Achismos
Descobriu que tinha um coração em uma manhã qualquer. O
que a acordou foram os sons altos das batidas descompassadas.
De início não sabia o que era e muito menos de onde
vinham os sons. Fazia silêncio, mas sentia-se ensurdecida. Olhou para o seu
peito e descobriu um tambor ali dentro. Ou seria uma caixa sonora onde poderia
guardar seus sentimentos a partir de então?
Caminhando por um jardim percebeu que borboletas voavam
em seu estômago. Tentou matá-las com um sorvete, mas elas não congelaram. Café
ou chá não as afogaram.
Devagar, abria a boca para que elas saíssem e ganhassem
as flores e as cores do dia. Pôs-se a cantar suaves melodias.
Tinha um coração e pensava que podia amar.
Tinha borboletas e achou que podia voar.
Dy Eiterer.
Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Edylane é Edylane desde 20 de
novembro de 1984. Não ia ter esse nome, mas sua mãe, na última hora,
escreveu desse jeito, com "y", e disse que assim seria. Foi feito. Essa
mocinha que ama História, música e poesia hoje tem um príncipe só seu,
seu filho Heitor. Ela canta o dia todo, gosta de dançar - dança do
ventre - e escreve pra aliviar a alma. Ama a vida e não gosta de nada
morno, porque a vida deve ser intensa. Site:Dy Vagando
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