Audrey Kathleen Ruston,
mais conhecida internacionalmente como Audrey Hepburn, foi uma famosa e
premiada atriz, modelo e humanista belga, radicada na Inglaterra e Países
Baixos, eleita em 2009 a atriz de Hollywood mais bonita da história.
É considerada um ícone de
estilo e a terceira maior lenda feminina do cinema, de acordo com o American
Film Institute.
Hepburn estrelou diversos
filmes, entre eles "Bonequinha de Luxo" e "A Princesa e o
Plebeu", filme que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz, além de indicações
ao Globo de Ouro, ao BAFTA e ao NYFCC Award.
Foi a quinta artista, e a
terceira mulher, a conseguir ganhar as quatro principais premiações do
entretenimento norte-americano, o EGOT - acrônimo de Emmy, Grammy, Oscar e
Tony.
Em 08 de fevereiro de
1960, ganhou uma estrela na Calçada da fama de Hollywood, em homenagem a sua
dedicação e contribuição ao cinema mundial.
Nascida Audrey Kathleen
Ruston, era a única filha de Joseph Anthony Ruston (um banqueiro
britânico-irlandês) e Ella van Heemstra (uma baronesa holandesa descendente de
reis ingleses e franceses).
Seu pai anexou o sobrenome
Hepburn, e Audrey se tornou Audrey Hepburn-Ruston.
Tinha dois meio-irmãos,
Alexander e Ian Quarles van Ufford, do primeiro casamento da sua mãe com um
nobre holandês.
Os pais de Audrey se
divorciaram quando ela tinha 9 anos.
Para manter a jovem
afastada das brigas familiares, sua mãe enviou-a para um internato na
Inglaterra, onde ela se apaixonou pela dança, aprendendo balé.
Todavia, em 1939
estouraria a Segunda Guerra Mundial, e a Inglaterra declarou guerra à Alemanha.
A mãe de Audrey decidiu
então levá-la para viver na Holanda, país neutro que - ela imaginava - não
seria invadido pelos alemães.
Os protestos de Audrey não
foram suficientes: a menina queria continuar na Inglaterra, mas a mãe temia que
a cidade de Londres fosse bombardeada.
Além disso, as viagens
estavam escassas, e a baronesa temia ficar muito tempo sem ver a filha.
A situação na Holanda foi
bem diferente da planejada.
Com a invasão nazista, a
vida da família foi tomada por uma série de privações.
Audrey teve muitas vezes
de comer folhas de tulipa para sobreviver.
Envolvida com a
Resistência, muitos de seus parentes seriam mortos na sua frente.
Ela participaria de
espetáculos clandestinos de balé para angariar fundos e levaria mensagens
secretas em suas sapatilhas.
Anos mais tarde recusaria
o papel de Anne Frank no cinema.
Com o fim da Guerra,
Audrey e sua mãe mudaram-se para a Inglaterra, onde ingressou na prestigiada
escola de dança Marie Lambert.
Mas sua professora foi
categórica: ela era alta demais e não tinha talento suficiente para tornar-se
uma bailarina prima.
Desiludida, passou a
trabalhar como corista e modelo fotográfica para garantir o sustento da
família.
Foi neste ponto que decidiu
investir em outra área: a atuação.
Sua estreia foi no
documentário Dutch in Seven Lessons, seguido por uma série de pequenos filmes.
Em 1952, viajou para a
França para a gravação de Montercarlo Baby, e foi vista no saguão do hotel em
que estava hospedada com o elenco pela escritora Collette.
Naquele momento, Collette
trabalhava com a montagem para a Broadway da peça Gigi, cujo papel-título ainda
não tinha intérprete.
Encantada com Audrey,
decidiu que ela seria a sua Gigi.
As críticas para Gigi não
foram de todo favoráveis, mas era opinião geral que aquela desconhecida que
interpretava o papel principal era destinada ao sucesso.
Pouco tempo após o
encontro com Collette, Audrey participou de uma audição para o filme "A
Princesa" e "O Plebeu".
Encantado com a atriz, o
diretor William Wyler escalou-a para viver a Princesa Ann, dividindo a cena com
Gregory Peck, que também surpreendeu-se com o talento da companheira.
O sucesso da produção foi
também o de Audrey.
Hollywood amou-a
imediatamente e a agraciou com o Oscar de Melhor Atriz.
Três dias após a cerimônia
do Oscar, recebeu o Tony por sua atuação em "Ondine".
A peça fora uma sugestão
de Mel Ferrer, por quem se apaixonaria durante a temporada na Broadway.
Os dois foram apresentados
por Gregory Peck em uma festa em 1954 e se casaram em setembro daquele ano.
Audrey também faria
Sabrina, que rendeu-lhe a segunda indicação ao Oscar.
O filho de Audrey e Mel,
Sean, nasceria em 1960.
Mas as coisas não foram
fáceis até aquele momento: Audrey sofreu diversos abortos.
A atriz queria mais do que
tudo ser mãe, e as gravidezes falhadas deixaram-na extremamente deprimida.
Para animar a esposa, Mel
sugeria que trabalhasse.
Eles gravaram juntos
"Guerra e Paz", e ela estrelaria três comédias-românticas (Cinderela
em Paris, Amor na Tarde e A Flor que não morreu), um drama (Uma cruz a beira do
abismo, que rendeu-lhe a terceira indicação ao Oscar e afastou qualquer dúvida
sobre seu talento) e um faroeste (O passado não perdoa).
Após um ano e meio de
licença-maternidade, voltou a Hollywood para estrelar "Bonequinha de
Luxo", em um papel que a transformaria em um ícone e pelo qual seria
lembrada para sempre.
Por viver a prostituta de
luxo Holly Golightly ela receberia sua quarta indicação ao Oscar.
Pouco tempo depois filmou
Infâmia, Charada e Quando Paris alucina.
Em 1963, recebeu o papel
principal do musical "My fair lady", o da vendedora de flores Eliza
Doolittle.
Entretanto, a voz de
Audrey não foi utilizada durante as canções, sendo dublada.
Isso deixou a atriz
extremamente aborrecida e fez com que abandonasse as gravações por um dia.
Audrey não foi indicada ao
Oscar por esse papel - fato que até hoje é considerado uma injustiça - devido à
dublagem e também pela não-escolha de Julie Andrews (que interpretara Eliza na
Broadway) para o papel.
Andrews ganharia o Oscar
daquele ano por seu papel em "Mary Poppins".
Em seguida gravaria
"Como roubar um milhão de dólares", "Um caminho a dois" e
"Um clarão nas trevas", este último dirigido por seu esposo em uma
falha tentativa de salvar seu casamento.
Audrey Hepburn e Mel
Ferrer se divorciaram em dezembro de 1968.
Ela decidiu parar de atuar
e se casaria novamente apenas seis semanas após o divórcio, com o psiquiatra
italiano Andrea Dotti, que conheceu em um iate.
Audrey deu à luz o seu
segundo filho, Luca Dotti, em 1970.
O casal morou por um ano
em Roma, para em seguida a atriz ir viver na Suíça com os dois filhos.
Decidiria voltar a atuar
em 1976, estrelando "Robin e Marian".
Três anos mais tarde
retornaria à cena em "A herdeira".
Pediu o divórcio em 1980 e
o processo se formalizou em 1982.
Neste período, gravou
"Muito riso e muito alegria", e no fim das filmagens conheceu Robert
Wolders.
Tornaram-se grandes amigos
e viveram juntos até a morte de Audrey.
Em 1987 deu início ao seu
mais importante trabalho: o de" Embaixatriz da UNICEF".
Audrey, tendo sido vítima
da guerra, sentiu-se em débito com a organização, pois foi o "United
Nations Relief and Rehabitation Administration" (que deu origem à UNICEF)
que chegou com comida e suprimentos após o término da Segunda Guerra Mundial,
salvando sua vida.
Ela passaria o ano de 1988
viajando, viagens estas que foram facilitadas por seu domínio de línguas
(Audrey falava fluentemente francês, italiano, inglês, neerlandês e espanhol).
Em 1989 faria uma
participação especial como um anjo em "Além da eternidade".
Este seria seu último
filme.
Audrey passaria seus
últimos anos em incansáveis missões pela Unicef, visitando países, dando
palestras e promovendo concertos com causas.
Em 1993 foi diagnosticada
com câncer de apêndice, que espalhou-se para o cólon.
No ano de 2000 foi lançado
o filme "The Audrey Hepburn Story", uma homenagem a Audrey que gerou
críticas da mídia e de fãs, devido à escolha de Jennifer Love Hewitt para o
papel principal.
O anime "REC",
faz muitas referências à Audrey Hepburn, inclusive sua personagem principal (Onda
Aka) é sua fã declarada, e sonha em um dia ter uma voz como a dela.
Além disso, todos os
episódios tem nomes baseados em seus filmes.
Na Itália, foi criada a
personagem de histórias em quadrinhos Júlia Kendall - inspirada fisicamente em
Audrey Hepburn - pelo italiano Giancarlo Berardi, roteirista que já havia
criado Ken Parker, outro título da Bonelli Comics.
Julia (Sergio Bonelli
Editore) é uma criminóloga que mora em Garden City e que ajuda a polícia de
Nova Iorque a solucionar crimes na cidade e arredores.
Sua revista em quadrinhos
é publicada na Itália pela Sergio Bonelli Editore. No Brasil é publicada pela
Editora Mythos desde 2004 com o título de J. Kendall: Aventuras de uma
Criminóloga.
Causa da Morte: Audrey
Hepburn morreu às 19:00' do dia 20/01/1993 com 63 anos de idade, na cidade de
Tolochenaz, Suiça, devido à complicações geradas por câncer de apêndice.
Sepultamento:
Cemitério Tolochenaz -
Tolochenaz - Vaud - Suíça.
Filmografia:
Fonte:
Audrey Hepburn
Todos os direitos autorais reservados a autora
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