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Siomara Reis Teixeira [Escritora e Poeta Brasileira]

A poetisa Siomara de Cássia Reis Teixeira ou Siomara Reis Teixeira como assina sua obra,  é nascida em União da Vitória - PR, entretanto cresceu e foi educada em Porto União - SC, as chamadas cidades Gêmeas do Iguaçu, rio que banha a cidade, em formato de ferradura, em vista aérea. Sua família materna é oriunda do Rio Grande do Sul. Assim, costuma dizer, com orgulho, que tem um pé nos três estados do Sul.

Possui várias descendências, entre elas o negro, o índio, o ucraniano, o italiano e o português. E fala em conversas divertidas, que faz parte do verdadeiro povo brasileiro.

Vinda de uma família culturalmente privilegiada, com histórico de poetas, escritores e artistas plásticos, começou sua carreira literária muito jovem, com apenas 11 anos de idade. Nesta época já compunha fábulas no colégio onde estudava, o Colégio São José, em Porto União e, seu professor de português, Professor Juck, relutava em acreditar que uma menina tão jovem tivesse tanta capacidade na escrita, no vocabulário, na dissertação, na concordância, na regência verbal e acima de tudo, na imaginação. Sempre com sua veia artística latente, cantou no coral da senhora Djanira Pasqualin, coral este, de crianças entre 10 a 15 anos, expressivo e famoso na época em todo o estado do Paraná e Santa Catarina.

Com sua voz de contralto, ganhou várias medalhas e apresentou-se em canais de televisão. Teve aulas de piano durante quatro anos e fez cursos de desenho e pintura. Domina a língua inglesa e é apaixonada por fotografia, tendo cursos de especialização na área.

Mas foi na poesia, inerente em seu ser sonhador, apaixonado, romântico e profundamente social e humano, que encontrou sua verdadeira identidade.

Siomara costuma dizer que o poeta nasce poeta. Ele não se faz poeta. É dom, maldição e acima de tudo, missão. Este é seu principal jargão, tal a necessidade que tem em escrever, “É como o respirar, mesmo sem o desejar”, como escreveu em uma de suas poesias. Suas poesias... Suas filhas, ressalta.

Cronista, revela em seus textos, um profundo sentido humanitário e social.

Procura despertar em seus leitores a real necessidade da fraternidade, da doação, da mudança lenta e gradual do sistema financeiro e especulativo do mundo materialista. É uma função, uma obrigação de quem tem o dom da expressão, através da arte e consegue atingir várias camadas sociais, enfatiza.

Siomara também descreve com primazia o universo feminino, suas aflições, seu cotidiano, sonhos, desejos, amores, segredos, conflitos.

Siomara faz parte da nova geração da poesia, os chamados poetas da internet e suas poesias já romperam as fronteiras do país, sendo publicadas em sites de Angola, Portugal, Espanha e Argentina. Tem três filhos, os quais diz serem suas pérolas preciosas, suas Reais Poesias.

Xamanista por convicção, Fisioterapeuta por formação, vive hoje em Curitiba, onde é Empresária, Poetisa, Educadora nas disciplinas de Ciências Naturais, Biologia, Química e Física.

Mas acima de tudo e por tudo, Siomara é Poeta, pois nasceu assim.
 
“POETA NASCE POETA. É DOM E ACIMA DE TUDO MISSÃO”
(Siomara Reis Teixeira)


Alguns poemas de Siomara Reis Teixeira

 
RENASCIMENTO
 
Tal qual a princesa encantada
Que enfeitiçada, ficou por longo tempo, adormecida
Fui agora com um longo beijo, despertada
Da ilusão não sou mais a escrava entorpecida.

Pela mentira cruel não serei mais violada.
O principe real, desta vez chama-se vida!
Traz esperança profunda e equilibrada,
Traz certeza que explode na alma, incontida.

Não fere, não machuca, não me julga alienada.
Acarinha o ego, deixa a casa mais florida
E por Deus não mais me sinto abandonada.

A falsidade do algoz finalmente foi banida.
É triunfo sobre a maldade arquitetada.
Paz profunda que não pode ser medida!

[RE] ESCRITO
 
Hei, sabe o que acho esquisito?
A forma que usa p’ra atrair minh’atenção
Perspicaz, instiga meus versos em composição
P’ra logo depois, simular que não existo

O que faço então? Tristemente...Desisto!
Já vai longe o tempo em que entreguei emoção
A quem por mim, não tinha consideração
Sigo em frente, reticente; mas não insisto

Maldoso foi o causador de tudo isto
E maldito seja o dia da rejeição
No entanto, a fêmea, desacreditou do paraíso

A mulher cala e melancólica fala ao [in] finito
Anseia carinhos em ímãs, nas rimas do coração
Solitária, beija um doce poema a ser [re] escrito


HOMEM MENINO
 
No homem que se diz menino
Um gentil cavalheiro, herdeiro da paz
Inebriada, deixo as dores lá atrás
Colorida surpresa, um real desatino

Uni [verso] de [in] versos, descortino
Da mansidão doce, que envolve tenaz
A lírica ternura do canto, audaz
Incita desejos, com olhar de felino

Exposta em resposta, a tudo imagino
Urgente meu corpo, suplica mordaz
Atiça e provoca; vem ser inquilino

Pertinaz, me mostra teu ser libertino
O prazer delirante em apetite voraz
Esqueça a candura, te quero ferino


AMOR MEDIEVAL
 
Seus olhos... Espelhos d’alma mais bela
Em que mergulho suave e bem fundo
São meus sonhos na mais linda aquarela
Retratando o que sinto, refletindo meu mundo

Paixão sincera sublimada na esfera
Fecho meus olhos por breves segundos
Vejo então, pergaminho, tinta e vela
É real em sentimentos fecundos

Esta escrevendo p’ra sua donzela
Envolto em mistério mantém o assunto
Distante da plebe e suas mazelas

Exalta a emoção de um amor oriundo
De anseios estros glorificados na espera
Cavaleiro cortes, cordato e profundo


DELICIOSA MAGIA
 
Parece magia, aparece do nada
Surge lindo, vem sorrateiro
Como saído de estória encantada
Mago, bruxo, dos versos, feiticeiro

Assim, amanheço em teus sorrisos, nem fico cansada
E anoiteço em teus desejos, te quero inteiro
A vida é leve, na mais longa e árdua estrada
Desperta a vida, em colorido vítreo e faceiro

Da dor que outrora, andei de mãos dadas
Substituo pelas flores do ardor, em teu esteio
P’ra minha vida, não estou mais calada

E nas defesas do teu ser sensível e fagueiro
Concluo que sabe amar, como jamais fui amada
Da minha história é o início, o fim e o meio

O Verdadeiro Amor
 
Absorta e em seus propósitos envolta
No domínio que o coração conduz
Aberta à psique, que afoita,
No ímpeto da paixão, seduz!

Seduzida, pois,
Não sente que se fere ou açoita!
Sentimento divino que só a ternura induz
Imensa, intensa, avessa aos descaminhos

Só sabe amar e amar e o seu coração,
A cada dia mais e mais amor produz
Segue, vai adiante, fluida em seu caminho.
Não mais importa se amar tão só, é destino.

Assim, diafanamente sobrevoa a emoção
E entregue, envolta em luz,
Conspira à memória solta, em ação.
Sim, é o verdadeiro amor, deduz!

©Siomara Reis Teixeira
Todos os direitos autorais reservados a autora.

Um comentário

Anônimo disse...

Os meus sinceros parabéns a Siomara!

Gostei de ler.

Abraço