O doce amargo sabor do
amor
Já pensei muito sobre o
amor. Vamos mudar o nome, prefiro falar sobre relacionamentos, relações,
vivências, afetos, e acredito, penso, entendo que não existirá relações sem
conflitos, sem crises, sem problemas, quem assim pensa, pensar, que irá amar e
ser amado levemente sem lutar pelo amor, poderá se decepcionar.
Quem pensa em um mundo cor
de rosa, azul ou verde sem problemas a superar, pode ser classificado como
alienado. O mundo é um desafio constante a ser superado, superar a nós mesmos,
aos outros, a vida, ao mundo, aos conflitos, superar a cada dia o próprio dia.
Acredito que os
sentimentos permanecem quando realmente os queremos, quando realmente os
desejamos, caso contrário, eles somem, dissipam-se, agonizam e morrem. Amar é
antes de tudo entender e compreender, aceitar e renunciar, estar presente e
participar, olhar e falar, ganhar e receber, é uma permuta, troca, um momento
vivido por dois e não apenas por um.
Dois que querem superar e
superar-se, querem vencer não pela imposição, mas pelo entendimento, pela
cumplicidade, pela paz provocada pelo convívio mútuo de sentimentos e
ações.
Como é bom amar, doce, mas
isso não significa ausência de dor, o amargo sabor do amor, isso não significa
não ter ou enfrentar problemas, significa que tudo é possível de ser superando
quando se quer, querem, se deseja, se desejam, quando sentem, olham-se,
entendem-se, compreendem-se e seguem, não sem problemas, mas com o desejo de
superá-los.
Acredito que o grande o
problema e desafio da nossa geração é justamente este, não querer enfrentar os
problemas e desafios. Como vivemos já num mundo artificial, pronto e acabando,
em que tudo é facilmente trocado, os objetos, e assim também trocamos as
pessoas, os sentimentos, um mundo descartável.
Casais que vivem muito
tempo juntos, acredito, não conseguem por conta do sexo, do dinheiro, mas
talvez, penso, por conta da compreensão e do desejo de acertarem e continuarem
juntos, superando a si próprios. Raiva, mágoa, dor, tristeza, decepção, essas
coisas acontecem, comumente falando, fazem parte das nossas vidas
Ronaldo Magella é professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista, cronista, tem 33 anos, é do signo de peixes, não gosta de futebol, prefere livros, é formado em Letras e Jornalismo pela UEPB, tem especialização em linguística, e agora é acadêmico de Pedagogia pela UFPB, adora MPB, Rock, café, romance, paixão e café, não nessa ordem, trabalha hoje com internet, rádio, assessoria de imprensa, leciona, sonha e vive, mas sonha do que vive, afinal, enfim.
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