Parque
arqueológico promove concurso literário
O Parque Arqueológico e
Ambiental de São João Marcos, em Rio Claro (RJ), está lançando o Concurso
Cultural Contos de São João Marcos, que reunirá 10 contos vencedores em uma O
Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, em Rio Claro (RJ), está lançando
o Concurso Cultural Contos de São João Marcos, que reunirá 10 contos vencedores
em uma antologia a ser lançada no Festival Literário do Parque, em outubro. As
inscrições vão até o dia 30 de maio
e poderão ser feitas através dos Correios ou online.
O objetivo do concurso é incentivar a produção literária fluminense.
Alguns critérios deverão ser comuns a todos os contos participantes, como a
histórica cidade de São João Marcos como cenário das ficções. “Os contos podem
ser ambientados em qualquer período histórico, desde a fundação da cidade até
os dias de hoje ou num futuro imaginário, preservando-se apenas as
características históricas e geográficas reais”, explica o coordenador do
parque, Zeca Barros.
Além disso, os contos
devem ser narrativos, podendo ser escritos nos gêneros aventura, comédia,
drama, ficção científica, mistério, policial, romance, suspense ou terror, com
um mínimo de três e máximo de oito laudas. Podem participar todos os residentes
no estado do Rio de Janeiro, brasileiros ou naturalizados, de idade igual ou
superior a 12 anos.
Todos os 10 vencedores
ganharão exemplares da coletânea, sendo que os primeiros, segundos e terceiros
colocados ganharão ainda um espaço com cadeira para autógrafo no dia do
lançamento do livro.
O concurso é uma
iniciativa do Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, em Parceria
com a Editora Cidade Viva e com o patrocínio da Light S/A e Secretaria de
Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Mais informações no site
www.saojoaomarcos.com.br
A cidade de São João
Marcos - A história de São João Marcos começa como a de tantas outras cidades
coloniais interioranas no Brasil: uma fazenda de penetração bandeirante às
margens de uma das vias de interiorização da malha viária que começava a se
desenhar entre o litoral, São Paulo e Minas Gerais.
Em 1739, numa fazenda que
ficava à beira do Caminho Velho para Minas Gerais, foi construída uma capela
dedicada a São João Marcos e, ao redor da capela, foi crescendo um povoado que
mais tarde foi elevado à categoria de freguesia. Pouco menos de trinta anos
depois ela foi considerada oficialmente uma cidade e passou a ser denominada
por vila. A vila recebeu o nome de São João do Príncipe e assim foi chamada até
1890, quando voltou a ter o nome original do povoado: São João Marcos. Naquela
época, as cidades e povoados da região fluminense eram simples e modestas. São
João Marcos não era diferente, apesar de bem estruturada.
Como berço da expansão
cafeeira no Vale do Paraíba Fluminense, a cidade se encontrava em uma posição privilegiada:
no centro da área produtora, na confluência de grandes rios, próxima à corte –
instalada no Rio de Janeiro – e com ligação direta ao mar via Mangaratiba. Este
conjunto de fatores fazia de São João Marcos uma das maiores cidades produtoras
de café. Apesar de não ser muito grande, tinha modernas opções culturais e de
infraestrutura.
No carnaval, a cidade
ficava muito animada e os bailes nunca acabavam antes do amanhecer. Existiam
duas bandas de música que tocavam durante toda a semana durante as
festividades. Um carro alegórico circulava pelas ruas e os foliões, na sua grande
maioria, usavam fantasias.
A última grande festa de
São João Marcos foi a comemoração do bicentenário da cidade e de seu tombamento
como Monumento Histórico Nacional, no ano de 1939. Uma queima de fogos brilhou
no céu como luzes coloridas e cinco bailes não deixaram ninguém parado até às 4
horas da manhã.
O tombamento se deu por
conta de um abaixo assinado liderado por Luiz Ascendino Dantas, e a cidade
passou a ser reconhecida como monumento histórico pelo Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional SPHAN, atual IPHAN – o Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional.
Apesar da relevância do
seu conjunto arquitetônico, São João Marcos foi destombada por Getúlio Vargas
para o aumento da capacidade da Represa de Ribeirão das Lajes. Foi então
inevitável que a cidade fosse desocupada. Primeiro foram as fazendas e depois
as residências do seu perímetro urbano. Todas as edificações foram destruídas
para que não houvesse retorno e a eventual ocupação irregular das casas.
O Parque Arqueológico e
Ambiental de São João Marcos: Após quase sete décadas de desocupação, o local
foi totalmente tomado pela mata. Em 1990, as ruínas de São João Marcos foram
tombadas pelo Instituto Estadual de Patrimônio Artístico e Cultural - INEPAC.
Pouco mais de dez anos após o tombamento, o Parque Arqueológico e Ambiental de
São João Marcos foi inaugurado, no dia 09 de junho de 2011.
O Parque nasceu de um
antigo desejo da população local. Foi necessário um intenso trabalho de
arqueologia para que esta história de glórias e conquistas importantes para a
memória da cidade e do Brasil pudesse ser preservada para as futuras gerações.
O marco inicial do trabalho foi em 2008, com a realização de uma intensa
pesquisa histórica, iconográfica e ambiental, a coleta de depoimentos de
antigos moradores e um trabalho cuidadoso de prospecção arqueológica. Este
levantamento permitiu a construção de maquete, revelando a antiga cidade e a
elaboração de projetos paisagístico, museólogo, de sinalização, além da
construção de um Centro de Memória e de um anfiteatro para 150 pessoas.
“O estudo dos sítios
arqueológicos contribui para despertar o interesse cultural das sociedades
contemporâneas pelo processo de sua formação, proporcionando além de uma
interpretação, uma reflexão sobre as suas origens”, diz Silvia Puccioni –
Arquiteta e Arqueóloga. É exatamente o que ocorreu em São João Marcos.
O Parque está situado na
região da Represa de Ribeirão das Lajes, uma reserva da Mata Atlântica
reconhecida pela UNESCO. Desde a sua criação as ações predatórias ao meio
ambiente no local e no seu entorno diminuíram significativamente. Várias
escolas já estiveram em São João Marcos para aprender sobre o rico patrimônio
natural local. “A educação ambiental é fundamental na busca pelo
desenvolvimento sustentável, por ser uma das opções mais fáceis de ser
efetivada e um instrumento para formação de um novo olhar, novo pensar e uma
melhor qualidade de vida”, observa o biólogo Mario Vidigal.
Em pouco mais de dois anos
e meio após sua inauguração, o Parque já recebeu cerca de 22 mil visitantes,
tornando-se o equipamento cultural mais visitado da região. Paulatinamente vem
se consolidando como espaço capaz de promover o desenvolvimento, conhecimento e
qualidade de vida aos moradores dos municípios em seu entorno.
A programação tem como
principal objetivo salvaguardar a memória da cidade histórica de São João Marcos.
As atividades propostas para 2014, assim como as já realizadas desde a
inauguração do espaço em junho de 2011, pretendem valorizar o patrimônio
material e imaterial associado à história marcossense, despertando a
consciência dos frequentadores do parque sobre a importância deste patrimônio
para a identidade e desenvolvimento de toda a região.
Desde a sua inauguração já
foram realizados no Parque cerca de quarenta eventos de natureza cultural, com
ênfase na valorização das tradições do local e entorno. Grupos de folias de
reis, incluindo uma nascida e remanescente da velha São João Marcos, grupos de
jongo, atividades com quilombolas do Alto da Serra, localidade próxima ao
parque, grupos de contação de história e teatro de Rio Claro, poetas de Piraí
homenageando Fagundes Varela, nascido em Rio Claro, além das exposições
"Mulheres de São João Marcos" e "Pereira Passos: Cidadão de São
João Marcos", um dos mais ilustres filhos da localidade, bandas de música
da região e atividades em torno do artesanato e culinária local, são alguns dos
atrativos já apresentados no calendário de atividades do parque.
Premiação:
I) Publicação em coletânea
Prazo: 30 de Maio de 2014
Organização:
Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos
Editora Cidade Viva / Light
Ficha de Inscrição:
Autorização:
A Revista Biografia
não possui vínculos com os organizadores do Concurso, tampouco, está
obrigada a repassar os resultados ou resolver qualquer problema advindo
do processo de inscrição. Apenas divulgamos o evento no intuito de
informar os leitores e autores que visitam nossa página sobre o que
acontece no mundo dar artes. Aqueles que desejarem participar devem
entrar em contato diretamente com a organização do Concurso.
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