Luiz de Miranda nasceu em Uruguaiana/RS,
fronteira com a Argentina e Uruguai. Sucesso de público e de crítica.
"Amor de Amar" vendeu 1860 exemplares em 2 meses. Livro dos Meses vendeu mais 30 mil. Livro do Pampa, 20 mil. A maioria de
seus livros está com a edição esgotada. Recebeu o “Grande Prêmio de Poesia do
ano de 2001”,
instituído pela Academia Brasileira de Letras, pelo livro Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania. Para Ary
Quintella: "Miranda é o melhor poeta vivo do Brasil". O poeta Affonso
Romano de Sant'Anna afirma: "Sua poesia é forte, é um verdadeiro "Canto
General", de Pablo Neruda, cheio de generosa amizade. A Poesia sopra com a
força mítica de Orfeu. Um Orfeu dos Pampas". LM é verbete da Enciclopédia
Biblos da Europa, a pedido da Universidade de Coimbra, Portugal, com texto
composto pela crítica e professora, Dra. Regina Zilberman.
Em 1988, recebeu o “Prêmio Érico Veríssimo”,
da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Em 1997, ganhou o título "Cidadão
de Porto Alegre", por votação unânime dos vereadores.
Recebeu o Prêmio "Negrinho do Pastoreio 2005", como melhor
poeta do Rio Grande do Sul. A votação foi feita por Prefeitos, Vice-Prefeitos e
Secretários de Cultura do Estado. Miranda tem 28 livros publicados, num total
de 2706 páginas editadas. Tem prêmios nos Estados Unidos, Itália, Paraguai e
Panamá e França.
Foi eleito Membro de Honra do Instituto
Literário y Cultural Hispânico, em março de 2007, ao lado de nomes como Jorge
Luis Borges, Ernesto Sábato, Isabel Allende, tornando represente do Instituto
no Brasil, com sede na Califórnia (USA). Seus 40 Anos de Poesia foram
comemorados no Brasil, Argentina e Paraguai. Também foi criado o “Concurso Bi
Nacional Poeta Luiz de Miranda” para escritores argentinos e brasileiros.
Em 1987 foi eleito para a Academia
Rio-grandense de Letras e em 2000 para a Academia Sul Brasileira de Letras,
localizada em Pelotas/RS. Já pediu demissão da Academia Rio-Grandense de Letras.
É Sócio Honorário do Instituto João Simões
Lopes Neto.
Seu livro foi editado pela Editora Global, SP,” Melhores Poemas de Luiz de Miranda,” com
seleção e prefácio de Regina Zilberman. Esta coleção já publicou Fernando
Pessoa, Castro Alves, Ferreira Gullar, Camões, entre tantos autores ilustres
das Letras. O livro Melhores Poemas de Luiz de Miranda tem 67 poemas num total
de 207 páginas. Na Fortuna Crítica estão Ivan Junqueira e Moacyr Scliar, da
Academia Brasileira de Letras; Ferreira Gullar., Gerardo Mello Mourão, Ary
Quintella, Nelson Verneck Sodré, Affonso Romano de Sant’Anna, do Rio de
Janeiro; Perfecto Cuadrado, da Espanha; José Augusto Seabra, de Portugal.
Breve Fortuna Crítica
Nunca Mais Seremos os Mesmos, esta epopéia que resume toda a sua
mitologia pessoal como poeta e que nos descortina aquilo em que consiste a
herança dos que nascem nos Pampas. Trata-se de um poema de raiz e que, como
tal, mergulha fundo e viscoso na alma de quem o lê.
Ivan Junqueira - Presidente da Academia Brasileira de
Letras.
Rio de Janeiro, 17
de Abril de 2005.
Sua Trilogia da Casa de Deus
é forte, é um verdadeiro Canto General
de Pablo Neruda, cheio de generosa amizade. A Poesia sopra com a força mítica
de Orfeu. Um Orfeu dos Pampas.
Affonso Romano de
Sant'Anna
Rio de Janeiro,
2002.
Miranda é o grande poeta épico que transforma o eu pessoal em coletivo,
a voz individual na voz de um povo. Dá prosseguimento ao que fez Rubén Darío,
seguido por Gabriela Mistral e Pablo Neruda. É uma voz única na América Latina.
Perfecto Cuadrado
Madrid, 2005.
Luiz de Miranda é o grande poeta do Pampa, no mesmo lirismo épico de
José Hernández, num tom mais alto que o próprio Martín Fierro.
Gerardo Mello
Mourão
Rio de Janeiro,
2005.
De fato, analisando com vagar e atenção os livros até hoje publicados
de Luiz de Miranda, sem qualquer dúvida é possível afirmar que se trata de um
dos grandes poetas brasileiros de todos os tempos, dando segmento às grandes
produções no idioma português, de Camões a Fernando Pessoa, passando por Antero
de Quental e Carlos Drummond de Andrade.
José Édil de Lima
Alves
Porto Alegre, 2005.
Luiz de Miranda é tão autêntico quanto a sua arte. É impossível não
gostar dele, como é impossível não gostar de sua poesia. Luiz de Miranda, poeta
maior deste país.
Moacyr Scliar
Porto Alegre, 1997.
Luiz de Miranda é
uma das poucas grandes vozes da poesia brasileira atual.
Nelson Werneck Sodré
Rio de Janeiro,
1996.
Do tempo e da circunstância, do amor dos outros e da vida, de fiapos da
existência dilacerada destas horas, do efêmero cotidiano que os poderosos crêem
que não fique, dessa matéria fluida e perdível, da captação desse lixo da
história e da exploração do homem, do sensível e emotível e comovível, destas
coisas aparentemente irrelevantíssimas, Luiz de Miranda ergueu este seu canto
de eternidade: bem haja!
Antônio Houaiss
Rio de Janeiro,
1987.
A poesia de Luiz de
Miranda fala de todos nós.
Ferreira Gullar
Buenos Aires, 1976.
O essencial da poética de Luiz de Miranda, um dos mais altos momentos
da Poesia Brasileira Contemporânea, se inscreve na grande tradição lírica da
Língua Portuguesa e na esteira da revolução das linguagens do nosso tempo,
aberta ao futuro pelo modernismo dos dois lados do Atlântico e prolongada por
sucessivas gerações deste século.
José Augusto
Seabra
Paris, 1997.
Como já disse, tua poesia é única que funciona como um
"organum", como os neo-helênicos de Alexandria (vide Kavafis). Chegas
com Nunca Mais Seremos os Mesmos ao
topo mágico dos grandes poetas. É uma das mais poderosas poéticas do mundo
atual.Pena que eu ande adoentado e não possa escrever um ensaio sobre isto.
Gerardo Mello
Mourão,
Rio, 2006.
Luiz de Miranda, com Cantos de Sesmaria, canta sua terra, e
faz dela um canto universal, tornando-se um dos maiores poetas do mundo.
José Augusto Seabra,
Paris, 2003.
Luiz de Miranda, entre os maiores poetas do mundo e o que tem a obra
mais vasta
Por: José Edil de Lima Alves
Poeta nascido em Uruguaiana e já
com mais de quarenta anos de carreira literária, Luiz de Miranda tem 31 livros
publicados num total de páginas que impressiona pelo volume, sem, contudo,
comprometer negativamente o conteúdo e a qualidade.
De fato, são 3143 páginas
impressas, a mais extensa obra do mundo, com poemas que mantêm apreciável
qualidade estética, tematizando assuntos que vão da esfera social às
manifestações eróticas, dirigidos ora a um público adulto e maduro, ora a um
público formado por jovens adolescentes. Para citar alguns, Pablo Neruda tem
2080 páginas e Ezra Pound 837 páginas. Miranda lançou em março de 2009
"MONOLÍTICO (Memória Que Não Morre)", 292 páginas de um longo poema.
Que Antonio Olinto, da Academia Brasileira de Letras, afirma: "Ourives da
palavra, Miranda chega com Monolítico ao patamar da grande obra da Língua.”
Saiu em março “Melhores Poemas de Luiz de Miranda”, Editora Global, SP, com
lançamento nacional.Saiu em maio “Vozes do Sul do Mundo”, o primeiro volume da
coleção Luiz de Miranda editada pele ediPUCRS.Agora aparece em outubro o
segundo volume da coleção:”Rio de Janeiro, Canto de Luz Mar Adentro”, 130
cantos e 180 páginas.
Recebe dia 05 de junho Prêmio da
Academia de Letras, Ciências e Artes Francesa. Saiu em março, na Feira de Paris
seu livro “Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania. Recebeu em
abril o Prêmio 52ª Legislatura da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Sairá
Antologia Poética na Espanha, coordenada
e traduzida por Perfecto Cuadrado.
A lírica mirandina destaca-se
sobremaneira pela tematização da palavra como instrumento e como objeto do seu
fazer poético, com de resto deve ser todo o poema que aspira um patamar
verdadeiramente literário, primando pela sonoridade do verso, sempre sustentado
por ritmos adequados aos assuntos de que se ocupa com propriedade e com
percuciente capacidade, como a de esmerar-se na busca do vocábulo próprio para
exprimir o que o seu fértil estro lhe dita.
Em língua portuguesa, passando
pela produção dos mais diferentes poetas nos mais diversos períodos e países,
de Angola a Moçambique, do Brasil a Portugal, sem deixar de mencionar Cabo
Verde, Luiz de Miranda constitui-se em caso singular, pode-se dizer, seja pela
qualidade de sua produção, reconhecida por diferentes e importantes críticos,
tanto no Brasil como no exterior, seja pela extensão de versos produzida que se
encaminha célere para se constituir na mais alentada de quantas se tem notícia.
Manuel Bandeira, em seus sessenta
(60) anos de produção, era o poeta que, junto com Carlos Drummond de Andrade,
apresentava uma quantidade realmente apreciável de poemas. em nosso país;
Fernando Pessoa e Camões, em Portugal também escreveram significativo número de
poesias. E todos, seguramente, já foram ultrapassados por Luiz de Miranda que
ainda tem seis livros inéditos: “Velas de Portugal”; “Salve Argentina”, “Rio de Janeiro, Canto de Luz Mar Adentro”,
“Vastidões da Pampa Inteira”, "Vozes
do Sul do Mundo", 260 páginas, que acabou de sair na EdiPUCRS e terá
lançamento em todo o país.. É uma obra densa, forte, definitiva, daquilo que Miranda mais sabe cantar: A
paisagem da pampa e suas cidades, o mar e suas eternidades. Com segurança.
Miranda é o único do Brasil que vem cantando o Sul do Mundo espanhol. É um
livro triunfal.
Para entendermos melhor a obra
Miranda nunca será demais ter-se uma visão continental mesmo que sucinta, mas
necessária.
O ensaísta e professor
universitário Perfecto Cuadrado, da Universitat de les Illes Balears, em Palma,
Mallorca, Espanha, sobre Luiz de Miranda afirma: “... é o grande poeta épico
que transforma o eu pessoal em coletivo, a voz individual na voz de um povo. Dá
prosseguimento ao que fez Rubén Darío, seguido por Gabriela Mistral e Pablo
Neruda. É uma voz única na América Latina."
MIRANDA, um dos maiores
poetas do mundo
"Luiz de Miranda,o Senhor da
Palavra", de Eduardo Jablonski, ediPUCRS,2010, é um livro sobre a obra e a
vida de Miranda, considerado um dos maiores poetas do mundo: "Luiz de
Miranda, com "Cantos de Sesmaria", canta sua terra, e faz dela um
canto universal, tornando-se um dos maiores do mundo."José Augusto Seabra,
Paris,2003,ex-ministro de Educação de Portugal, e considerado a maior
autoridade em
Fernando Pessoa. "Como já disse, tua Poesia é única,
funciona como um "organum", como os neo-helênicos de Alexandria(vide
Kavafis). Chegas com "Nunca Mais Seremos os Mesmos" ao topo mágico
dos grandes poetas. És uma das maiores poéticas do mundo atual. Pena eu andar
adoentado e não poder escrever um ensaio sobre isto." Gerardo Mello
Mourão, Rio, 2005.Este livro "Senhor das Palavras está nas principais
livrarias ou pela edipucrs@pucrs.br ou luizdemiranda@terra.com.br.
Em março, dia 14,Miranda viajou
para Paris para participar do Salão do Livro de Paris e fazer o lançamento do seu livro “TRILOGIE DU BLEU”, da Editora francesa
Yvelinedition pela Divine Colletion , recebeu Prêmio Mérite et Dévoument. A
Medalha de Ouro do Senado Francês. Esteve também na Espanha, em Palma de
Mallorca, na Universidade das Illes Balears para conferência e recital . Fará o
lançamento de "Antologia Poética, traduzida e apresentada por Perfecto
Cuadrado, ainda em 2012..
EdiPUCRS lançará coleção do poeta Luiz de Miranda
O Conselho Editorial da EdiPUCRS aprovou a
criação da Coleção Luiz de Miranda, que contará com seis obras do poeta. Serão
lançados dois exemplares da coleção a cada ano, sendo que a primeira obra,
“Vozes do Sul do Mundo”, que saiu em maio de 2011. Os títulos seguintes serão: “Velas de
Portugal”, “Vastidões da Pampa Inteira”, “Amores Amargos”, “Salve a Argentina”
e “Rio de Janeiro, Canto de Luz Mar Adentro”.
Sobre o autor: Nascido em Uruguaiana,
com 45 Anos de Poesia, de carreira literária, Luiz de Miranda possui um vasto
trabalho, que contempla 31 livros publicados, com o tema sempre voltado a nosso
continente e suas belezas.
Luiz de Miranda foi vencedor do “Grande Prêmio de Poesia do
ano de 2001”,
instituído pela Academia Brasileira de Letras. Recebeu, em 1988, o “Prêmio
Érico Veríssimo” e o prêmio “Negrinho do Pastoreio 2005” como melhor poeta do
Rio Grande do Sul. Reconhecido internacionalmente, com 11 prêmios, nos Estados
Unidos(4), Itália, Paraguai(2) e Panamá(2),França (2). É membro de honra do
Instituto Literário y Cultural Hispânico,onde recebeu o grande Prêmio do
Instituto, em 2009,prêmio dado escritores mundialmente reconhecidos como Roa
Bastos e Mario Benedetti. Sócio honorário do Instituto João Simões Lopes Neto e
carrega o respeito e admiração dos maiores escritores da América do Sul.
Não é uma afirmação isolada.
Raul Bopp, o celebrado autor de
“Cobra Norato”, ainda nos anos setenta do século XX, disse do autor aqui
focalizado: “A poesia de Luiz de Miranda revela a sensibilidade do verdadeiro
grande poeta. É uma contribuição definitiva à literatura brasileira”. Já o
professor universitário, crítico e poeta, Affonso Romano de Sant’Anna,
registrou: “A poesia de Luiz de Miranda é forte como o Canto General, de
Pablo Neruda, e o poeta uruguaianense constitui-se em um verdadeiro Orfeu dos
Pampas.”
Na verdade, nesses mais de
quarenta anos de trajetória poética, Luiz de Miranda jamais perdeu de vista a
realidade continental americana. E bem antes de iniciar-se como poeta em letra
e forma, pode-se falar dos contatos com a realidade poética das Américas pelas
leituras que o passar do tempo foi-se encarregando de tornar mais intensas de
um Edgar Alan Poe, Walt Whitmann, Inés de la Cruz, Octavio Paz, Amado Nervo, da América do
Norte, passando pelos centro-americanos Gertrudis de Avellaneda, José Martí,
Rubén Darío, para chegar aos sul-americanos Zorrilla de San Martín,
Etcheverria, Andrés Bello, José Hernández, Juana de Ibarbourou, Pablo Neruda,
Gabriela Mistral, Alfonsina Storne, Jorge Luís Borges, dentre tantos,
tantíssimos outros de língua castelhana, sem descurar dos patrícios, a começar
por Basílio da Gama e Tomás Antônio Gonzaga, chegando àqueles que hoje dão
sustentação ao que de melhor é produzido no Brasil.
Em seu trabalho poético, de forma
recorrente tem tratado de lugares e de pessoas humanas, formadores desta
realidade americana que tanto o envolve. Vultos políticos, entre os quais
Salvador Allende, Martin Luther King, Che Guevara, João Goulart, e artísticos,
como Pablo Neruda, Fernando Pessoa, Mario Benedetti, têm merecido de Miranda
não apenas o reconhecimento, mas a mais eloquente distinção.
O número que fala da produção
intensa desse escritor que vive para a Poesia, pode-se dizer sem exageros, é
reflexo de uma mudança de rota que acontece quando Miranda publica Quarteto dos Mistérios, Amor e Agonias,
384 páginas (1999), Trilogia do Azul, do
Mar, da Madrugada e da Ventania, 304 páginas (2000), galardoado dom o
“Prêmio Nacional 2001 da Academia
Brasileira de Letras", Trilogia da
Casa de Deus, 280 páginas (2002), Canto
de Sesmaria, um singularíssimo poema desenvolvido em 280 páginas (2003) e Nunca Mais Seremos os Mesmos, com 416
páginas (2005). Saiu “Melhores Poemas de Luiz de Miranda”, 207 páginas, pela Ed.
Global-SP, em março de 2010.
À mercê do seu trabalho, tem vindo o justo
reconhecimento. Miranda tem prêmios no Exterior: Estados Unidos (4),
Paraguai (2), Panamá (2), Itália e França(2). Recentemente, recebeu o título de Membro de Honra do Instituto
Literário y Cultural, com sede na Califórnia, USA, passando a figurar ao lado
de nomes ilustres como Jorge Luís Borges, Isabel Allende e Ernesto Sábato, por
exemplo. E a revista Alba de América (800 páginas), editada pela citada
entidade, publicou poemas de Miranda e um ensaio de Antonio Olinto sobre a obra
do ilustre uruguaianense. Luiz de Miranda ganha em 2009 um dos maiores Prêmios
mundiais, o do Instituto Literário e Cultural Hispânico, que já agraciou nomes
internacionais como Augusto Roa Bastos e Mario Benedetti. Miranda recebeu o
Prêmio em 12 de agosto na Argentina no XXXII Congresso Mundial da Entidade.
Miranda recebe em 2009, da Secretaria Municipal da Prefeitura de Porto Alegre,
o Prêmio Açoriano de Melhor Livro de Poesia do ano, com "Monolítico".
Sempre voltado para nosso Continente, ainda
no mês de julho de 2007, em sua cidade natal, a fronteiriça Uruguaiana, acabou
de redigir o poema intitulado Salve a Argentina, composto por 103
cantos, certamente o primeiro cântico de louvor à pátria-irmã, escrito por um brasileiro.
Todo o acervo
poético de Luiz de Miranda foi entregue ao Projeto Delfos - Memória
Cultural da Pontifícia Universidade Católica do RGS, em dezembro de 2009. Lá
estiveram Erico Veríssimo e Mario Quintana.Está lá sua biblioteca, com 2 mil
volumes.
O conjunto de sua produção, por sua
qualidade, naturalmente, faz com que cada vez mais eu reafirme o que escrevi um
dia sobre sua poesia: “De fato, analisando com vagar e atenção os livros até
hoje publicados de Luiz de Miranda, sem qualquer dúvida é possível afirmar que
se trata de um dos grandes poetas brasileiros de todos os tempos, dando
seguimento às grandes produções do idioma português, de Camões a Fernando
Pessoa, passando por Antero de Quental e Carlos Drummond de Andrade”.
________________________
* José Edil Alves é Doutor em Letras
pela UFRJ – Membro da Academia Rio-grandense de Letras e da Academia
Uruguaianense de Letras. Professor na ULBRA/Canoas.
Alguns Poemas de Luiz de
Miranda
A UM DIA DA ETERNIDADE
Para onde vou não há retorno,
os ventos zunem nas distâncias,
nas lonjuras mais ermas.
Estou a um dia da eternidade.
Mas há ainda um ranger de dentes
das plenas rebeldias.
Teu amor não vem,
teu amor vem tarde,
como a paisagem da janela de um trem
já não vem.
Teu amor
amortece
na mesa vazia de um bar.
Esguia e bela,
somes nos nomes
que a paixão não traz.
O que bebo é vinho
e ventania,
loucura dos santos,
que se perderam na procura
do que nunca tive.
És bela,
o desejo é belo,
e basta.
Longe de casa,
eu moro na rua Lima e Silva,
em Porto Alegre,
no fim do mundo.
Só o coração compreende,
que a paixão não traz,
o barco da ternura jaz,
neste rio Uruguai
da minha vida inteira,
correndo para o Mar del Plata,
onde ainda se ata
a dor da vida e a dor da morte,
linho na bruma da manhã,
metade sonho, metade morte,
apenas um cesto de romã.
Um dia irei além do impossível,
serei ainda o barco de um só rio.
A nudez é plena,
a nudez da água navega.
Quem me conhece pensa que sabe,
mesmo assim, não sabe
da solidão da porta dos hospitais,
onde nunca entrarei.
Prefiro a morte súbita,
alma voando,
num
repente,
um breve momento,
frente a Deus.
Tudo é solitude.
nos descampados da pampa,
minha lei e minha origem.
As flores crescem para além
dos muros da minha cidade,
liberdade
em tudo o que arde.
Serei o que sonhei,
a mil anos daqui.
Serei,
como a pérola
que vive encantada
na sua concha,
no fundo do mar.
Irei ao mundo,
como fui um dia
à escola.
Só os deuses
entendem
dormir
entre estrelas,
e acordar sem elas
e poder vê-las
em cada vão da tarde.
(Porto Alegre, noite de 21 de março de
1998.
Do livro "Quarteto dos Mistério, Amor e Agonias, 1999. Considerado obra
prima, no prefácio que faz Gerardo Mello Mourão, único brasileiro indicado ao
Nobel de Literatura, el 1979, pela Universidade de New York.)
XXIV
Tu tens que tentar
tocar as estrelas,
destina toda a tua
vida para esta sorte.
Não fiques somente em vê-las.
Acorda-as com o brandir do verso,
que sobe do amor, antes imerso,
e vai luzir com elas
no esplendor da eternidade.
Olho lasso diante da amplidão,
dou mil passos além da solidão.
Meia lua gris, morte e incêndios,
ao esmeril do vento.
O tempo dorme e é inútil,
enorme é a dor que me assedia,
e não estanca esta sangria.
Rosa branca, rosa branca,
és meu mistério e missão,
és quando abril assume
o tendal alto das estrelas.
Aí estou coberto do que amo,
sirvo a mesa e proclamo
que o amor reina mil anos,
e um pouco dele, talvez muito pouco,
passa por nossa alma,
que é lavada no orvalho da manhã
e resplandece na sombra branca
da minha mão magra,
que escreve, dolorosamente, o poema,
esse dilema de uma vida inteira.
Minha covardia é amar demais,
e depois chorar a perda de quem se ama.
Mas sem isso a vida não bate na alma.
Melhor amar e ir morrendo nos seus sulcos,
do que deixar para outro dia o que é diamante,
mar, azul, manto de pérolas, ramo de flores,
que nos envolvem por dentro do corpo.
Sou às vezes navio sem porto,
mas navego os milagres da paixão.
Canto de Sesmaria
Porto Alegre, roteiro da paixão
I
Porto Alegre Porto Alegre
alegria
para nós que precisamos
nós que somos mais tristes
que alegres
e vivemos esse tempo
essa morte
esse pássaro de febre
XXVIII
Porto Alegre Porto Alegre
eu te canto para além
de toda a miséria
porque em ti vive o melhor de mim
e somos a mesma semelhança
a luzir às frestas
desamparadas do meio-dia
Porto Alegre, roteiro da paixão
Ponto de Partida
A Alceu valença
Não sonharei o impossível
nem aurora
a luz vem luzindo
sua desesperada agonia
o passado move
sua chuva de caspa e cinza
Não me queiram cordato
sou sempre o reverso
o horizonte incabado
quando me julgam morto
renasço com os caídos e mato
para morrer de novo
à lucidez das palavras endurecidas
Alerta, neste quarto emprestado
à beira do coração
me sustento de miudezas
substantivos, verbos, adjetivos
complementos do cotidiano
e construo a esperança
como quem se salva
para salvar
Alerta na pampa
casa e coração
cinza no osso da dor
cinza no rosto do amor
arsenal da solidão
arreios da vida inteira
Não sonharei o impossível
revoa a angústia
como pássaro sem prumo
nossos mortos, nossa morte
escuro silêncio
espaço sem ar
desequilibrando no céu
o algodão das palavras
Desequilibrando no céu
as aves de pouso alto
o alarme geral
das armas e das canções
Desequilibrando, desequilibrando
Estado de Alerta
Transitório
Amanheço com a chuva
dos anos da memória
e nada exaure mais
que este gosto de sal
E quanto queria
amanhecer longe
destes páramos
e perder com justeza
e sorrir com a vida
mas nada transporta
ou redime
os amigos mortos
A vida dói na alma
como uma tina de fel
e guardamos o segredo
de continuar vivos
para incrível surpresa
dos que comandam a vida
Memorial
Poética brava
A Guilhermino Cesar
O poema é o sistema
onde a palavra
grava o conteúdo
grave o feroz de tudo
grava o que não tem
princípio ou término
e só finda num fundo
de olho
onde a vida é um retrato
transparente da verdade
O poema não tem dilema
entre um susto e outro
sobrepõe-se por camadas de
som
é um potro vidente
armado até os dentes
da fúria doce da imagem
Solidão Provisória
Pequena elegia para mais uma esperança
Chegarás sempre na última palavra
na tarde noturna do desejo
onde a paixão se recolhe
e deposita até os fantasmas
febris do desespero
Chegarás na bruma
das sílabas sonoras do amor
o ar sonando no sonho
como uma nuvem que se perdeu
e fica boiando no horizonte
Chegarás como a sombra
quente do sol
esquecida no adeus
Chegarás para dizer
que o amor revela-se
à luz noturna das palavras
Amor de amar
Artefactos para cumprir a vida
I
Nasci em Uruguaiana
com todos os benefícios da memória
O rio Uruguai é o mar de infância
pendurando no rosto
a fuselagem de meus ossos
II
Quando indaguei
no transe das coisas íntimas
agora prendo nelas o tambor do meu desejo
as fatias desprovidas destes dias
Quanto dói a lonjura
que fecha nossa infância
e mais se sabemos rompido
o caminho da lembrança
III
Onde tenho a injustiça
me detenho
não há entrave no meu canto
e canto (prova mais dura
de ser presente - não aparente)
o que resiste e sem demora
veste a roupa de sua hora
Para tanto
asilar as dores de cabeça
em carreiras
despedir dos relógios
a despedida
ser de resguardo
nos guardados
da esperança
Asilar o primeiro amor
o coração desabitado
e nesse arredo
suspender dos meses a solidão
arredar o medo
sem o segredo do transporte
ao visto vigiá-lo
como pedaço do próprio corpo
IV
Em todos os nortes e ventos
disponho os trastes inábeis
já auferi a vida outro trajeto
e abandono de vez
a ressaca dos domingos
Haverá quem pergunte
coisas mais solenes
haverá quem indague
no branco das camisas
nas gravatas e sapatos
minha altivez
Não isso não
a vida é corredor sem regresso
derivando derivando
aonde se abandona
o mofo do rigime
V
Ah! uma canção
lonjura de pó
nas paredes que me cobrem
Tanta morte enfeixa
minha camisa de brim
que morrer faz a diferença
na distância
onde meu sonho se anuncia
Tanta morte equilibra no meu ombro
no lado esquerdo
onde escondo o pensamento
que viver é ir com todos
sem nunca se perder
VI
Na linha do horizonte
a justiça equilibra seu pronome
é deveras distantes
é deveras enrolado ao falso de seu nome
nos documentos vigentes do sistema
A justiça é porto seguro
represa de vento
onde desembarcamos a vida
é porta operária
onde o tempo é arma acesa
e fantasma
VII
Onde tenho a injustiça
me detenho
Sou desembarcado
não por desejo
nos domicílios de mil novecentos
e setenta e dois
num abril que resseca minha idade
Sou desembarcado
e desde muito
teço junto aos irmãos
nova rede nova arma
Não exaspera minha descida
nesta hora
aprendi do caminho
como a serpente
o veneno de si mesma
Aprendi não de repente
a rebeldia elementar
e nos seus volumes cinzentos
fundei minha casa
Golpe a golpe
desmembramos o dia
o difícil instante
onde fundamos nossa casa
VII
A vida é o trajeto vivo
cumpre movê-la
suspendendo nos dentes
o mal nascido
mas até amanhã
onde até dezembro
colocar a mão desprovida
o coração maduro que despencou ?
O amor
ainda censurado
é permitido às palavras
nelas fazemos muradas e abrigos
em dia de boa paz
o roto amar da vida
Onde antes que a noite
permita todo seu pasmo
colocar o sal e a pólvora
e tristeza e as horas
roubadas dos relógios ?
IX
Ah! canção para cumprir a vida
sempre adiada
artefacto de sonho
para cobrir o que me falta
o que me resta
Todo o desigual
é uma distância sem perdão
e mofa em nossos olhos
Memorial
Balada em Uruguaiana para Tabajara Ruas
A fúria da linguagem desce aos infernos.
A alvura da palavra brilha no pampa.
Somos o que se escreve ou canta,
luz divina, diamente interno
que ilumina a página branca,
onde a noite põe suas estrelas
e é para poder ouvi-las e tê-las
que o fogo da aurora se levanta,
deixando em ti uma loucura santa.
O teu ofício paira no vento,
mais rápido que o pensamento,
vai longe, iluminada mão,
vai dentro, bem perto, no coração.
Trabalhas o que move o homem,
o cristal dourado da vida,
e se o amor e paixão somem,
deixando a alma perdida
inventas na hora outro destino
onde voltamos a ser menino.
Amores imperfeitos
Amor de amar
Dispo-me dos pudores da forma
coloco meu ouvido no teu peito
e deixo-me levar
na emoção de quem procura
teu rosto na sombra
e te purifica te revela
te orvalhece te incendeia
e comparece em ti
com estas palavras
trazidas da alma
Se chegarei à poesia
não o sei
apenas escrevo estas linha na água
para brilhar no céu
um dia
recolhidas pelas nuvens
ou espremidas a longo véu das chuvas
Agora desliza minha mão
a auscultar a memória da tua pele
a viver nela o tempo impensado
dos navios perdidos
viver na tua pele
todos os naufrágios
e renascer na palma
do amanhecer
Agora a vida é renascer
sempre em ti
Um pensamento fugidio
às festas da aurora
é teu nome em meu coração
a romper o silêncio
um risco de luz
transfigurado em tua face
é meu guia
e seguirei
cuidadoso
como um cão
e seguirei teu cheiro
pela noite imensa da paixão
Seguirei
até que te convertas
na própria tinta das palavras
e venhas a escrever
desde esta janela de espanto
que é o mundo
luz redonda de infinito
Seguirei contigo
ainda que estejas longe
e te desfaleças
noutra solidão
noutro minuto de esperança
e te consideres ausente
como são ausentes as distâncias
mas te chamarei baixinho
para te estelar
nas proximidades mais íntimas do amor
Para te estelar
na longitude dos espaços
das geografias
que o amor tem outro calendário
outro itinerário
E és tu, namorada,
que me dás a música dos versos
seu rebentar na carne
Amor de amar
Balada de Lisboa
Há pedras neste céu
que foram estrelas
no coração do poeta.
Ninguém te limita,
ó Tejo amantíssimo,
demônio de água doce.
Tantos são pessoa,
a lei e sua fome,
que o cristal do poema
dá teu nome
ao que ilumina
às raízes de Lisboa.
Vou caminhar estas ruas,
como quem recorda a infãncia,
onde seremos a menor distância
entre a flor o fruto e tua
geografia amorosa,
onde o sonho desperta,
e a última estrela
se deixa no céu,
alerta.
E a vida, móbil azul,
fareja estradas no mar,
cristais de um canto insone
que vaga e noutra vaga
some,
e o amor que sai
da alma gaúcha e sem fronteira,
que ganha o mundo e vai
morrendo em ais pelas esquinas
onde o homem e a flor respira,
e cumprimos a dolorosa sina
que inventa a lâmina que o fira,
ardendo em mares,
ó senhor dos naufrágios
Há pedras nas vastidões
dos sonhos dos que navegaram
o mundo sem mapas,
dos que navegam o coração das palavras,
O verso que
só
a outro verso
se ata,
como a teia
do amante e do amor,
que ilumina
evaporando-se na dor
que só tem quem olha o roçar da eternidade.
Comigo estão os que sempre estiveram,
ferindo a linguagem no seu vôo livre,
o que alaga e veste a sombra do tema:
Sá-Carneiro, Seabra, Camões, Eugênio de Andrade,
os que batizam em fogo os cantos da aurora,
os que morrem na vida e renascem no
poema.
Lisboa, 10, 11, 12 de novembro de 1996.
Quarteto dos Mistérios, Amor e Agonias
Nada existe
Nada existe do outro lado do mar,
a não ser o azul que sonhamos,
as parreiras densas de algum vinho,
havido nos barris do sonho
e envelhecido na resina espessa
que em nós ensina a solidão.
Ah, coração, solta teus fantasmas,
o que dorme no silêncio mas vibra
antigas cinzas, vidros, espelhos,
paisagens esquecidas, retratos.
Ah, coração, transporta a acidez,
do verão, os utensílios diários da insônia,
o que me silencia os nervos
e arde neste vento de dezembro,
violino enlouquecido.
Nada existe do outro lado do mar
que não sejam velhas cartas,
poemas interminados,
o silêncio das palavras.
Nada existe do outro lado da vida,
animal exposto a visitação pública.
Passageira como nós, que não vai ao mar,
e morre em ais pelos caminhos.
Livro do Passageiro
Madrugada santa
O prumo da noite pende
para o lunar da aurora,
entre estrelas e bruma,
a madrugada azul se levanta,
diamante mais duro e mais puro,
o coração é quem canta
as esperanças mais longas,
é uma milonga, uma canção de fronteira,
que nos leva em luz à porta verdadeira.
Sou tudo o que fiz e o que faço,
espada que corta o raio e a injustiça,
brilha alto, brilha, a força do seu aço,
um pedaço de esperança persegue seu fio,
pedras e musgos do velho rio.
Toda minha vida nesta noite acordada
é filha primeira do solar da madrugada.
Sozinho, no vazio noturno dos meses,
vejo a vida luzir pelas ramadas,
e, às vezes, sem saber, ela escorre
por nossos dedos, entre violões
e vinho, um pouco do caminho esvai-se.
Ah, ais perdidos nas ausências,
na lágrima fria do adeus.
Madrugada santa, madrugada do meu sonhar.
Na Cidade Baixa, em Porto Alegre, conheci
o mais denso de tua luz e de tua febre,
que sempre, e cada vez mais, nos leva
ao escondido da última estrela.
Madrugada santa, madrugada azul,
quem te canta chega sempre ao arrebol.
Aqui ao sul do mundo, te falo em espanhol:
El mar es tu caldal, la pampa, tu cantar.
Todo está escrito em las alfombras
del cielo. Contigo voy a morirme.
En tus ojos titilan los verdes
olvidos de mi vida ya vieja.
Só aqui, vivo o destino esquecido,
num antigo bar, num livro de poemas,
antigo como Drummond, Pound, ou Lorca
ou Neruda, ou Machado, ou Dante,
que o poema muda em estações.
Diante de ti, amada,
entre outras, a mais querida,
que dorme na velha cama de minha alma,
perdida nos sonhos silentes
que desde a infância
ferem de luz as possíveis distâncias.
Madrugada azul, esmeralda,
a esmo me vou, ao esmeril do canto.
Um novo tempo lapida seus cristais.
Vou agora para não voltar jamais.
Porto Alegre, (Madrugada azul de toda a
minha vida)
22 de março de 1999.
Trilogia do Azul, do Mar, da Madrugada e da Ventania
Livro - Cantos de Sesmarias
CXI
Eu que sou filho
do rio e de pampa,
não mudo minha estampa,
quando os pátios
me dão assombros
ou perda de memória,
por escombros,
sobrevivo
e alinho
novos rumos
à vida,
ó doce e bela
e eterna companheira.
Sou sem fronteiras,
e falo com todo o mundo,
invento a linguagem
ao longo da grande viagem.
O meu sustento
vem do que invento.
Palmilho o trigo
e o milho,
sigo o trilho
que vai dar
no mar.
Eu amo
tudo o que tenho.
De onde venho,
a estrela sempre
se levanta
na noite imensa.
Corro na frente
do vento.
Sou o que pensa
e depois constrói
o movimento das águas.
Do Livro "Nunca Mais Seremos os Mesmos"
CCXXXIX
Último olhar sobre este livro
tecido na aurora de todas as idades,
o que vai célebre rumo as tuas mãos,
cobertas de orvalho e de espanto.
Rebelde é meu canto,
que se multiplica em rebeldia
que trabalha à noite
e não vê o dia,
que se esparrama
na rama verde do mar,
e sobe as montanhas,
que desconhece o banal
e vai tangeando o universal
com a alma honesta
e uma voz que atesta
a minha terra e meu endereço,
onde componho secreto
do movimento deste animal doméstico.
Baixo a cabeça e rezo,
os cânticos de Davi
que tanto prezo,
como última forma
de amor à palavra
e ir morrendo
à sombra de sua lavra.
CCXL
Por último, este final amargo,
barcos que não encontram o cais
e viajam uma bruma bem fina
que nos ensina vencer as distâncias.
Verbo verde que verte vórtices novos
e luz no pasto o som do verbo amar.
Eu troco de amor mas não de poema,
ele é o tema de toda a minha vida.
Vou com os loucos vencer os ventos,
leio secretamente o pensamento
e levanto alto um lençol de estrelas.
Novamente o livro que teço termina,
limpo um velho retrato da infância
e procuro nova palavra cristalina.
Luiz de Miranda
Todos os direitos autorais reservados ao autor.
2 comentários
Eu já conhecia algumas obras dele, através do Poetas do Mundo. Mas gostei muito de saber um pouco da sua história de vida.
Beijos
Lúcia Laborda
Amor de Amar, considero acima da serie.O poeta lemvra outro grande poeta:nosso amado Carlos Drummond.
Vai levar Nobel, Nobel gaucho!
De antemao estou muito, mas muito, orgulhosa de nossas raizes gauchas comuns.
Obrigado por existires, poeta!
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