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Jaci Leal Santana [Poeta Brasileira]


Jaci Leal Santana - Nasceu em Aracaju. Aos três anos veio morar no Rio de Janeiro. Estudou Direito. Foi professora de dança e coreógrafa.  Atualmente, dedica-se a poesia. Recebeu Menção Honrosa no I Concurso de Poemas Delfos com o 5º lugar, e a divulgação do mesmo no Jornal Le Ville. Em 2007 teve seu primeiro Livro de Poesia “Amor, Sexo e Poesia” editada pela Litteris Editora, em parceria com a Quártica Editora,e   participação no Diário do Escritor de 2006 a 2010, também pela Litteris Editora. Em 2009, participou da Antologia “Canta Brasil” com a letra de música “Canto de Dor, lançada na Bienal do livro”-RJ. “Ainda em 2009, teve Menção Especial  no II Jogos Florais do Século XXI com a poesia “Cura”, além, da participação no Caderno Literário da Pragmata Editora,  Em 2010, teve algumas poesias publicadas no Caderno-Revista 7faces sob a coordenação do escritor e poeta Pedro Fernandes. Ainda em 2010, tem participação atuante no Varal do Luna, sob a coordenação de Delasnieve Daspet, além, da participação no Varal do Brasil, sob a coordenação de Jacqueline Waisenmam e, na Ciranda & E-books, por Eri Paiva da AVBL. Faz parte do grupo Poetas Del Mundo e da União Hisponamericana de Escritores.

Poesias de Jaci Leal Santana

Amado Meu

Ah!  Amado meu, por que não entendes este meu sofrer?
Resguarda-me de tal sina e me amparas no teu ser.
Liberta meu peito da face negra deste luar que me faz gemer.

Aos teus pés estou desnudando meu amor de donzela.
E na carência do teu corpo, me resguardarei até que voltes.
E enxugarei as lágrimas que do meu rosto jorram
Até que venhas consolar-me na dor.


Amor e Dor

Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Ardentes são teus lábios que tocam os meus,
Repletos de mel, repletos de doçura.
Que busca em teu olhar, o meu lado mais obscuro.

Oh! Flor! Que desabrocha, em suave luxúria.
Que mistérios ocultas sob o sol incandescente,
Que vai, além desses mares, desses mares profundos,
Buscar nesse oásis, o despontar da lua negra e funda?

Bendita seja! Oh! Minha doce loucura!
Que desponta radiante e faceira,
Tocando-me a face, na mais encantadora ternura.
.
É uma dádiva, morrer em teus braços, qual uma abelha,
Neste fel amargo e doce, mesmo sabendo que por ti,
"Perde-se a vida, ganha-se a batalha."


Astro Rei

Submersa em min’ alma desnuda,
Transpassei com meu olhar de estrelas,
O infinito azul do céu translúcido,
E divaguei nos meus sonhos de criança,
Além fronteiras do Astro Rei.
E por entre as nuvens do espaço sideral,
Vislumbrei um asteróide fecundando a terra virgem.


Dança Universal

Na dança universal de mundos interestelares,
Tropecei nas colinas e montanhas rochosas,
Buscando caminhos que inexistiam lá fora.
Alcei voos intergalácticos almejando respostas,
Para o planeta que se insurge em desafios surreais,
Alterando a atmosfera, numa guerra de mundos,
Onde Luz e Sombra demandam contra o tempo.
E o céu vislumbra uma nova era de amor e Paz.


Encontro Marcado

Imagino tal ironia do desassossego vibrando em meu corpo.
Não havia se quer mais vida. Só nostalgia.
Era a morte em vida... Falsas esperanças imbuídas.
Sofrimentos retraídos. .Uma dor sempre contida.
E o paraíso adormecido... Meu corpo... Um eterno vazio,
Abstinha-se de sonhar... Amuando-se... Ocultando-se mais uma vez.
Mas, um olhar dos céus, cobriu-me com o seu manto,
E a ti levou-me como a um presente dos Deuses.
Difícil dizer das vibrações que me tomaram naquele encontro.
Surpreendida com o seu olhar... Submissa... Sentei-me sem retrucar.
Seus olhos... Penetrantes! Envolventes! Olhavam-me profundamente.
Estranhamente, envolta em sua fronte, emergia o que parecia ser uma Serpente,
Paralisando-me magicamente, enquanto olhava-me, arqueando cílios, sobrancelhas e mente.
Saí Dalí, completamente transmutada, envolvida e apaixonada.
E minha vida sorrindo em cores, ressurgiu à luz do dia nebuloso,
Ao ver o sol alvorecendo nas ruas, esquinas e estradas vazias.
Este calor... Este ardor... Esta emoção,.. Trouxe-me paz no coração.
O sol, com seus raios, iluminando meus poros,
Lançou-me a semente do seu amor,
Apagando as marcas de minhas dores já existentes.
E qual uma menina corri em torno das avenidas,
Colhendo flores para este amor,
Derramando em meus cabelos, partículas de sonhos já esquecidos.
Ao ver-te sempre com este olhar luzente! De um brilho intenso!... Perturbador!
Descortinando a minha alma; meu coração; meu pensamento.
Gotas de felicidade espargiam do meu rosto, vibrando em cores no meu jardim.
Vendo o meu corpo renascendo de um sonho louco,
Agarrei-me a este amor e nossas partes, finalmente, se reencontraram.


Lamentos...

Lamentos constantes! Ouço-os eternamente.
Aquela dor alucinante que, em vão, procura o réu debutante,
A fim de no ouvido soprar-lhe a avidez daquele instante.
Gritos! Sussurros! Sorrisos!... Lágrimas constantes...
Rumores noturnos que se agregam aos transeuntes visitantes.
Vidas que norteiam por vales esquecidos por Deus.
E que transpassam o invisível- o oculto-
Como um círculo inimaginável e profundo.
É o círculo da loucura e do vício que circunda o imaginário coletivo,
Penetrando o fundo do olhar noturno e moribundo.
E através do portal do mundo,
Lança-se aos ventos que sopram em direção ao sul.
O profundo é sério porque me inspira e me instiga
As profundezas do mistério me fascinam.
E se multiplicam em constante inquietação da alma queda e silenciosa.
E se não fora esta inquietante busca pelo insondável,
Jamais o teria encontrado nesta vasta miragem.
A desertos descampados.
Jurei aprofundar-me mais nesta busca,
Mas, o fascínio que me encobre o rosto,
Decerto que me anula por inteiro.
E já não posso percorrer o insondável,
Porque nele, me anulei por inteiro.


O Estranho

Se tu viesses com pérolas rubras e negras,
Certamente que preencherias minha alma
E meu coração atormentado.
Adornando-me os pés descalços,
Com seus dedos e sorrisos loucos
Tornando-me uma fera a mais bela do cativeiro.
Tresloucada,
 Permitir-me-ia mais este ato, mais este apelo.
Desvirginar-te na madrugada,
Sem fios, sem pêlos.
E tuas roupas sacudidas,
Relegadas ao chão sorrindo.
Vislumbrando os teus martírios,
Arrastando-se qual a um felino,
Suplicando meu corpo em rugidos.
Sentando-se qual um galã vencido.
Fumando cigarros adormecidos.
Deitando-se como a um menino.
E sorrindo quando me via,
Olhando as ruas dos seus cabelos caídos.
Num gestual, quase animalesco, 
Virou dragão até engolir-me, esfumaçando-me
                   A boca
Com seus beijos ardidos. E num só gemido,
Girou-me a cabeça em seus tornozelos.
E fitando meus ombros com desejo,
Enlaçou-me em suas panturrilhas.
E na entrega,
Seu torso viajou sobre o meu ventre, tecendo mais uma vida.
 E neste recorrente idílio,
Sem despedidas, sem rancores, sem cobrança,
Ou rumores.
Adormecida, espero a próxima visita noturna,
Que me envolva e me enlace, sem galanteios... Sem medidas.


Templo Sagrado

Encostei meus lábios no leito materno,
Retirando a seiva que jorrava de suas entranhas.
A boca, entreaberta, colheu o fruto
Que nasceu de um parto prematuro.
Deixando à mostra o ventre desnudo.
Livrando-me das roupagens
Que me cobriam o corpo cansado,
Pousei os pés descalços
Na margem dourada do Templo Sagrado.
Deixando lá, plantada, a semente
Em cujo seio deitei raízes profundas.


Um Mundo de Paz

Passada a tormenta
Daqueles dias difíceis!
Onde as madrugadas eram terríveis!!!
E aos nossos olhos antevia-se uma
Lúgubre noite
Finalmente, o terror dissipara-se
E nossas vidas renasceram das cinzas...
De uma grande dor!
Entre todos os sobreviventes,
Um tempo de glórias instalara-se.
Onde se mantinham envoltos
Numa esfera de risos e choros.
Nasceu, ali, uma nova época.
Uma nova Era.

Um nobre pensamento,
Imbuído de amor, transbordando de calor.
Anunciando o raiar de um tempo
Em que a história se reconstrói
E o mundo abre-se qual relíquia
De Amor e Paz.
Purificando este momento,
Este envolvimento que nos comove.

 E temos em nós a incumbência,
De reconstruir-mos um Mundo melhor.
De nos entregarmos de corpo e alma
A tudo aquilo que nos reconstrói
Que nos purifica, nos devolvendo
O amor que se esvai.

Juntemo-nos e revolucionaremos
O planeta.
E mudaremos o rumo da história
Desta terra que, aos poucos, nos deixa.
No amor... Encontraremos a Paz.

Jaci Leal Santana
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

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