PÊ DE PIZZA, PÊ DE PARABÉNS! [Geraldo Trombin]
PIZZA,
PÊ DE
PARABÉNS!
Ela não tinha completado vinte e três anos quando caí pela primeira vez em seus braços. Era 1º de abril, uma quarta-feira de outono, por volta de onze e meia. Foi uma emoção tão grande que trocamos olhares mareados. A partir daí comecei a ver o mundo de um jeito diferente; também começou aí nossa cumplicidade.
Tem receitas infalíveis para tudo: acender as alegrias, apagar as tristezas e, inclusive, resolver alguns probleminhas de saúde com a terapia das sementinhas. Tem mão especial para deliciosos pratos: bolos, doces, filé à parmegiana, macarrão à pizzaiolo e, principalmente, pizzas – há anos sua maior especialidade e seu ganha-pão.
Companheira de toda hora, para ela não tem tempo ruim: chova, faça sol, calor ou frio, a qualquer momento está pronta para dizer sim (apesar das intempéries).
Esses dias, perguntei como conseguia manter a serenidade e a alegria de viver com tantas adversidades, e ela me respondeu sem vacilar: – Eu sei que o problema não é duradouro, que as coisas logo vão melhorar! Mais um belo aprendizado: acreditar, ter fé! O que não aprendi até hoje foi extrair do seu interior seus anseios, desejos e sonhos. Mas sei que minhas conquistas têm sido espelho para suas realizações e tantos sorrisos.
Assim, com orgulho registro nestas importantes linhas minha reverência a essa mulher tão única – a minha querida mãe – que, no alto dos seus setenta e sete anos, continua em plena atividade e, como sempre, me acolhendo em seus braços como aquele cobertor bem quentinho. Uma homenagem que faço com três "pês": de Parabéns, Pierina; e de Pizza, é claro! Ah, que tal comemorarmos com uma rodada daquelas que só a senhora sabe fazer?
Tem classificações em inúmeros concursos literários realizados em várias partes do país e também em Portugal, além de trabalhos publicados em jornal e diversas antologias.
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