Vou
fazer minha primeira confissão – e com o tempo vocês descobrirão que eu adoro me
confessar: estou numa mistura de sentimentos ao escrever essas primeiras
linhas. Pra mim é uma imensa satisfação ter sido convidada pra poder falar com
vocês. Aos poucos vamos nos conhecendo, trocando algumas ideias e descobrindo
coisas velhas (e outras nem tanto assim) sobre um tema ainda mais velho: sexo.
Descobri
minha vocação, pretensão da minha parte, eu sei, pra escrever quando tinha uns
12 anos. Escrevi um livro infantil que ainda não foi publicado. Depois da
escrita passar algum tempo adormecida em mim, ela acordou com disposição de me
mostrar o quanto é divertido poder falar sobre um assunto também divertido:
sexo. Ah, vai... Relaxa!! Porque esse é um tema divertido sim. Não precisa
olhar pro lado com vergonha, todo mundo faz – e se não faz, pensa como será
quando fizer ou o que deveria ter feito quando fez... Esse é um assunto que
move montanhas e movimenta mesas de bar. Desde que o homem se fez homem, ele
está sendo discutido: “Vamos tentar entendê-lo”, “ Vamos tentar fazê-lo”,
“Vamos tentar aprimora-lo”.
Mas
voltando a fita, afinal ainda nem me apresentei e já sai falando de um tema tão
íntimo assim, né? O meu nome é Ana Paula Veiga e debater assuntos referentes a
sexualidade será o meu, ou melhor, o nosso objetivo aqui. Sou Psicóloga especializada
em Sexualidade Humana e num primeiro momento (outra confissão!) me questionei
sobre o que abordar nesse espaço. Quero fazer dele um lugar pra chamar de
nosso. Pra isso, não pretendo fazer uso de uma linguagem técnica ou científica
(o que não significa não utilizar uma abordagem científica), ela não teria
muito sentindo. Muito mais do que cientificismos, a ideia é tentar manter uma
linguagem simples e direta, para que seja possível descomplicar um assunto que
se fez tão complexo.
O
sexo anda falado, escrito, deturpado em seus sentidos, racionalizado e
obrigatório. Estamos numa Era do ter pra ser ou do ser pra ter. A ordem não
importa, mas o produto é confuso. As pessoas querem ter no uso pleno da
sexualidade a garantia de serem in, querem se transformar em sexy appeals
ambulantes para que tenham passe livre no direito de desfrutar de toda a
sexualidade presente e à venda hoje em dia. E de fato o que se é? De fato o que
se busca? De fato o que se sente? É preciso tentar desconstruir alguns
conceitos. Disse tentar mesmo, pois, em se tratando de sexualidade, nem sempre
temos todas as respostas, nem sempre há uma única. A expectativa é que tal
espaço seja mais uma ferramenta de comunicação e troca. Assim, espero poder
aguçar reflexões e levar informações aos que se interessam pelo tema.
Fica
meu último desejo: que vocês vivam muito a vida, o amor e a alegria. Que vocês
todos possam desfrutar de uma sexualidade plena e satisfatória. Que não usem
seus corpos como armas mercantilistas, que não usem a própria sexualidade
contra si. Que sejam felizes nas escolhas e conscientes no processo. Que
busquem, que aprendam, que questionem. Que não somente sobrevivam mas que
possam ser vivos em sua plenitude.
Sejam
bem vindos!
Ana Paula Veiga. Dedica a atividade
profissional às questões da sexualidade. Trabalha em consultório particular no
Rio de Janeiro com casais, terapia de grupo e individual, além de realizar
orientação psicológica mediada pelo computador. É colunista sobre sexualidade
para alguns sites, para o jornal Correio Carioca e tem diversas entrevistas
publicadas em revistas e sites especializados. Email
para contato: consultoriodepsicologia@gmail.com Site: http://www.wix.com/ana_ paula_veiga/atendimento
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Um comentário
Olá Ana Paula, seja bem vinda neste espaço tão gostos. Sou colunista aqui também mas falo de minha cidade Manaus, vou acompanhar seus temas, pois muito me interessa, com o tempo você vai saber por que . bjs
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