Neide Noronha - [Poeta Brasileira]

Quem sou? Neyde de Almeida Noronha, mas assino Neyde Noronha. Há pouco optei por assinar Nan Noronha, abreviando o meu nome em conjunto ao sobrenome de família. Pratico a profissão de artista plástica o que faço desde o ano de 1976, profissionalmente.
Nasci na cidade de Niterói/RJ/Brasil em 02 de outubro. Sempre muito curiosa e observadora desde cedo me interessam aspectos culturais e sociais que me rodeiam. Gosto da informação, da comunicação, rodas de artistas plásticos, exposições das quais participo individualmente, coletivamente ou como visitante.
Nunca me detive em informar, portanto sempre escrevi sobre arte, poesia. D'entre tantas atividades culturais atuei em um jornal do Rio de Janeiro/RJ, "O Fluminense", e também em outros jornais de Bairros na minha cidade. Foram Colunas de Arte e entrevistas na rádio Fluminense AM no programa "Prestando Contas" convidando personalidades diversas no mundo cultural. Muitos poetas, músicos, me procuravam.
Naquela época mal poderia imaginar que algum dia estaria neste meio tão amado onde permaneço desde o ano de 1996 que é o mundo da web. Fundamos um grupo de poesias que se chamava "Redescobrir Arte & Poesias"- Quando este grupo sitiado no Yahoo foi extinto, todos os nossos colegas sentiram bastante sua falta, mas já haviam os blogs, e tantos outros sites que chamavam atenção para outros caminhos. Hoje mais do que nunca somos levados a dividir as nossas atenções para eles.
Voltando à poesia confesso que a minha primeira e inesquecível tarefa de "escrever algo que vem de minha alma", foi quando em uma manhã de domingo no ano de 1978 ao acordar escrevi "Passos"- Esta pequena poesia que está no site: http://www.neydenoronha.com

Foi este o meu primeiro site, iniciante que era, não me detive em me expor e compulsivamente aparecia, deixava recados, poesias, prosas, amigos me ofereciam prêmios- Eu os retribuia, etc. Foi tudo muito bonito.
No início como participante do site Magriça, o primeiro a me dar crédito e lá com o pseudônimo de Juliana RJ ou mesmo Juliana, não me lembro. Daí, fui seguindo como poeta, como queiram os leitores.
A minha biografia é curta pois não tenho grandes pretensões com esta rica possibilidade de aqui estar, junto de nomes de tão alto gabarito, com altos conhecimentos assim como o nosso anfitrião daufen bach.
Seguirei esta oportunidade para ousar e usar, como de hábito "A inspiração"- A vontade de dizer o que sinto.
E aqui fica o meu agradecimento.
Como pintora guardo passagens de vida, o dia a dia e até mesmo o que vejo e transmito. Em minhas poesias, como se estivesse pintando. Sempre foi e será um jogo de Vice-Versa.
Na verdade nunca me prendi a escolas e sim ao que a liberdade me impulsiona a fazer.
Sou filha de uma família luso-brasileira, tendo muito orgulho da mistura das duas raças, tão comum no Brasil e tenho orgulho dela que me dedicou tanto amor. Aos meus pais, agradeço e aos meus amigos, assim como a tantos amigos virtuais que me são preciosos e numerosos.
Neyde Noronha
Meus blogs:
Arte: http://www.cochichar-te.blogspot.com
Poesia: http://neydenoronha.com
http://neydenoronha-letrasartes.blogspot.com
Notícias: http://salsaprimavera.blogspot.com

Assim tão de repente

Quero ficar, mas não posso
Medito para não chorar
Assim tão de repente
uma parte de mim quer ir
a outra,quer ficar.

Tantas idas sem volta
Regressos vão e vêm
Bem ou mal,
são regressos
Procura de acertos esquecidos.

Mão no peito choro,
Agarro a dor sentida,
que procuro entender
no silêncio,
e assim tão de repente,
chega a despedida .


Quisera esquecer-te

Que adianta estar aqui
Se não me entregas as tuas esperanças

Que adianta dizer que me fazes falta
Se não te importas com qualquer distância

Se me maltrato a te procurar
Quisera esquecer-te por toda a vida

Se não enxugas as minhas lágrimas
E não importas estar sempre comigo

O que será para ti
Se não irei contigo


Poetiso o sonho

Uma palavra apenas
Diz o que sou,

"Comunicação"

Duas palavras
falam de mim

"Amor e Paz"

Estas são as que gosto mais
Poetiso o sonho

A esperança e os meus passos
A sina que veio do infinito
Uma verdade que digo
Um sentimento a mais

Postando, cultivo o que planto
Para não morrer, jamais


Poetas amantes

São pedaços rasgados
Que se encontram
Na magia de um dia de sol
Ou numa noite de lua

Unem os seus pedaços
Na ansiedade do encontro
No sentimento de doar
Nas poucas horas
Que desaparecem rapidamente.
Viajam nos seus sonhos em delírios de amor
Por vezes se tornam poetas
Quando encontram respostas
As suas questões

São tristes, no âmago dos seus desejos
Mas inesperadamente se separam
Como um brinquedo largado
Pela mão de um menino

Poetas amantes
Talvez possam chorar
Pela despedida
E agarram fortemente
A esperança
De um novo encontro.


O segredo

Sessenta minutos
Poucos dias
Sonhos em demasia
Vida avessa
Quando só é solidão
Viver é coração

Sentir mas se perder
No instante
Na desigualdade
Na contínua incerteza
Perder o que já estava perdido
Na obsessão de sonhar

O impossível
Chega ao seu momento final
Sentido
Vivido
Tão claro
Tão desigual

Neide Noronha
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