Dicas de Leituras para as crianças!
Está chegando o dia das
crianças e assim como em todas as datas os livros são uma ótima opção de
presente.
Além de contribuírem para o desenvolvimento da imaginação e da
capacidade de sonhar, é uma prova incrível de carinho.
Pensando nisso, elaborei
uma lista com 10 livros infantis que são sempre uma ótima opção de presente.
Confiram e aproveitem:
- O Pequeno Príncipe
A história do Pequeno
Príncipe atravessa gerações pelo seu encanto. Vale a pena colocar as crianças
em contato com este menino sensível que ensina que nós somos os responsáveis
por tudo que faz parte da nossa história e que cabe a cada um de nós
resolvermos o que fazer e como olhar para ela.
- Alice no País das
Maravilhas
Ao seguir um coelho
apressado, Alice cai num buraco que, mais tarde, ela descobrirá ser uma
passagem para o País das Maravilhas. Tudo fica esquisito desde então: Alice
conhece um gato muito diferente, uma lagarta sábia, um chapeleiro maluco, entre
outros personagens que a introduzem em uma realidade complexa e enigmática. De
Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas é um livro repleto de fantasias
oníricas e lúdicas, que provocam o leitor e ocultam questionamentos de todo
tipo: lógicos, semânticos, políticos, psicológicos. Não é apenas uma leitura
para crianças, mas uma viagem ao mundo do subconsciente que pode ser travada
também por adultos que não temam adentrar as veredas nebulosas da mente.
- O Mágico de Oz
Levado aos palcos e às
telas, citado e cantado, lido e relido em todo o mundo, "O Mágico de
Oz" é a mais famosa história infantil da literatura americana. Apó a
passagem de um ciclone, Dorothy e seu cachorrinho Totó vão parar na estranah
Teera de Oz. Ao lado de novos amigos - o Espantalho, O Lenhador de Lata e o
Leão Covarde - encaram perigos e aventuras, desafios e seus próprios medos, num
alonga viagem de volta, e de autodescoberta.
- Pollyana
Quando da morte de seu
pai, a menina de dez anos, que já era órfã de mãe, vai morar com a tia Paulina,
uma solteirona rica, severa e pouco afetuosa. Mas a vida da pequena cidade de
Beldingsville vai mudar com a chegada desta que se tornou a própria
personificação do otimismo na literatura ocidental. Poliana nunca deixa de
praticar algo que o pai criou e lhe ensinou: o jogo do contente — a tentativa
de sempre se posicionar de maneira positiva frente às adversidades.
- Meu pé de Laranja Lima
Na obra juvenil mais
conhecida de José Mauro, a pobreza, a solidão e o desajuste social vistos pelos
olhos ingênuos de uma criança de seis anos. Nascido em uma família pobre e
numerosa, Zezé é um menino especial, que envolve o leitor ao revelar seus
sonhos e desejos, por meio de conversas com o seu pé de laranja lima,
encontrando na fantasia a alegria de viver.
- A Mocinha do Mercado
Central, A sobrinha do Poeta e As gêmeas da família
1) A Mocinha do Mercado
Central:
Maria Campos. Este era o
nome completo da mocinha do interior de Minas Gerais. Pouco, pensava ela.
Principalmente se comparado ao da amiga Valentina Vitória Mendes Teixeira
Couto. Faltava-lhe o sobrenome do pai, já que fora concebida em uma
circunstância trágica. Mas o que pode representar de fato um nome? Valentina, a
quem Maria no princípio achara meio enxerida, e que acabou por se tornar uma
grande amiga, sabia de cor o significado de todos eles. Da situação adversa,
Maria tirou a ideia que a colocaria em uma sequência de aventuras: adotaria em
cada lugar por onde passasse uma personalidade que correspondesse ao sentido do
nome escolhido.
Este é o enredo do livro de Stella Maris Rezende, com ilustrações de Laurent
Cardon e uma participação especial do ator Selton Mello, que não apenas faz a
apresentação, como também aparece na história como referência afetiva para a
personagem principal. A mocinha do Mercado Central tem a peculiaridade de se
situar entre o romance, que narra o desenvolvimento de um protagonista, e uma
sequência de contos que se desenrolam em diferentes cidades por onde ela passa.
A obra fala da vida em uma fase de transformações, cheia de descobertas e
desafios. Fala, em síntese, do desejo de liberdade que só é alcançado com a
coragem de se reinventar a cada nova relação.
Mesmo estando em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em Brasília, Maria nunca perde
o jeito mineiro. E a narrativa de Stella Maris, cheia de lirismo e imaginação,
mantém uma descrição vívida e realista das personagens e lugares, e garante a
autora na tradição dos grandes prosadores das Gerais.
2) A sobrinha do poeta:
Uma série de fatos
inusitados abala a rotina da pacata cidadezinha mineira de Dores do Indaiá. Sem
que ninguém saiba por que, os livros da biblioteca da escola passam a
apresentar anotações feitas à mão. De boca em boca, a notícia se espalha e faz
da biblioteca o assunto mais comentado pelos moradores, até então pouco
interessados em literatura. Dores do Indaiá é a cidade natal do poeta Emílio
Moura, que na década de 1920 integrou a chamada geração de modernistas
mineiros, ao lado de Pedro Nava e do amigo Carlos Drummond de Andrade. E é uma
Dores do Indaiá imaginária que a autora Stella Maris Rezende – também cidadã
dorense – descreve em A sobrinha do poeta, uma trama de cheia de suspense,
protagonizada por uma fictícia sobrinha de Emílio Moura: Leodegária, a
bibliotecária local. Em uma narrativa embalada pela sonoridade do falar
mineiro, Stella reproduz a atmosfera interiorana das Minas Gerais como pano de
fundo para uma história que, ao se desenvolver rumo à solução do caso da
biblioteca, revela como toda uma comunidade pode ser afetada pelo grande
mistério da arte literária. Romance de ficção com referência a pessoas e fatos
concretos, A sobrinha do poeta presenteia o leitor com a íntegra de A casa,
poema de Emílio Moura que está estreitamente ligado ao enredo do livro.
3) As Gêmeas da Família:
No terceiro livro de sua
trilogia de livros juvenis, iniciada com "A Mocinha do Mercado Central",
a escritora Stella Maris Rezende lança "As Gêmeas da Família", em que
conta a história das trigêmeas idênticas Verdança, Azulfé e Rosade. Apenas a
voz e a expressão do rosto as distinguem, além das cores das roupas que, por
associação, ajudaram a formar os apelidos de cada uma. Por promessa da mãe, até
completarem 18 anos de idade, a festiva Maria da Esperança precisa se vestir de
verde, a serena Maria da Fé só pode usar azul, e a séria Maria da Caridade tem
de se contentar com um figurino exclusivamente cor-de-rosa.
- Luna Clara e Apolo Onze
Desencontros levam os pais
de Luna Clara - Doravante e Aventura - a se perder e a se encontrar. O avô da
menina, Erudito, perde as histórias que havia colecionado e também o papagaio.
As tias perdem os namorados. Em um constante ir e vir, na região de Desatino do
Norte, as vidas de Luna Clara e Apolo Onze acabam se cruzando.
- O menino do dedo verde
Era uma vez Tistu...Um
menino diferente de todo mundo. Com uma vidinha inteiramente sua, o pequeno de
olhos azuis e cabelos loiros deixava impressões digitais que suscitavam o
reverdecimento e a alegria. As proezas de seu dedo verde eram originais e um
segredo entre ele e o velho jardineiro, Bigode, para quem seu polegar era
invisível e seu talento, oculto, um dom do céu. Até o final surpreendente e
singelo.
´O Menino do Dedo Verde´, de Maurice Druon, tornou-se um clássico da literatura
para crianças e jovens em todo o mundo e permanece atual há três décadas, sendo
adotado em escolas do Ensino Fundamental todos os anos. Esta fábula trata de
questões relacionadas com os conceitos de convívio social, ética e cidadania; e
foi pioneira ao abordar o tema ecologia.
- Contos dos Irmãos Grim
Seja por meio de livros
ilustrados, desenhos animados ou até de antigos disquinhos coloridos, todo
mundo conhece Branca de Neve, Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho e A Gata
Borralheira (hoje mais famosa como Cinderela), só para citar algumas das muitas
histórias dos irmãos Grimm. Nem todos, no entanto, sabem da origem e do
profundo significado cultural dessas narrativas populares. Talvez seja esse o
maior mérito da rica edição de Contos dos irmãos Grimm, que traz 53 histórias
acompanhadas de belas ilustrações do mestre vitoriano Arthur Rackham
(1867-1939) e apresentadas pelo prefácio da analista junguiana Clarissa Pinkola
Estés.
No longo e precioso ensaio A terapia dos Contos, que abre o livro, a Dr.ª.
Clarissa Pinkola Estés (autora de Mulheres que correm com os lobos, publicado
no Brasil pela Rocco) discorre sobre a história, a moral e o simbolismo das
narrativas compiladas pelos Grimm no início do século XIX. Numa época sem
rádio, televisão e computador, quando mesmo a escrita era um luxo para poucos,
os hoje chamados contos de fadas eram passados de geração para geração de
europeus, para serem contados em família, à noite, junto ao fogo. Dependendo do
narrador e da audiência, eram histórias em maior ou menor escala carregadas de
sexo e violência, escatologia e sátira social.
A frase "... e viveram felizes para sempre" originalmente não se
aplicava às irmãs malvadas e invejosas de Cinderela, que tinham seus olhos
arrancados por pássaros no final da história. Registradas por escrito pelos
irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, as narrativas orais ganharam formato definido,
contos de fadas de dez páginas com tom educativo para o público infantil, com o
qual são conhecidos mundo afora até hoje. A nova edição de Contos dos irmãos
Grimm, com seleção e prefácio explicativo da Dr.ª. Clarissa Pinkola Estés
resulta num livro obrigatório para os apreciadores do gênero, trazendo os mais
belos contos acompanhados de sua história.
Clarissa é analista junguiana, com mais de 20 anos de prática, tendo sido
diretora-executiva do C. G. Jung Center, em Denver. Doutora em estudos
multiculturais e psicologia clínica pelo The Union Institute, ela é autora
premiada por trabalhos como The wild woman archetype, sobre o papel dos
instintos da natureza feminina, Warming the stone child, sobre crianças sem
mãe, In the house of the ridle mother, sobre os arquétipos recorrentes em
sonhos de mulheres e The radiant coat, sobre as fronteiras entre a vida e a
morte.
Arthur Rackham é o
principal responsável pela concepção visual dos contos de fada, tal como os
conhecemos hoje; com um talento ímpar garantiu que seu trabalho fosse reconhecido
até hoje. Seu grande conhecimento em anatomia fez com que seus personagens
humanos refletissem um verdadeiro aspecto de ossos sob pele. A isso se soma a
habilidade de colorista, com profunda percepção de cores intensas, na
terminologia contemporânea: escarlate, vermelhão, terra verde, azul
ultramarinho. Suas versões de gigantes, ogros, bruxas, reis, rainhas, servos,
entre outros personagens, são referência na concepção dos contos de fadas,
compreendem uma concepção medieval e simbolizam uma sociedade com diferentes
divisões destas que conhecemos hoje. As ilustrações de Rackham são belas obras
de arte, são fantasmagóricas, possuem sublimidade, denotam fome, distorção de
escala, ofendem a perfeição e ilustram anomalias de todo tipo, abrigam
componentes extremamente simbólicos, poética e politicamente antigos.
- Caixa Monteiro Lobato em
quadrinhos
Junte na mesma receita um
punhado de personagens clássicos com a linguagem dinâmica dos quadrinhos.
Tempere tudo com o charme eterno da Emília, da Narizinho, do Pedrinho e do
Visconde, e o resultado só pode ser dos mais apetitosos: uma caixa especial com
seis adaptações de Monteiro Lobato recontadas em HQ, lançamento da Globinho,
selo infantil da Globo Livros, editora que publica toda a obra do autor no
Brasil. A caixa Monteiro Lobato em quadrinhos revela a diversidade de fontes de
inspiração do escritor, além de seu esforço em tornar conhecidas no Brasil, em
sua época, importantes narrativas que influenciaram a cultura no mundo todo.
Nas adaptações para quadrinhos, o esforço de Lobato de trazer ao público
infantil essas histórias ganha uma linguagem vibrante e dinâmica,
característica dos quadrinhos – uma conhecida porta de entrada dos pequenos
para o mundo da leitura.
Nesta lista tem dicas de clássicos e de atuais, mas
todas as histórias possuem lindas mensagens! Espero que gostem...
*Todas as
sinopses foram retiradas
Isabela Lapa e Kellen Pavão – Administradoras do blog Universo dos Leitores,
que fala de livros e de tudo que estiver relacionado a estes pequenos
pedaços de papel que nos transferem do mundo real para o universo dos
sonhos, das palavras e da felicidade!
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