Startup
brasileira “inventa” escrita colaborativa e ganha apelido de “YouTube dos
livros”
Widbook
funciona como rede social: internauta curte textos e segue autores
Felippe
Constâncio, no R7
Da esquerda
para a direita os fundadores da startup, André Campelo, Joseph Bregeiro e
Flávio Aguiar / Divulgação
A história
da startup brasileira Widbook faz jus ao dito popular: “a necessidade é a mãe
da criatividade”. Isso porque o professor de química da Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas) precisava ouvir questões e observações de alunos que
lessem seus textos, mas com apontamentos no próprio projeto.
Os
programadores Flávio Aguiar, André Campelo e Joseph Bregeiro então criaram e
aperfeiçoaram ferramentas colaborativas – o que deu origem a uma rede de
escrita inédita – a Widbook, fundada em junho de 2012, com o aporte financeiro do fundo W7 Brazil Capital.
Batizada
pelo site de Mashable de “YouTube dos livros”, a startup funciona como uma rede
social em que os amantes de livros têm que ser convidados a participar. Como em
outras redes, eles criam uma conta e em seguida já podem socializar.
— O usuário
cria uma estante com seu perfil literário, mas o Widbook não é só para
escritores. A pessoa pode publicar seu projeto. Outra veem e faz uma
observação. O autor inicial pode concordar ou não. Se ele aceitar, o nome do
segundo usuário já entra como coautor. A obra final pode ser criação de
bastante gente.
A Widbook
permite também que o usuário siga seus inspiradores ou autores favoritos,
“curta” obras e convide membros para escrever em parceria. Qualquer membro pode
compartilhar conteúdos, criticar, revisar ou editar – tudo depende da aprovação
ou não da intervenção no texto, como conta o cofundador Joseph Bregeiro.
— Além de
unir quem é bom em iniciar um projeto e depois não consegue tocar com um que
sabe continuar, a plataforma é ótima para quem quiser ter uma publicação em
outro idioma. Por ser global, a Widbook permite que o falante de outro idioma
observa algum deslize em sua língua na obra traduzida.
Um exemplo
recente de título escrito de forma colaborativa é o Lollapoloza. O livro tem
quatro autores que fizeram a cobertura do evento e está disponível em
português, inglês e espanhol.
Hoje, a Widbook tem mais de
30 mil membros, com maior concentração nos Estados Unidos, no Brasil e na
Índia. Em pouco mais de um ano, a rede acumulou mais de 1.100 livros virtuais
já publicados e outros seis mil em confecção.
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