Sandra Almeida - [Poeta Brasileira]
Bailado
Quero dançar
em seu corpo
molhado.
Entrar num
vai e vem
esperado.
E no tempo
perder-me!
Deslizes
há dias que
por negligência
morro por instantes
sinto-me entre as
es
tre
las!
há dias que
por descuido
morro e com
esmero escalo
es
tre
las!
há dias que finjo
Morrerrrrrr...e
e desapareço nas
es
tre
las!
há dias que
brinco de morrer
seguro nas estrelas
e:
des
lizooooooooooooo
num chão liso...renasço!
eco do nada
os dias sempre monótonos
denotam uma insegurança
como frio em pleno verão
e a nostalgia domina
versos que não desabrocham
estou estéril e solitária
lacuna de alma?
sei lá!
ando ...ando...ando...
procurando bagatelas?
quem sabe!
Sombra Atrevida
Minha sombra me persegue.
Contempla minha nudez
com cara atrevida
e sorrindo de minha estupidez
entra em mim
deixando-me acuada.
Depois se esconde.
Insistente, desafia-me
com olhares marotos
e dissimula ser louca
tirando minha roupa
num strip-tease despudorado.
Incansável perseguição!
carícias da vida
a vida acaricia-me
com mãos macias
e... alivia-me!
diz palavras suaves
fala um poema
e... suspira!
inclina-se sorrindo
e murmurando
diz... bom dia!
alisando meu rosto
fala convencida
de um amor
amor esquecido
no tempo
acende uma luz
e... improvisa
num foco de luz
num leve balançar
de mãos retorna
com serenidade
explica sobre
o que ela significa
e... justifica!
continua
branda e serena
passando as mãos
em mim!
Homens do Mar
O navio aportou
eles chegam cansados.
Na pele?Suor selvagem
na boca, saliva quente
e desejo no olhar.
Saem como predadores,
divertem-se
e espreitam a caça.
Que enfeitiçada , quer ser caçada
atiçando- os com olhares penetrantes.
Busca ser possuída, selvagemente
e no cio... solta grunhidos
cavalgando e sendo cavalgada.
Suores se misturam... cumplicidade (?)
Sandra Almeida
Todos os direitos autorais reservados a autora
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