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Imagem do Ato III |
Concerto de Natal "Glorioso!" - Uma noite
gloriosa no Teatro Amazonas
Este ano vai ser
diferente, o teatro está pronto, ficou lindo!
Embora ainda não esteja rosa, mas
nosso natal será lá.
Mas mulher, nem
inaugurou!
Estão faltando umas coisinhas lá por dentro.
Não inaugurou para
você! Seu sem imaginação!
Para quê aquela área enorme do lado?
Vamos nos reunir
ali para esperar o natal, levaremos nossa filha,
e minhas amigas irão para
dançarmos ao ar livre,
será lindo, será maravilhoso, será...
GLORIOSO!
A
patroa estava exultante, o teatro tão pedido foi construído e seu Barão da
Borracha franzindo a testa diante deste pedido de sua adorável exigente esposa.
Ficções
a parte, isto de fato aconteceu. No dia 25 de dezembro de 1896 a sociedade amazonense reuniu-se ao lado do
teatro Amazonas prestes a ser inaugurado e ali tiveram seu primeiro natal,
moças bonitas vestidas com roupas da época e cavalheiros elegantes, todos muito
felizes com a novidade na cidade.
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Imagem antiga do Teatro Amazonas |
116
anos depois, no mesmo lugar, no mesmo Teatro, na mesma data nos arredores num
lugar chamado Largo de São Sebastião reuniram-se 100 mil pessoas. O povo
amazonense chegou e se instalou em 12 mil lugares nas arquibancadas que possuía
200 metros quadrados, e em 35 mil cadeiras, o restante ficou em pé nas pistas
que compunham o espaço destinado aos espectadores. O público estimado para 90
mil pessoas, excedeu em 10 mil, mas não houve uma ocorrência sequer registrada
pelos 300 policiais da Policia Militar
do Amazonas, além deles 120 seguranças de empresa privada e mais 10
funcionários da Guarda de Patrimônio do Largo garantiram a segurança do evento.
Sinal de que a organização era ótima e o público estava satisfeito.
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Imagem parcial do evento. |
O
espetáculo ou Concerto de Natal recebeu o nome carinhoso de “Glorioso” e
pessoalmente digo que nenhum outro termo seria mais apropriado. Mas Glorioso
foi escolhido para homenagear o grande aniversariante da noite, Jesus. Um homem
marcado pela sua história e que de fato foi glorioso para a humanidade.
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Logomarca do evento |
Chegar,
sentar e assistir um evento requer certa organização pessoal. Horários e logística
de deslocamento são imprescindíveis para quem quer assistir algo tão esperado e
gratuito. Cheguei as 14h30min, estacionei próximo em lugar seguro. O evento
começaria as 19h00min, tive então o privilégio de escolher onde ficaria e
fiquei de frente com o palco A, na arquibancada montada em estrutura de ferro
galvanizado o que me deu a segurança necessária para subir e que me
proporcionava uma visão de tudo que acontecia ao redor.
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Estrutura sendo organizada antes do espetáculo |
O
local foi dividido em 4 áreas. 8 mil metros quadrados de palco rodeavam o
teatro, tamanho equivalente a dois campos de futebol americano. O “palco A” ou “principal”,
tinha 3 mil metros lineares de estrutura montado com ferro, alumínio, tubos e
placas, recebeu pintura cênica e foi montado em cinco níveis, mesmo quem estava
distante conseguia ter uma visão do que acontecia, e foi neste palco que aconteceu a parte
principal do evento. Toda essa estrutura foi construída em 20 dias. Havia
também os palcos B, C e D que tiveram apresentações menores com flash em telões
instalados em cada área. Foi uma apresentação menor porém com a mesma temática e todos poderiam acompanhar
de onde estivessem tudo o que acontecia nos outros lugares simultaneamente
através dos 26 telões espalhados pelos arredores do teatro, inclusive em ruas
adjacentes.
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Palco A |
E da
mesma forma como é importante um planejamento pessoal, imagine então o que é
planejar uma festa para 90 mil pessoas que recebeu 100 mil. Tudo é pensado nos
mínimos detalhes.
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Imagem do evento. |
O
termo Glorioso não se aplica somente ao nome do evento, mas sua equipe
organizadora foi gloriosa também. Pensaram nas mínimas coisas, coisas óbvias
como, por exemplo, estrutura de emergência que foi nota dez. Um posto instalado
dentro do Teatro com um pronto atendimento montado pela Secretaria de Saúde do
Estado do Amazonas – SUSAM, tinha na sua equipe: médicos, enfermeiros, técnicos
e toda a estrutura e material, prontos para atender qualquer emergência. Em
cada esquina do teatro havia uma ambulância equipada para resgates ou
intercorrências. Nestas equipes estavam os melhores da urgência e emergência do
estado: ambulâncias de nossos gloriosos socorristas do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência - SAMU, Corpo de Bombeiros do Estado do Amazonas e Secretaria
de saúde do Estado do Amazonas – SUSAM. A população estava muito bem servida
pelos “doutores” do resgate, além do carro do corpo de bombeiros para atender
um possível incêndio.
Pessoalmente
digo que Glorioso fez a minha alegria de profissional e tenho certeza que todos
aqueles que trabalham com a reabilitação ou com a inclusão social de
deficientes sentiram-se realizados no evento.
A
equipe organizadora pensou nos deficientes, e nada me deixou tão feliz ao saber
que quem não ouve pôde assistir o espetáculo, pois em cada telão havia uma
pessoa traduzindo em libras todo o evento, mas a emoção indescritível de ver um
coral cantar oralmente e em libras não tem preço; quem não enxerga pôde
assistir também. Dentro da igreja São Sebastião, ao lado do teatro, havia
profissionais para fazerem áudio discrição para os deficientes visuais; quem é
cadeirante teve seus acessos e espaços nos 4 cantos do teatro; quem tinha
limitações pôde ter acesso até a arquibancada por que esta tinha o assento
largo e degraus espaçosos para subir.
Cada
arquibancada possuía acesso somente para uma rua adjacente, evitando que as
pessoas se misturassem e tivesse tumulto durante a saída. Semanas antes do
evento foi publicado na internet o mapa para acesso ao espetáculo, onde
estacionar, as entradas e saídas, os 80 banheiros químicos, ambulâncias, enfim
toda a estrutura para chegar e sair em segurança. Isso é que se chama
planejamento e logística, casados em comunhão de bens!
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Robério Braga |
Toda
essa mega estrutura teve a direção de um homem chamado Robério Braga,
Secretário de Cultura do Estado do Amazonas há 16 anos. Competente, atencioso e
cuidadoso com os detalhes. Não o conheço pessoalmente, mas o que observo em seu
trabalho e quando ele está nos eventos e que Robério é um apaixonado pela arte,
tudo o que faz é de forma grandiosa e com mão de ferro em suas ações. Entra
governo e sai governo e ele permanece somente em razão de sua competência como administrador
da arte no Amazonas. Robério tem formação em Direito, não é todo mundo que
consegue desenvolver dois lados ao mesmo tempo, sair de sua formação para viver
uma paixão, esta paixão incondicional que ele tem pela cultura. Quiçá todos os
secretários tivessem esta dedicação, este empenho, esta desenvoltura e este
prazer em proporcionar o melhor para as pessoas através do seu objeto de trabalho.
Todos os eventos que vou e são promovidos pela Secretaria de Cultura, Robério
está lá, chega antes do espetáculo, corre para um lado e para o outro, analisando,
recebe as pessoas, se preocupa com o mínimo detalhe, um verdadeiro anfitrião.
Suas
palavras antes do evento::
‘’Glorioso é um a obra de arte, retrata o
que o artista amazonense é capaz de fazer com paixão”
Foram
14 meses de planejamento, projetos, contratos, rascunhos, contatos, ensaios,
testes, montagens. Antes do natal do ano passado Glorioso começou a ser gerado,
foi uma gestação longa e um parto prazeroso. Na produção, o melhor de tudo, foi
exigido nada menos que a perfeição. A perfeição para que tudo desse certo e que
todos estivessem apaixonados, aficionados pelo resultado, imbuídos em um objetivo
só: fazer o maior espetáculo de todos os tempos de Manaus e o resultado foi
além do esperado.
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Mapa do evento |
Segundo
o diretor musical, maestro Marcelo de Jesus, os dois meses de ensaio deram o
resultado esperado:
“É normal,
durante a preparação, corrigirmos e apontarmos os erros. Afinal, é para isso
que servem. Mas hoje, conseguimos nos apresentar com 100% de acertos. Realmente
conseguimos fazer o que planejamos”.
No
começo de tudo, mas precisamente durante o ciclo da Borracha, Manaus se
comunicava diretamente com a Europa, pedia tudo de lá, inclusive gelo para
refrescar o teatro. Relembrando esta época áurea, o Governo do Estado através
da Secretaria de cultura “mandou buscar” nos EUA uma equipe da empresa Hardrive
Productions (Orlando,Flórida),
responsáveis por espetáculos pelo mundo,
incluindo Disney e Broadway, os produtores Ron Rodriguez e John Haupt, o
diretor Chase Senge e a diretora de arte Cindy White, e foram eles os
principais membros que comandaram o planejamento do evento. “Amazonense é caboco arroxado! Não tem aqui?
Manda buscar nos “states” o sangue europeu misturado com o indígena continua na
veia.”
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Robério e a equipe americana de organização |
Mas
os americanos foram muito sábios também, aliaram sua tecnologia com a nossa
cultura parintinense e vimos no palco a presença de Parintins embutida no meio
das luzes e sons. Elogiaram nosso trabalho e se adequaram ao nosso ritmo de
improviso, descobrindo que, às vezes, o que não está previsto, torna-se uma
grande ideia.
“Nós fizemos uma visita a Manaus, fevereiro
passado. E nós nos inspiramos pela cultura e pela música e por todas as
pessoas, bem como com o teatro Amazonas. Então fizemos o melhor para criar o
show, para trazer tudo para o show e trazer a riqueza cultural e histórica de
Manaus tudo para o show.“
(Chase
Senge – Diretor criativo).
“Eu colaborei com o Diretor criativo Chase
Senge para escrever a música de acordo com o script e a história. Nós
escrevemos e produzimos a música orquestrada e o coral para o show. Nós
gravamos com a filarmônica e com o coral aqui, nós também gravamos com os maravilhosos
grupos de coral local. Então, muita organização e produção foi realizada para a
gravação da trilha sonora e da composição em si. Muita produção musical foi
realizada para a trilha desse grandioso espetáculo .
(Joe
Alfuso – Maestro e compositor)
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Imagem Evento III |
“Manaus é demais, tem sido uma ótima
experiência cultural. Conhecemos pessoas fabulosas, grandes talentos Toda
cultura é diferente. Então tivemos que nos adaptar a maneira de trabalhar
deles, mas é tudo muito recompensador no final.”
(John
Haupt – Produtor)
“Eu fui trazido para fazer a cobertura de
tv do show . Tem sido muito bom trabalhar com toda a equipe de tv de Manaus,
vamos filmar o show com 22 câmeras . Não apenas vamos levar o show para as
pessoas em casa, pela televisão mas também para os presentes . Eles vão poder
ver ao redor do teatro através dos telões, isto para o público presente”
(John
Best – Diretor de TV)
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Anjo refletido na parede do teatro. |
“Hoje, quando recebemos técnicos e artistas
de fora, já temos uma estrutura bem mais interessante. Na verdade, os
americanos são referência em shows e todos sabem disso, do Japão a Paris, e são
respeitados por isso. Mas eles nos respeitam muito, teceram milhões de elogios
aos nossos artistas, à produção, à qualidade amazonense”, comenta Marcos Apolo,
diretor técnico do evento.
Para Marcos
Apolo, dar um passo adiante, evoluir, significa se superar. “Já fizemos de tudo um pouco e ninguém produz o que se produz no
Amazonas. A cultura do Estado é respeitada no Planeta inteiro. Não tem ninguém
que chegue aqui e não pergunte como é que fazemos todo mês um festival”,
completa.
“O nosso trabalho é garantir que o show
seja fantástico, nós queremos garantir que todas as câmeras capturem as melhores tomadas e que possamos ter
diferentes ângulos para que as pesoas em casa se sintam como se estivessem sentadas
lá e vendo ao vivo”
(Amy
Beskar)
“Assim como as pessoas relacionam Carnaval
ao Rio de Janeiro, ao pensarem em Natal, elas vão pensar imediatamente em
Manaus. Vamos fazer daqui uma referência do evento”.
(Chase
Senge)
Esta
última frase de Senge faz refletir sobre o orçamento utilizado no projeto
Glorioso. 6,25 milhões fizeram a discórdia de opiniões em relação ao evento. O
evento foi muito elogiado, mas muito criticado em relação ao que se gastou e vi
perguntas como “será que aqui não tem
esta tecnologia com preço mais acessível?” “Por que não construíram hospitais
em vez de fazer festa?”Ou ainda “Tudo
dinheiro jogado fora, por causa de uma história de 2000 anos”.
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Membro do grupo de violão |
Eu
penso que antes de criticar é bom entender a engrenagem das coisas. O orçamento
é individual, cada secretaria tem a sua, portanto nem que se guardassem os 6
milhões eles não iriam construir hospitais, por que isto é atribuição de outra
Secretaria e, aqui, não tem essa tecnologia muito menos com preço acessível,
não se faz festa glamourosa economizando, gasta-se muito, por que o que é bom,
bonito e inédito é, proporcionalmente, muito caro. O espetáculo foi feito com
paixão, esta é a verdade e com perspectivas muito além do que um evento momentâneo.
Outro
ponto importante. O espetáculo não só gastou dinheiro com uma história de 2000
anos, ele gerou 20.000 empregos diretos e indiretos. Os artistas tiveram cachê,
as costureiras que trabalharam confeccionando as roupas de época ganharam,
assim como bordadeiras, alfaiates, ambulantes, seguranças, recepcionistas, câmeras,
etc. e, além do dinheiro propriamente dito, todas aquelas crianças e
adolescentes que são alunos da rede pública de ensino tiveram orientação com
uma equipe americana, com uma produtora famosa no mundo inteiro e que sabe
trabalhar com o que há de melhor em tecnologia, canto e dança. Além da experiência
e ter este item no currículo para sempre, não é todo dia que se tem aperfeiçoamento
com alguém tão gabaritado e que se é convidado para participar de um evento tão
grandioso. Além, claro da repercussão. É convite para o próximo ano! É convite
para turismo.
‘’Com
uma megaestrutura, Glorioso! tem o intuito de se equiparar aos grandes
festivais natalinos do país, como o coral do HSBC em São Paulo e o Natal das
Luzes de Gramado e de entrar para o calendário nacional dos grandes eventos de
fim de ano”. afirmam os organizadores.
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Filarmônica do Amazonas |
No
palco 4.500 pessoas com 5.200 figurinos. Foram dançarinos, cantores, corais,
atores, músicos e outros. Todos vindos de diversos projetos como o Jovem
Cidadão (do qual participam 2 mil crianças e jovens entre 12 a 20 anos). Além
da orquestra do Liceu Cláudio Santoro, grupos de dança e canto locais. Ballet
folclórico do Amazonas, Filarmônica do Amazonas, os tenores, cantores, grupo de
violão. No total, foram 300 músicos acompanhados por um coral de 900 vozes.
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Cena: 1º Ato |
O
espetáculo foi dividido em 3 atos. O Primeiro Ato remontou a Belle Epoque e a
semana que antecedeu a inauguração do teatro. Bailarinos vestidos com roupas de
época dançaram no palco e dentro do salão nobre, e eram acompanhados pelos
telões. Contavam a história da família de um Barão da Borracha e sua esposa
que explicavam e cantavam para sua filha como começou o natal. O Segundo Ato
mostrou o nascimento de Jesus, com várias danças, músicas, luzes e projeções em
2D e 3D. O Terceiro Ato reuniu todos os bailarinos e cantores em celebração e foi
marcado por uma queima de fogos de 4 toneladas em 3000 artefatos saindo do teto
do Teatro Amazonas e dos edifícios próximos, como a Igreja São Sebastião.
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Bailarina Louise Lins |
A
bailarina Louise Lins, de 24 anos, cinco anos de carreira profissional, interpretou
a Maria no palco principal e teve que fazer um solo de ballet moderno. "Uma das coisas mais difíceis que já
fiz. Dominar um palco tão grande para um público tão grande. Mas ao mesmo tempo
foi emocionante!", disse ela que é dançarina do Balé Folclórico do
Amazonas.
A
lateral do teatro se transformou em uma tela de 100 metros quadrados, onde
efeitos de projeção em 2D e 3D mudavam o cenário através de luzes, mas com
muita realidade. Bailarinos vestidos de anjo dançaram na parede em cordas de
rapel, anjos apareciam no teto do teatro, abriam suas asas e voavam de tirolesa
sob o público. A maioria das músicas foram compostas exclusivamente para o
evento e contou com tenores que cantaram em ópera o natal glorioso.
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Governador, vice governador e famílias |
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De
frente com o palco A, o lugar reservados às autoridades, estavam Governador,
prefeito e secretários que trouxeram suas famílias para assistirem, junto ao
público, a obra de arte da secretaria de cultura.
Glorioso
foi um evento caro, porém com muitas nuances para este dinheiro empreendido.
Foi uma amostra do que somos capazes de fazer como amazonenses, morando longe,
mas com os pés no “estrangeiro” como dizem os antigos. O evento mostrou que
muito além de encantar olhos, pode-se trabalhar a arte em todos os sentidos e
gerar além de entretenimento uma fonte de receita. Os trabalhos da Secretaria
de Cultura são voltados para a excelência do serviço. Escola de arte como a Claudio
Santoro mostra que nossos jovens caboclos possuem talento para tocar em um
concerto grandioso como este. Estas crianças e jovens tiveram a oportunidade de
contato com o meio artístico em um lugar que o acesso ainda é limitado por via
aérea.
Como
expectadora a sensação que tive foi de que estava na Disney. As músicas traziam
a lembrança das canções que ouvia quando criança assistindo Disneylândia... E quem não gosta
da Disney? Quem nunca sonhou ir lá naquele castelo onde explodia fogos? Nunca
fui a Disney, mas ela veio até a mim em forma de natal.
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Coral |
Falando
em sonho, a inclusão de deficientes
também mostrou que é possível fazer um espetáculo para todas as pessoas. Em
pleno natal a secretaria deu de presente para eles um pouco do convívio social
roubado pela deficiência, presente melhor que este não há.
"Essa parceria norte-americana e os
recursos tecnológicos que envolveram este espetáculo amparam o artista local a
melhorar ainda mais e, a cada ano que passa, o público pede mais, e o artista
local quer desafios maiores. Esse concerto, como diz o nome, foi glorioso em
tudo. Estou muito orgulhoso e ano que vem o desafio é melhorar ainda mais. As
reuniões para definir o espetáculo de 2013 começam depois do carnaval", adiantou o
secretário Robério Braga.
O
Largo do São Sebastião que se compõe do Teatro Amazonas, Praça São Sebastião,
Igreja de São Sebastião e todos os prédios da belle epoque que estão ao redor
do teatro, assiste há 10 anos a festa do natal, porém este ano surpreendeu, foi
planejado, foi concebido, foi gerado, foi nascido, foi perfeito, foi...
GLORIOSO!
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Vista parcial do Largo São Sebastião |
“Há tantas tradições que fazem parte da
época de natal e muitas maneiras para comemorar com a família e amigos. Nós nos
reunimos a cada ano para recordar o evento da Encarnação, para compartilhar a
música e ouvir as histórias das festas passadas. Uma certa lenda conta como
tradição começou aqui há mais de cem anos.
Foi em uma noite de natal muito semelhante
a esta, apenas uma semana antes do belo Teatro Amazonas se abrir ao público
pela primeira vez.
O ano era 1896 e amigos e famílias
encontraram-se em locais elegantes ou humildes para uma gloriosa noite de
véspera de natal. A lenda conta que alguns se reuniram aqui mesmo, na nova
“Joia”, no coração da Amazônia. E fossem as pessoas que ouviam de longe, que
dançavam nas ruas, ou fossem as que apareciam na sacada do salão nobre, todos
se reuniram para celebrar, por que, antes como hoje, a maior ventura do ano é o
Natal!”
(Introdução
do ato I do concerto de natal Glorioso)
Vídeos sobre o Evento
Nota: Clique nas imagens para vê-las em tamanho ampliado.
Jane
Uchôa.
Paraense de nascimento, amazonense de coração. Acadêmica de enfermagem, Técnica
de enfermagem, socorrista do SAMU, poeta e escritora.
10 comentários
Muito lindo,"glorioso", JAne; to aqui de queixo caido. PArabéns, amiga! excelente trabalho seu; digno da data; bjos!
Obrigada Elói, Glorioso foi "O ESPETäCULO" venha ano que vem assistir conosco. Hospedagem já tem rs bjs
Muito lindo, Jane. Já tinha visto o espetáculo pela net. Fiquei encantada. Bjs!
Grato pelo convite, é encantador mesmo, espero poder ir sim, Jane!
Depois que li o magnifico texto que a minha amiga Jane Uchôa esculpiu de forma magistral eu seguramente fico sem saber o dizer...não é fácil encontras as palavras certas pra descrever sem cometer nenhum erro...o talento que foi apresentado ao mundo num espetáculo, que não fica devendo nada aos países de primeira linha...eu não assisti ao vivo esse Glorioso show, mas na leitura que estou fazendo agora e que foi produzido por esse talento impar da Jane Uchôa eu posso dizer...que Manaus vai saber representar muito bem a nossa cultura...parabéns, ao secretario Roberio Braga, que mais uma vez mostra do que é capaz de fazer, quando o assunto é arte e cultura. Marius Bell
Glorioso espetáculo...glorioso artigo. Parabéns mana!!! Sempre caprichosa no que faz!
Grandioso o espetáculo e seu texto também.Uma reportagem rica, digna de seu talento.
Valeu a pena estar longe de São Paulo este ano para assistir um espetáculo de tamanha grandeza!
Parabéns pela reportagem amiga.Rica e bem detalhada e frisou bem o trabalho da realização.
Um espetáculo Glorioso como este precisava sim de uma comentarista tão gloriosa quanto!
Tens a alma de artista amiga. Uma escritora nata!
Parabéns!
Obrigada Marius, Marcela e Elisabeth pela presença aqui e por seus comentários elogiosos, Glorioso deu trabalho para mim e para o editor, mas valeu a pena. Você viu Beth o quão dificil é fazer um show para 100 mil pessoas, infelizmente algumas muitas não reconhecem isso como investimento e sim como um gasto a mais. Mas está feito , se fez e será melhor em 2013. A glória!
Elizabete Cantanhede, esposa do Robério Braga? Oo. Acho que não heim?!
A legenda da foto foi corrigida, obrigada pelo alerta.
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