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Patricia Neme - [Poeta Brasileira]

Patricia Neme. Nací en Rio de Janeiro, pero he vivido en casi todo el país, lo que me hace brasileña. Y esto es una responsabilidad muy grande, por lo que mucho de mi poesía enfoca nuestros problemas sociales.

Ingeniera textil (Reutlingen/Alemania), escribir es lo mismo que respirar: una necesidad. Soy dos palabras: libertad y compasión.
Soy cuatro personas: mis tres hijos y mi nieta.
Amo montañas, perros y el silencio.


Consul para el Estado do Tocantins del Movimiento Poetas del Mundo.



Blogs:

www.patsolitudine.blogspot.com
www.patneme.blogspot.com


Algunos prêmios:


• Federação das Academias de Letras do Brasil
• Assoc. De Jornalistas e Escritoras do Brasil/Secção Ceará
• Assoc. Brasileira de Poetas e Escritores/Secção Paraná ...
• Academia de Letras e Artes de Paranapuã/RJ
• Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais
• Assoc. de Escritores de Bragança Paulista/SP
• Sociedade de Cultura Latina do Brasil/Secção Mogi das Cruzes/SP
• Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayete/MG
• Academia Ponta-Grossense de Letras e Artes /PR
• Assoc. de Mantenedores Beneficiários da Petros (Petrobrás)
• Academia Maçônica de Letras do Distrito Federal/DF
• Núcleo de Arte e Cultura do Literal Paulista
• Academia Divinopolitana de Letras/MG
• Academia de Letras e Artes de Araguari/MG
• Grupo Cultural Pórtico de Salvador/BA
• Assoc. Niteroiense de Escritores, Prêmio Florbela Espanca
• Jornal Ação Cultural/RJ
• Grupo Sul-Mineiro de Poesia/ MG
• Academia de Letras de Jequié/BA
• Secretaria Municipal de Turismo de Santana do Parnaíba/SP
• Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro/RJ
• Prefeitura Municipal de Tietê/SP
• Prefeitura do Município de Itapetininga/SP
• Noite e Poesia de Tatuí/SP
• Assoc. Profissional de Poetas do Estado do Rio de Janeiro/RJ
• Festival Poético de Cornélio Procópio/PR
• Prefeitura do Município de São Paulo/SP
• Prefeitura de Santana do Parnaíba/SP
• Prêmio Canon de Poesia

Poesias de Patricia Neme


Meu Verso

No verso,
destranco a garganta,
vomito a estupefação
que me come e me consome,
ante a volubilidade
dos que hoje nos comandam;
ante ética e moral
de tão metafórica fala
e dúbio,
espúrio, sentido.
A lei,
que vale pra todos,
só alcança o mais singelo
e,
se chega no castelo...
Vira lei fora-da-lei.
Quem entende o contra-senso...
Ou será que só eu penso?
No verso destranco a alma,
alma tola, que acredita,
que lei é coisa bendita,
coisa que ampara e protege
quem desde cedo trabalha
e não vive se enroscando
em cpi’s de alegria,
em papéis de alegoria.
Ou coisas de pizzaria!
Se eu não escrevesse,
explodia,
qual rojão de São João,
num réquiem obscurecido
pela ausência de fé na pátria
- que, por certo, eu sempre amo,
mas que de tanto enxovalho
por quem se julga importante
e nem nunca ouviu falar
no que sejam bons costumes,
ou no fio do bigode,
e só faz barbaridade -
hoje é razão de tristeza
pra todo e qualquer cristão.
Não quero essa pátria, não.
Eu quero o chão brasileiro,
povo gentil e brejeiro,
que sabe cantar Trem das Onze,
mesmo lá no Rancho Fundo.
Que diz, e o dito é sagrado
e seu verbo é confirmado
num bom aperto de mão.
Gente que vive da roça,
e rega o chão do sertão
com sangue, suor e esperança,
mesmo a barriga sem pão.
Povo que faz romaria,
que louva Deus, noite e dia,
Deus te guarde, te acompanhe...
Tudo o mais, melhora,
um dia...
Essa Pátria é que a minha.
De gente simples, morena,
que vive a boa vontade,
e traz no olhar a verdade,
de quem só é, o que é,
sem sombras de pretensão,
vendo no outro, um irmão,
que merece amor e respeito.
Essa, é a Pátria do meu jeito.
Cansada de ser explorada,
de ser, por chacais, atacada,
e ter tão pouca defesa,
que ante a corrupção
ainda fica surpresa.
Meu Deus, a coisa tá preta,
não se agüenta tanta treta,
tanta abominação.
Socorre-nos, Pai,
sê por nós,
resgata a ordem e o progresso,
o horror impera, possesso,
no plano alto do congresso....
Êta nós, judiação.
A gente só quer emprego,
mesa farta, teto, escola,
a gente não quer esmola,
só se quer ser cidadão.
Sê por nós, Pai Soberano.
já nos cansou o desmando,
que dura, ano após ano.
Este é o chão do Cruzeiro,
nosso céu tem Teu madeiro...
Olha por nós, por inteiro,
olha por nós o ano inteiro!
Porque senão, meu Senhor,
se tanto mal nos abate,
a quem restará o valor
de vencer o bom combate?


Silêncio

No canto do silêncio há dores tantas,
gemidos, desespero, desamor...
E o pranto, que vagueia nas gargantas
dos que, sequer de um pão, sentem sabor.

De quem não conheceu mãos meigas, santas,
no gestual que à alma traz calor;
e deu-se às vãs mentiras... Muitas... Quantas...
Que mostram ser loucura amar o amor.

No canto do silêncio... Quem o escuta?
Quem ouve o sussurrar da humana luta?
Quem ouve o genocídio, o medo, a guerra?

Quem ouve a sombra triste que há no rio
e escuta os animais, com fome e frio?
Canta o silêncio... E implora: paz na terra!



Patricia Neme
Todos os Direitos Autorais Reservados ao Autor

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