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Lya Luft [ Tradutora,Professora,Poeta e Escritora Brasileira]

Lya Fett Luft nasceu em Santa Cruz do Sul, uma cidade de colonização alemã, como filha do advogado e juiz Arthur Germano Fett. A sua família tinha muito orgulho de suas raízes germânicas e, por isso, considerava-se superior aos "brasileiros", embora seus integrantes tivessem chegado ao Brasil em 1825. Durante sua juventude, Lya foi uma tida como uma menina desobediente e contestadora: não gostava de aprender a cozinhar nem a bordar e chegou a ser mandada para um internato durante dois meses. Porém, desde cedo foi uma ávida leitora — aos onze anos, já recitava poemas de Göethe e Schiller — e tinha um relacionamento mais natural com o pai, um homem culto a quem idolatrava, do que com a mãe. Aos dezenove anos, ela se converteu ao catolicismo, espantando aos pais, ambos luteranos.
A partir de 1959, Lya Luft passou a residir em Porto Alegre, onde se diplomou em Pedagogia e em Letras Anglo-Germânicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Passou a trabalhar então como tradutora de literaturas em alemão e inglês — já traduziu para o português mais de cem livros, dentre os quais se destacam traduções de Virginia Woolf, Rainer Maria Rilke, Hermann Hesse, Doris Lessing, Günter Grass, Botho Strauss e Thomas Mann.
  

Em 1963, aos vinte e cinco anos, Lya se casou com Celso Pedro Luft, então um irmão marista, dezenove anos mais velho do que ela. Eles se conheceram durante uma prova de vestibular, para a qual ela chegara atrasada. Ela e seu marido tiveram três filhos: Suzana (1965), André (1966) e Eduardo (1969).

 
De 1970 a 1982, ela trabalhou como professora titular de Linguística na Faculdade Porto-Alegrense (FAPA) e obteve o grau de mestra em Linguística (1975, pela PUCRS) e em Literatura Brasileira (1978, pela UFRGS).



Em 1985, Lya Luft anulou seu casamento com Celso para viver com o psicanalista e também escritor Hélio Pellegrino, no Rio de Janeiro. Eles foram apresentados um ao outros por Nélida Piñon. Em 1992, quatro anos após a morte de Pellegrino, Lya voltou a viver como esposa de Celso Luft, de quem ficou viúva em 1995. É opositora do ex-presidente Lula e do PT, sendo simpatizante do PSDB e do ex-governador de São Paulo, José Serra, tendo declarado seu voto a este no horário eleitoral em 2010.


Carreira literária

No início de seu primeiro casamento, Lya Luft começou a escrever poemas, reunidos no livro Canções de limiar (1964). Em 1972, foi publicado seu segundo livro de poemas, intitulado Flauta doce. Quatro anos mais tarde, escreveu alguns contos e mandou-os para um editor da Nova Fronteira, Pedro Paulo Sena Madureira, que os considerou "publicáveis". Em 1978, foi lançado sua primeira coletânea de contos, Matéria do Cotidiano.



O mesmo editor da Nova Fronteira tinha aconselhado Lya a escrever romances. Daí surgiu As parceiras, publicado em 1980. No ano seguinte veio A asa esquerda do anjo. Tais livros foram influenciados por uma visão de morte que a autora teve depois de sofrer um acidente automobilístico quase fatal em 1979.


Em 1982, publicou Reunião de Família e, em 1984, outras duas obras: O Quarto Fechado e Mulher no Palco. O primeiro foi lançado nos Estados Unidos sob o título The Island of the Dead. Em 1987, lançou Exílio; em 1989, o livro de poemas O Lado Fatal; e, em 1996, o premiado O Rio do Meio (ensaios), considerado a melhor obra de ficção daquele ano.



Em 2001, Luft recebeu o prêmio União Latina de melhor tradução técnica e científica, pela obra Lete: Arte e crítica do esquecimento, de Harald Weinrich.

No total, já escreveu e publicou 23 livros, entre romances, coletâneas de poemas, crônicas, ensaios e livros infantis.



Os livros de Lya Luft continuam sendo traduzidos para diversos idiomas, como alemão, inglês e italiano.




Sou fascinada pelo lado complicado. Tenho um olho alegre que vive: sou uma pessoa despachada, adoro família, adoro a natureza. Mas eu tenho um outro olho que observa o lado difícil, sombrio. A minha literatura nunca vai ser "aí casaram e foram felizes para sempre". Minha literatura sempre nasceu do conflito, da dificuldade, do isolamento.
    —Lya Luft



 
Obras

    Canções de Limiar, 1964
    Flauta Doce, 1972
    Matéria do Cotidiano, 1978
    As Parceiras, 1980
    A Asa Esquerda do Anjo, 1981
    Reunião de Família, 1982
    O Quarto Fechado, 1984
    Mulher no Palco, 1984
    Exílio, 1987
    O Lado Fatal, 1989
    A Sentinela, 1994
    O Rio do Meio, 1996
    Secreta Mirada,1997
    O Ponto Cego, 1999
    Histórias do Tempo, 2000
    Mar de Dentro, 2000
    Perdas e Ganhos, 2003
    Histórias de Bruxa Boa, 2004
    Pensar é Transgredir, 2004
    Para não Dizer Adeus, 2005
    Em outras Palavras, 2006
    A Volta da Bruxa Boa, 2007
    O Silêncio dos Amantes, 2008
    Criança Pensa, 2009
    Múltipla Escolha, 2010
    A Riqueza do Mundo, 2011





Fonte:
Lya Luft 
Todos os direitos autorais reservados a autora.

2 comentários

Anônimo disse...

Mais uma bela página, Daufen. Tem nos proporcionado mágicos momentos. Obrigada e abraço.

geraldo trombin disse...

Mais ensinamentos, mais mestres... Bom de ler e aprender...

Abraços
Geraldo