Janaína Michalski [Jornalista, Apresentadora e Escritora Brasileira]

Janaína Michalski nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 1976. Antes de começar a escrever, estudou artes cênicas e trabalhou nas trupes de teatro na rua: Esquadrão da Vida, em Brasília e Tá na Rua, no Rio de Janeiro.

Formada em Jornalismo, trabalhou na implementação da TV Comunitária de Brasília, nos primeiros passos da democratização das concessões em telecomunicações no Brasil. Na Rede GTA - Grupo de Trabalho Amazônico - participou de projetos sociais envolvendo educação ambiental e rádios comunitárias nos nove estados da Amazônia Legal. Foi apresentadora de TV, produtora do Jornal Nacional da TV Globo e editora da Globo News. 

Em 2008, junto com o escritor Márcio Vassallo, adaptou para o teatro o livro 'A princesa Tiana e o sapo Gazé”. Seu conto Princesa Descombinada integrou a publicação Leituras Compartilhadas/Princesas Africanas de 2009, uma das mais respeitadas revistas nacionais da área de educação, editada pela Ong Leia Brasil e distribuída a uma rede de milhares de professores.

Atualmente é redatora publicitária de agências no Rio de Janeiro e roteirista de vídeos institucionais e documentários. 

Pela editora Nova Fronteira, Onde o Sol não Alcança marcou a sua estréia na literatura infantil. O livro já integra a lista dos 10 melhores lançamentos de 2009 do grupo Roedores de Livros, de Brasília.  

“Mais do que contar uma deliciosa história de amizade entre duas meninas vizinhas, Janaína nos faz ver a superfície das coisas, das pessoas e de nós mesmos, com uma fundura rara, achando poesia num muro que aproxima crianças, em vez de afastá-las, no percurso de uma varanda da frente para a varanda de trás, num olho parado nas cores, numa cor que mexe com um olho... Com estas suas encantadoras reparações, Janaína Michalski é uma escritora que chega para ficar. Bem, na realidade, ela também fica para chegar, e alcançar, a emoção de muitos leitores.”

Márcio Vassallo, escritor

ONDE O SOL NÃO ALCANÇA (ilustrações de Alê Abreu, Nova Fronteira) é um livro sobre amigos. Mais que isso: conta sobre como nasceu a amizade entre Nana e Ana Paula. Uma história que começa no quintal, sobe o muro, se avizinha e ganha a rua até ficar no coração da gente. Apesar de ser o seu primeiro livro, Janaína Michalski mostra muita intimidade com a arte de pescar palavras. E ela pesca as mais bonitas para a sua história.

As ilustrações de Alê Abreu dão mais calor ao texto. Caprichos de grafite e lápis de cor. As páginas do livro estão repletas de tardes quentes.

As páginas foram “publicadas” em livros e postes

Janaína Michalski tinha três livros engavetados, enfrentando dificuldades para publicá-los e sentindo falta de trocar com o público. “Tem muita coisa no mundo editorial que empaca a vida do escritor. Eu estava com necessidade de passar adiante, ser lida, ter um feedback das pessoas”, diz ela.

A partir dessa necessidade que as palavras foram escorrendo para outros espaços além do livro convencional: primeiro, para as redes sociais, onde as pessoas curtiram os pequenos posts com o tema “Não duvide”, e, depois, para as ruas.

As 11 páginas de “Não duvide”, o livro livre criado por ela, acabaram parando em muros grafitados, postes, um orelhão e a mureta de um córrego. Em todas elas, a escritora chama a atenção dos leitores para “os sinais inequívocos do amor” em frases como “Se a ausência é presença, não duvide: é amor”, que tiveram fontes de inspiração diversas – até em uma briga de trabalho.

Satisfeita com os retornos que recebeu pelo amor espalhado pela Tijuca, a escritora, agora, planeja publicar “Não duvide” pelas ruas do Flamengo.

“Essa coisa de ocupar a rua, para mim, é importante. Eu quero continuar fazendo isso com outros livros também. Eu só quero ser lida e dar para o mundo o que o mundo me dá.A partir de agora, vou estar nas ruas direto”, promete.

Quem não esbarrou com as páginas do livro por aí, pode fazer a leitura na íntegra no álbum da escritora.

Tenho feito aulas de graffiti para levar meus versos aos muros da cidade sem que fique parecendo pichação (nesse sentido, tenho lindos projetos para o ano que vem). Para isso tenho exercitado também a escrita mais enxuta possível e comecei a postar pequenos versos no Facebook. Os leitores viram logo como uma série. Recebi várias mensagens de pessoas que gostavam e que diziam que aquilo parecia um livrinho de bolso. Gostei da ideia, mas não queria que fosse mais um original na eterna fila das editoras. Assim, o livro é livre da aprovação do mercado editorial, livre de festa de lançamento, livre de impostos, de direitos autorais, de ilustração, de prêmios, de notinhas nos jornais... De tudo isso que mais afasta do que aproxima escritores e leitores.

Acredito que a rua, como espaço público, é o lugar mais natural e autêntico tanto para a expressão artística, quanto para qualquer tipo de manifestação. As galerias, os palcos e as livrarias são espaços de elitização da arte. Só tem acesso quem tem dinheiro e educação para aquilo. 

Fontes:

http://roedoresdelivros.blogspot.com.br/2009/07/bons-e-velhos-amigos.html

http://www.agenciariff.com.br/site/AutorCliente/Autor/53

http://sinceramenteseila.blogspot.com.br/

http://www.gogojob.com.br/2012/11/08/livro-publicado-nas-ruas-do-rio-de-janeiro/

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Janaína Michalski

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