A emocionante história do morador
de rua poeta que ficou conhecido pelo FB e reencontrou a família depois de 34
anos
por Jaque Barbosa
Higiene material, higiene mental.
Aqui não sei qual é a mais difícil de praticar.” Esse é somente um dos tantos
versos que Raimundo Arruda Sobrinho escreveu enquanto vivia em uma “ilha”
formada pelos seus textos, numa avenida movimentada em São Paulo, no bairro de
Pinheiros, durante 35 anos.
Ele permanecia invisível, vestido
com sacos de lixo pretos. Por não conseguir se locomover muito bem, passava os
dias em um banquinho de madeira, escrevendo. Quem via de longe, talvez não
imaginasse que aquele homem, apagado pela sujeira e pelo abandono, era alguém
culto, que já tinha lido centenas de livros, e amante de música clássica.
Eis que um dia, Raimundo deixou
de ser invisível. Uma moça moradora da região, Shalla Monteiro, ganhou um poema
de Raimundo. Tocada com o talento daquele homem, ela decidiu fazer algo para
ajudá-lo a ser reconhecido. Criou então, uma fanpage para o poeta no Facebook.
O que ela jamais poderia imaginar
é que, além do sucesso da página, o irmão de Raimundo iria reconhecê-lo. Sem
contato desde 1980, Francisco foi ao seu encontro, e depois de um pouco de
insistência conseguiu levá-lo para morar com ele em Goiânia.
Essa é apenas uma das 10
histórias de conexão humana contadas pelo Facebook em homenagem aos 10 anos de
existência da rede social. Em todas elas, a rede social teve algum impacto
importante na vida dessas pessoas.
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