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Rio de Janeiro ou de Março? [Dy Eiterer]

Rio de Janeiro ou de Março?

“O Rio de Janeiro continua lindo

O Rio de Janeiro, fevereiro e março...”

O Rio é de Janeiro, mês em que eu me preparei para me mudar e ser recebida pelos braços abertos do Cristo Redentor há alguns anos atrás...
 
O Rio é de Fevereiro, mês que me mudei para a cidade Maravilhosa, mês do carnaval, de sol, de sal, de mar...

O Rio é de março, primeiro de março! Completando hoje seus 448 anos de existência, charme e encantamento sobre os seus cariocas, privilegiados por nascerem na terra onde os 3 “s” são constantes (Samba, Sol e Sal) e, claro, sobre aqueles que não nasceram em suas terras, mas tiveram o prazer de conhecê-la!

O Rio de Janeiro é balanço bom, samba-rock-bossa-blues que se reflete no andar dos cariocas: elas a balançar as barras de suas saias pela orla da Barra, Ipanema ou Copa ou ainda distraídas pelo Passeio (Público) num fim de tarde. Eles com sua malandragem, jeito gingado e atraente com suas pranchas, bermudões ou devidamente engravatados, na correria frenética que nos embala.

Ah, o Rio de Janeiro... se eu pudesse não ia nunca deixar esse lugar pra trás... ou melhor: puxaria seu mar pra mais perto das Minas Gerais! Tomaria um mate gelado com meu ‘pãdiquêjo’ sentada em uma montanha, molhando meu pé no seu mar!

Se eu pudesse nunca mais esquecer os momentos que passei aqui... não perder nenhum instante, nenhum lugar que visitei, meus olhos famintos de novidades e brindados a cada piscada com o novo!

Terra de samba... muitas rodas de samba! De cerveja gelada, de amigos animados!

Terra de suor... de gente que levanta cedo pra trabalhar, pra estar lá quando a gente vai por trabalho!

Terra que não dorme nunca! Seja em sua vida boêmia, seja em seus braços trabalhadores. A engrenagem não pode parar. Nossos sonhos têm que continuar e lá se vai o Rio de Janeiro os embalar!

Terra de história! De museus maravilhosos onde o cheiro dos séculos passados ainda está preso nas cortinas de veludo e brocado e os passos ecoam nas tábuas corridas de seus corredores.

Terra das artes, das belas! Onde desfilam por nós Tarsila, Pedro Américo, Niemeyer, Portinari, Rembrandt e Renoir, Burle Max e Mestre Valentim.

Terra de mares... É o Rio que navega pro mar ou é o mar que não resiste e joga as suas ondas para o Rio? Paixão recíproca entre o azul profundo e o laranja dourado, que doura as peles, aquece os corações e faz de nosso despertar um eterno carnaval, essa folia que se dá no peito cada vez que amanhece mais um dia.

Rio de ventos e velas, de mansões e favelas, de gente nova e velha, que mescla sentimentos e emoções, que acolhe, que aquece, que entorpece!

Ao Rio dos meus encantos, de janeiro, fevereiro, de todo ano, que seus 448 anos sejam saudados por todos que te conhecem e que te amam!

Que seu encanto não permaneça, aumente!

Que o mundo te conheça e se apaixone!


Dy Eiterer. Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Edylane é Edylane desde 20 de novembro de 1984. Não ia ter esse nome, mas sua mãe, na última hora, escreveu desse jeito, com "y", e disse que assim seria. Foi feito. Essa mocinha que ama História, música e poesia hoje tem um príncipe só seu, seu filho Heitor. Ela canta o dia todo, gosta de dançar - dança do ventre - e escreve pra aliviar a alma. Ama a vida e não gosta de nada morno, porque a vida deve ser intensa. Site:Dy Vagando

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