Sexo virtual USB
Há um tempo li uma
matéria que me fez refletir bastante sobre o uso da sexualidade e do sexo
solitário. Se antes ele poderia ser chamado de 5 contra um, hoje a tecnologia
dá uma mãozinha para os homens sem companhia e lança no mercado um aparelho
chamado Real Touch, ou Toque Real, em português, se preferir.
Tal
parafernália foi inventada por um ex-engenheiro da NASA (com o devido respeito,
mas o cara devia estar querendo ajudar os outros homens a terem a chance de ir
à lua) e apesar de não ter chegado ao Brasil, promete esquentar muitos
computadores por aqui.
Estou
pensando numa forma mais ‘carinhosa’ ou menos agressiva de explicar o que seria
tal aparelho, mas a única maneira de me fazer entender é sendo clara e isso me
pede que eu diga que a idéia do inventor é fazer com que ao introduzir o
aparelho em uma porta USB do computador, o homem seja capaz de experiementar
sensações incríveis mesmo sem o toque de uma mulher. Entenderam né? Ainda não? Estou
falando de uma vagina USB.
O
negócio vai mais longe do que simplesmente isso. O aparelho conta com vídeos
pornôs (hetero ou homo) devidamente sincronizado com os movimentos feitos. A
idéia não é só assistir ao filme, mas fazer parte dele. É a possibilidade de sentir
aquilo que se vê. E o negócio é moderno: conta com entrada ajustável para
diferentes tipos de penetração, reservatório interno de lubrificante e
temperatura regulável com a finalidade de imitar a temperatura corporal humana.
A
tecnologia se surpreende e modifica as regras do jogo. Se antes sexo virtual
era feito visitando alguns sites pornográficos, hoje é só ligar o dispositivo
no computador e participar ativamente de todo o processo. Pros desavisados,
pode parece que não valorizamos mais o trabalho feito artesanalmente, quando,
na verdade, é só o campo da sexualidade que está sendo invadido por tamanha
tecnologia. É o virtual se aproximando do real. Ou seria o contrário? Só não
vale se os homens começarem a procurar uma porta USB na hora em que estiverem
com uma mulher de verdade, esperando ser reconhecidos.
É
chegada a época em que os homens poderão ter o próprio consolo inteligente e
não só algo emborrachado, seco e sem graça e as mulheres poderão se livrar de
tantas dores de cabeça. Mas deixo uma pergunta: Será que isso é liberdade
sexual ou escravidão na nossa própria forma de nos relacionarmos sexualmente?
Ana Paula Veiga. Dedica a atividade profissional às questões da sexualidade. Trabalha em consultório particular no Rio de Janeiro com casais, terapia de grupo e individual, além de realizar orientação psicológica mediada pelo computador. É colunista sobre sexualidade para alguns sites, para o jornal Correio Carioca e tem diversas entrevistas publicadas em revistas e sites especializados. Email para contato: consultoriodepsicologia@gmail.com Site:http://www.wix.com/ana_ paula_veiga/atendimento
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2 comentários
Presente só para os homens...
Que chato! Rsssss
Matéria interessante. Desconhecia isso. Só falta agora receber os bebês por e—mail....Kkkkkk.
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