Luiz Carlos Ribeiro [Ator, Diretor, Arte Educador, Videasta, Escritor Brasileiro]
Ribeiro declarou que sua área é o teatro e tem uma experiência social na área. Diz que atua, mas prefere o trabalho de direção. Já foi professor de teatro e confessa que gosta de transmitir idéias.
Por meio de uma série de contos para teatro, ele foi incentivado por um produtor a publicar seus textos, que por sinal foi um sucesso total de vendas. Participou de um Simpósio Internacional de contadores de historia e vendeu alguns livros por lá. O ator/escritor diz que já está caminhando para o seu segundo livro.
Segundo ele, o seu segundo livro inspirou a formação de mais uma peça e, através de recortes, ele produziu uma peça chamada Sete contadores de história que é um musical o todo tempo cantado, "a história dentro do teatro vira dramaturgia, e isso é uma experiência muito legal" diz Ribeiro, que manifesta sua vontade de trazer essa peça para se apresentar
"Teatro todo mundo faz, mas tem que ter técnica".(Luiz Carlos Ribeiro)
Evangelho Segundo Ricardo Guilherme Dick
Obra: Cerimônia do esquecimento.
Autor: Ricardo Guilherme Dick
- Olhe, o que pode representar o Sertão é um instrumento chamado berrante já ouviu falar nele, não? O sertão inteiro ressoa nele.
O sertão é onde se luta contra a civilização, mas quem preserva o sertão das espoliações, das pestes, das destruições, do envenenamento com agrotóxicos, dos medos?Sim, dos medos!
Eu não sei de mim, diria que o Sertão é onde Deus se conserva mais puro, incontaminado, no seu estado mais latente de Deus.
Nas grandes cidades eles partem para estudá-lo de premissas, construídas com andaimes da torre de Babel. Deus para eles é uma construção. Para eles Deus se esconde além das nuvens e das estrelas.
Aqui no sertão a gente parte do próprio Deus, não de suas premissas, silogismos ou andaimes de ignorância de sua imaginada construção, porque Deus não pode ter premissas, nem arcadas, nem tábuas de logaritmos, nem a gelidez da lógica, nem bruma da metafísica, as maquinarias da tecnologia que nos Matarão com suas bombas, com suas políticas mesquinhas e corruptas...
Aqui no sertão Deus é uma flor mestiça, que nascida em seu mandala da intuição do lótus, leite e mel vem para reconhecer os anjos caídos e os anjos luminosos, a Luz e as Trevas.
Porque aqui Deus sempre vem, sempre está vindo, eternamente. Aqui ninguém escapa de Deus: ele marca os homens, ele se conserva aqui, no cerne do Sertão, onde tudo é água fresca num pote no canto da sala de visitas, onde tudo é conservado com cheiro de baunilha no baú de roupas limpas no quarto de dormir. Onde tudo é conservado com esse cheiro imemorial que vem do quintal, das bandas do rio, da memória da infância, de séculos e séculos de antes de nós, da voz da avó guardada dentro de nós, com seu rosto herético de índia que vem de séculos e séculos das moradas dos horizontes.
Imaginem assim: de repetente Deus vem andando de muito longe, em grandes passos, como esses profetas do Velho Testamento, com o cajado batendo a terra, os pés sujos de lama, as vestes cobertas de poeira, sempre chegando com esse cheiro de Deus, para nos reconhecer incognitamente e se vós perguntais:
-De onde vindes, Senhor?
( Matéria, também publicada no Blog Fuzuê das Artes)
Ator Layro Zahailla. Foto:Rosan Chaves |
Saboroso. Esta é a primeira impressão que nos sugere a leitura do livro de Luiz Carlos Ribeiro.
lança à literatura de uma maneira apaixonada e apaixonante, como, aliás, em tudo que realiza. As personagens não são absolutamente meras criaturas de lavor literário. Elas existem, têm vida própria, cara, cor, cheiro, som no tempo e espaço de nossa memória afetiva e serão seus sonhos, espantos, reflexões, descobertas, risos que iremos acompanhar com o maior interesse ao longo destas páginas, ora sorrindo, ora torcendo ou mesmo sofrendo com elas. Luiz Carlos Ribeiro, nosso querido contador de histórias, faz de A MALA de FUGIR um passaporte mágico para a mais tenra, terna e calorosa humanidade que ainda permanece, mesmo às vezes um pouca esquecida, lá dentro de cada um de nossos corações.
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Mala de fugir, peça teatral:
A Mala de fugir é um espetáculo lúdico -- musical em um ato, com textos da obra: A Mala de Fugir e outros contos, de Luiz Carlos Ribeiro, que deu suporte dramático à concepção cênica do espetáculo. |
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