em assessorias de imprensa. Deu aula para alunos de primeiro, segundo e
terceiro graus durante quase dez anos.
Tem dez livros editados. Atualmente José
Vilela mora em Boa Vista (RR).
Como escritor ele atua desde sempre. “Eu escrevo desde
criança, nas minhas primeiras lembranças de primário eu já escrevia”, revelou.
Afirma também que prefere 1000 vezes atuar como escritor a jornalista.
“Jornalista trabalha muito com a realidade, e a realidade dá muita dor de
cabeça, dá gastrite, angústias... O escritor pode sonhar mais”.
Sua primeira obra foi publicada em 1983, com o título
‘Os Agricolinos’, e conta a saga dos estudantes internos do Colégio Agrícola de
São Paulo. A segunda obra veio em 1984, com o titulo ‘Você Tem Muito de
Sozinho’, e conta a história de vida de um mestre que viveu exilado no sertão
do Mato Grosso. Em 1994, veio o livro ‘Os Bravos de Oixi’, com o relato da vida
de uma comunidade indígena de Roraima. A obra foi traduzida para o italiano em
1995, com o título ‘Glo Eroi Di Oixi’. Em 1998 ele publica três livros: ‘Eu sou
MM’, um livro sobre espiritualidade e misticismo; ‘A Chave do Impossível’,
sobre o mesmo tema; e ‘Xununu Tamu’, considerado por ele como sua melhor obra.
“Pra mim é o meu melhor livro de ficção. Ele mostra a questão indígena pelo
ângulo indígena”, explicou.
Indagado sobre toda a problemática que gira em torno do
direito dos índios sobre determinadas terras e sobre a opinião pública no que
se refere a essa questão, o escritor se diz simpatizante, há muitos anos, das
causas indígenas. “A sociedade moderna tem o costume de se achar superior a
outras sociedades, a outras civilizações. Tudo que é diferente passa a ser
combatido. Os índios têm direito sobre as terras simplesmente porque foram os
primeiros a chegar aqui. É a mesma coisa que dizer que a árvore tem mais direito
que a semente, sendo que a semente veio primeiro”, conjeturou.
Em 1998 Vilela publicou duas obras infantis baseadas em
contos indígenas que ouviu durante os anos de contato com diversas etnias. Os
livros têm como título ‘Macaco Velho Não Pula em Galho Seco’ e ‘Rapadura é Doce
Mas Não é Mole’. Em 2005 veio um pequeno livro sobre a história do Sindicato
dos Trabalhadores Federais do Estado de Roraima e em 2009 o resgate da história
da Ordem dos Advogados do Brasil em Roraima, feito em parceria com o presidente
da OAB/RR, Antonio Oneildo Ferreira.
Futuro
Indagado sobre os projetos para o futuro, o
jornalista-escritor pede licença e vai até o escritório pegar sua mais nova
obra, ainda inédita. É o livro ‘Macaco
Pancoso – Biografia de um primata tupiniquim’. “Esse livro me custou dois anos
de muita pesquisa. O primeiro volume está pronto e eu já enviei o material para
várias editoras. Quero lançá-lo em nível nacional”, disse empolgado. O livro
terá um segundo volume chamado ‘Macaco Pancoso na Capital da Pizza’, já em
andamento. O trabalho é uma sátira política e religiosa do nosso país. “A
personagem principal é um macaco guariba vermelha que nasceu na região Norte do
País e viveu diversas injustiças, como acontece com muitos brasileiros, no
entanto, ele se transforma no profeta da indignação com tanta coisa errada
acabando em pizza”, contou.
Sobre viver como escritor em Roraima, Vilela se mostra
desanimado. Ele criticou duramente a lei estadual por sua burocracia e
ineficiência. “Essa lei de incentivo é para inglês ver, é pura conversa fiada.
São pouquíssimas empresas aptas a participar porque a lei é mal feita”,
disparou. Ele aponta também que a fatia destinada à cultua é pequena diante das
necessidades, e que não existe facilidade nenhuma para quem escreve em Roraima.
Mesmo morando aqui, ele já publicou quatro de seus livros pela lei de incentivo
à cultura do Mato Grosso.
Vilela escreve em um escritório em sua própria casa,
mas diz que só trabalha à noite e na madrugada, devido o calor. Durante o dia
ele faz suas pesquisas e lê livros à sombra de duas árvores plantadas com as
próprias mãos. Lá, se cultiva a
esperança de melhorar o mundo através das palavra
Ultimo livro do escritor José Vilela
O GURU DA FLORESTA
Autor: José
Vilela
Ilustrador: Fernando Ordakowski
Edição: 1
Ano da edição: 2013
Idioma: Português
ISBN: 9788579920523
Número de Páginas: 84
O guru da floresta conta a história do irreverente
Macaco Pancoso, um guariba-vermelho que nasceu e se criou na mata fechada, no
tempo em que os bichos falavam. Metido a ecologista, ele se intitulava defensor
implacável dos Direitos dos Animais e arrumou briga com meio mundo para cumprir
sua missão.
Nessa época o País da Mamata vivia sob o regime da
Monarquia das Bananas e chorou o sumiço de bilhões de moedas de ouro pelo ralo
da corrupção, enquanto faltava comida, teto e segurança para os tupiniquins. E
o autor passou por muitos pesadelos para escrever a referida história, contada
pelo “fantasma” do próprio bugio...
Fonte:
José Vilela
Todos os direitos autorais reservados ao autor.
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