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Sandra Almeida - [Poeta Brasileira]

Sandra Almeida, uma miscigenação de mineiros, paulistas e baianos. Nasceu no Paraná está radicada em Rondônia, depois de percorrer diversas regiões do Brasil. Tem 03 filhas (Thays,Rúbia Helena e Maíra) e 02 netos (Joaquim José e Maria Eduarda).Membro Fundadora da Academia de Letras de Cacoal/RO (ACLEC),Cadeira 03,Patrono Machado de Assis.Publicação em vários sites e participação em várias antologias.Geógrafa por formação e poeta por opção!



Bailado


Quero dançar
em seu corpo
molhado.
Entrar num
vai e vem
esperado.
E no tempo
perder-me!


Deslizes


há dias que

por negligência

morro por instantes

sinto-me entre as

es

tre

las!



há dias que

por descuido

morro e com

esmero escalo

es

tre

las!

há dias que finjo

Morrerrrrrr...e

e desapareço nas

es

tre

las!



há dias que

brinco de morrer

seguro nas estrelas

e:

des

lizooooooooooooo

num chão liso...renasço!




eco do nada


os dias sempre monótonos

denotam uma insegurança



como frio em pleno verão

e a nostalgia domina



versos que não desabrocham

estou estéril e solitária

lacuna de alma?

sei lá!



ando ...ando...ando...

procurando bagatelas?

quem sabe!

 
Sombra Atrevida




Minha sombra me persegue.


Contempla minha nudez

com cara atrevida

e sorrindo de minha estupidez

entra em mim

deixando-me acuada.



Depois se esconde.



Insistente, desafia-me

com olhares marotos

e dissimula ser louca

tirando minha roupa

num strip-tease despudorado.


Incansável perseguição!


 
carícias da vida


a vida acaricia-me

com mãos macias

e... alivia-me!



diz palavras suaves

fala um poema

e... suspira!



inclina-se sorrindo

e murmurando

diz... bom dia!



alisando meu rosto

fala convencida

de um amor



amor esquecido

no tempo

acende uma luz

e... improvisa



num foco de luz

num leve balançar

de mãos retorna



com serenidade

explica sobre

o que ela significa

e... justifica!



continua

branda e serena

passando as mãos

em mim!

 
Homens do Mar


O navio aportou

eles chegam cansados.



Na pele?Suor selvagem

na boca, saliva quente

e desejo no olhar.



Saem como predadores,

divertem-se

e espreitam a caça.



Que enfeitiçada , quer ser caçada

atiçando- os com olhares penetrantes.



Busca ser possuída, selvagemente

e no cio... solta grunhidos

cavalgando e sendo cavalgada.



Suores se misturam... cumplicidade (?)

Sandra Almeida
Todos os direitos autorais reservados a autora

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