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Adilson Roberto Gonçalves [Químico, Professor e Escritor Brasileiro]

Adilson Roberto Gonçalves-Graduado e Licenciado em Química pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (1989), com Mestrado (1991) e Doutorado em Química (1995) pela mesma UNICAMP, tendo passado dois anos na Alemanha no Instituto Federal de Pesquisas Florestais (Hamburgo 1992-1994). Em 1998 encerrou o Projeto Jovem Pesquisador financiado pela FAPESP, marca de seu Pós-Doutoramento em Conversão de Biomassa Vegetal pela FAENQUIL. Atualmente é professor assistente doutor da Escola de Engenharia de Lorena - Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Conversão de Biomassa Vegetal, Aproveitamenteo de Resíduos Agrícolas e obtenção de insumos químicos dentro do conceito de biorrefinaria. A ênfase é em Química da Madeira e de Materiais Lignocelulósicos, atuando principalmente nos seguintes temas: bagaço e palha de cana, biocombustíveis, polpação organosolv, branqueamento enzimático, compósitos, oxidação e derivados de ligninas e biodegradação de bagaço e palha de cana. (Fonte: Currículo Lattes)


Auxílios à pesquisa concluídos (mais recentes)

Implementação da rotina de análise quantitativa por infravermelho na região do ftir-nir aplicada a materiais e processos químicos e biológicos, AP.EMU
Celulose de bagaço e palha de cana-de-açúcar: modificação química e aplicação como reforço de compósitos de polipropileno, AP.ICJR
Celulose de bagaço e palha de cana-de-açúcar: modificação química e aplicação como reforço em compósitos de polipropileno, AP.R

Bolsas no país em andamento (mais recentes)

Estudo das propriedades mecânicas, interface e morfologia de compósitos de polipropileno reforçados com celulose da casca do café, BP.IC
Estudo da incorporação de lignina em membranas filtrantes de acetato de celulose com enfoque na remoção de íons de metais pesados, BP.IC
Isolamento e caracterização da lignina de palha de cana-de-açúcar, BP.IC

Bolsas no país concluídas (mais recentes)

Conversão enzimática do bagaço de cana-de-açúcar com recirculação dos resíduos recalcitrantes, BP.IC
Estudo do branqueamento químico e biobranqueamento de polpas etanol/água de casca de café por ação das enzimas lacase e xilanase, BP.IC
Aplicações da celulose de palha de cana-de-açúcar: obtenção de derivados partindo de celulose branqueada e de biocompósitos com poliuretana obtida a partir de óleo de mamona (Ricinus communis l.), BP.MS


vazios internos

Fantasmas pululam minha existência,
fervem dentro de minha alma,
forçando criar sua própria vida
com consciência.
Pensamentos se confundem com sentimentos
e o agridoce do dia-a-dia sorvido
vai goela abaixo liberar as lutas intestinas,
desde o pé até o ouvido.
Mais que ouvir, degusto minha podridão inexorável
sabendo que a seiva de um possível amor
apenas se diluirá neste mar infernal
de onde brota uma plácida dor.
Afugentar estas vis sombras do além
já me é tarefa desprezada,
pois o sono mais uma vez domina minhas lacunas
e saberá me conduzir ao reino dos lúcidos loucos como ninguém.

a volúpia da dança

No ritmo da orquestra ao fundo
flutuas pelo espaço
e vens agonizante pedir o enlace de meus braços.
Tango que envolve,
não quero que pares.
Continua neste ritmado movimento
no entrelaçar de nossas pernas, sincronizando
os milímetros que separam nossos sapatos
(brilhantes e envernizados para o momento),
dedos se espremem para conter
a fenda do vestido
Sinto tuas mãos já suadas, calorosas
no acompanhar do som penetrante:
rá-tá, tá, taá-tá...
E tua cintura cabe em minhas mãos
os olhares se encontram em uma dimensão paralela
não podemos perder o ritmo.
A dança se aproxima do orgasmo final.
Aplausos!

Tragédias humanas e urbanas

Recomeçamos o ano com as tradicionais chuvas. Junto, aparecem as inundações, os deslizamentos e as tragédias humanas e urbanas. Forte comoção, mobilização de vários setores no socorro às vítimas e liberação de verbas para reconstrução do que se perdeu - os bens materiais, porque a vida pode ter seu preço mas não tem valor que a pague. Em Lorena, houve alertas para os moradores de áreas ribeirinhas, gerando confusão e desespero para abandonar as casas. Não foram registradas (pelo menos não ainda) inundações e destruição como as do ano passado.

Os interesses eleitoreiros, populistas, demagógicos, individuais e financeiros ainda predominam no que diz respeito ao clima e ao meio-ambiente. Washington Novaes em artigo publicado no Estadão em 8/1 toca em pontos nevrálgicos ("Olhar para o céu, tomar decisões", http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100108/not_imp492355,0.php), mostrando que a ciência ainda está longe da política e questões ambientais ainda são vistas como corpos estranhos na administração pública. E quando os políticos do partido que tem no nome a defesa do meio-ambiente são os principais signatários das articulações para autorizar loteamentos em áreas de várzea e de proteção permanente? Em municípios pequenos, as "verdinhas" são mais fortes que a clorofila.

Quando se solicitam ações e recursos em projetos para recuperação arbórea, para limpeza de cursos de água, para educação ambiental e obras de contenção, a resposta é categoricamente um NÂO, com justificativa da falta de orçamento ou outras priorizações. Agora, quando a tragédia acontece, aparece o recurso. Fato é que ações para se evitar os problemas não dão votos. Ajudar os desabrigados sim. A dúvida agora não é se acontecerá outra dessas tragédias anunciadas e sim onde e quando.
12/01/2010


Adilson Roberto Gonçalves
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

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