Quem pode fazer música?
Acredito que todos podem fazer música, mas é claro que existem os que possuem maior facilidade que outros, essas facilidades remetem a um bom ouvido, a um certo contato com o meio musical e o mais importante: dedicação e prática. Sem suor nada se cria e nada se transforma.
Ensinar música para alunos não músicos é sensibilizar e estruturar a linguagem musical. O ouvinte passa de passivo para ativo, um ouvinte que começa escutar e identificar os códigos sonoros e partes que compõem a música e a partir disso constrói a sua interpretação. O “ouvir” música sempre estará presente, sejá nos apreciadores ou nos produtores. Mas o “fazer” encontra–se somente nas mãos daqueles que produzem música. Se o interesse é em produzir, então, como em qualquer outra área, exige-se conhecimento e especialização, um processo gradual e muito pessoal.
As expectativas de ingressar nesse universo devem ser, primeiramente, alinhadas com as limitações e desejos pessoais e, posteriormente, com os fatores reais. Isto é, frustrações e preconceitos podem ser facilmente evitados se as esferas do imaginário e da realidade trabalharem juntas à favor do objetivo que se quer atingir. Acredite no que você pode trazer de novo, no que é seu e que deseja dividir com os outros. O único fator que impede você de fazer música e de concretizar o que almeja é a falta de comprometimento naquilo que você acredita.
Quando os Beatles acabaram, Paul McCartney, começou tudo do zero com sua nova banda chamada Wings. Entrou dentro de um ônibus e foi tocar em universidades e bares até construir um novo público, apenas com o repertório do Wings. “Seria o caminho mais fácil eu continuar só tocando as músicas dos Beatles, não era isso que eu queria”. Só depois da banda se consolidar é que Paul começou acrescentar algumas canções dos Beatles no repertório. Até hoje é assim, Paul é um sobrevivente de uma era, sempre reinventando-se e não apenas descansando em cima dos louros do passado. Isso é um comprometimento com a sua música e o público sente isso.
Bruna Repetto é cantora, compositora e jornalista. Gaúcha de Porto Alegre, Bruna se interessou desde cedo por música. Aos 5 anos, já passava as tardes cantando na casa de uma vizinha pianista. Aos 18 anos, iniciou seus estudos de canto erudito e fez parte do coral da OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Em 2000, Bruna viajou para Boston – EUA para estudar jazz na renomada universidade Berklee College of Music. De volta ao Brasil, terminou a faculdade de jornalismo na universidade PUCRS e mudou-se para São Paulo. Em 2006, graduou-se em música pela Faculdade Souza Lima & Berklee e foi convidada para lecionar canto no Conservatório de Música Souza Lima. Em 2010, depois de oito meses de trabalho como produtora, compositora e intérprete, lançou seu álbum de estréia chamado Em Movimento. Além do trabalho autoral, Bruna compõe trilhas sonoras e material publicitário. Recentemente, a cantora gravou com o violonista e compositor da Bossa Nova, Roberto Menescal, um álbum lançado no Japão. Como jornalista cultural, faz colaborações para o Jornal do Brasil e Zero Hora. É idealizadora do curso Música:hobby, profissão ou negócio? Tudo o que você sempre quis saber e não tinha a quem perguntar. Em 2011, lança seu primeiro livro pela Edipuc, chamado Quando a música entra em cena. Atualmente, está em produção do seu próximo projeto musical. Sites: www.brunarepetto.com/ - www.facebook.com/pages/Bruna-Repetto/207586755949882?ref=hl
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