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Vista aérea de Salvador |
Salvador, New York Times e o fundo do poço
“Salvador está no fundo do poço, mas eu não vou junto!”
Todo mundo que me conhece sabe que eu não morro de
amores pela Bahia. Acho a terra do acarajé com cocô um antro de gente medíocre,
bagunceira e desonesta. Vivo num eterno dilema de querer ir embora de vez e não
ter grana suficiente pra me manter em outro lugar. Porque sair da merda pra
passar fome não tô afim. Mas na primeira oportunidade: adeus Bahia!
Nada nessa terra funciona. O trânsito cada vez mais
caótico. O barulho dos pagodes e afins ensurdecedor. A educação do baiano
deprimente. Os intelectuais perdidos dentro dos seus egos inflados. A educação,
saúde e segurança pública são piadas de fim de tarde na fila gigante do SUS.
Fora que Salvador é uma cidade sem oportunidades. Sem oportunidades para quem
tem diploma, pior ainda para quem não tem.
Como todos sabem, vivemos num totalitarismo de
esquerda. A rubra súcia domina o governo medíocre do PT, as universidades
compradas por falsas ilusões de que você tem quer ter um diploma para ser
feliz, a mídia provinciana, a cúpula vendida da CBF e a Comissão de Direitos
Humanos e Minorias patética e o nosso Congresso Nacional lamentável. O
pensamento que se queira libertário não pode ser outra coisa, portanto, senão
reacionário. Como reacionários são as postagens nas redes sociais quando você
não comunga com a opinião geral dessa massa de manobra. O povo brasileiro não
pensa, vive de compartilhar opiniões errôneas sobre todos os assuntos.
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Sede do The New York Times |
Ontem, 10/11, uma vergonhosa matéria veiculada no
jornal The New York Times destacou a revolta dos soteropolitanos diante do que
eles chamaram de “realidade escura” da capital baiana, ao citar a violência que
transformou a cidade “bastião da cultura popular brasileira” na capital de
homicídios do país, em meio a um trânsito que está entre os mais caóticos e
violentos das cidades sul-americanas. Fora os toques de recolher em muitos
bairros, barbárie por toda parte, número alarmante de homicídios,
infraestrutura precária. E só agora o mundo parece ter descoberto que Salvador
vive uma guerra civil velada. Mas o soteropolitano insiste em fazer “vista
grossa” para tudo e fica apenas esperando o próximo carnaval. Somos uma cidade
morta. Mas nos achamos bons demais para admitir isso. Estamos vivendo o fim.
O The New York Times cita ainda a metamorfose medonha
de Salvador, de um “distrito litorâneo elegante”, em área de criminalidade e
prédios abandonados, “melhor descritos como ruínas”, e até ouviram o
antropólogo Antonio Risério: “Não somos uma cidade falida, mas somos um lugar
onde a classe média vive com medo”, resumindo o baiano ao jornal, depois de
citar a mediocridade dos “nossos líderes políticos”. A matéria ainda afirma que
os novos shoppings centers, as mega-igrejas evangélicas e os super seguros
condomínios fechados (*aquilo que estão fazendo na Ladeira do Cabula é uma
aberração, na primeira chuva vai tudo à baixo) coexistem com uma onda de crimes
violentos que transformou a cidade na “capital brasileira dos assassinatos”.
Para provar seu ponto de vista, o New York Times conta a história de ao menos
sete casos de homicídios e estupros ocorridos em Salvador.
Mas só agora o mundo já enxerga – por causa das
proximidades da Copa do Mundo – que Salvador no século XXI é uma cidade
provinciana, execrável, violentíssima, decrépta e arruinada. O New York Times até comparou até Salvador
com outras grandes cidades brasileiras. “Salvador tem hoje mais homicídios por
ano que qualquer outra metrópole brasileira, incluindo a megacidade São Paulo,
que é quatro vezes maior”, informou, ao relatar a forma “surreal” e “aguda” que
a violência cresceu entre os soteropolitanos. “Vítimas de homicídios têm sido
encontradas decapitadas, como o caso do corpo achado depois de ser torturado em
uma via até o aeroporto, como no caso do suspeito de estupro que sofreu uma
emboscada de moradores em uma favela chamada Bairro da Paz”, diz o texto, que
lembra ainda a morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle, no bairro de Ondina, após
uma briga de trânsito com a médica Kátia Vargas, no mês de outubro. Porém, como tão bem disse o meu amigo Leo
Pirão: “o soteropolitano insiste em não ter autocrítica, em hiper valorizar a
sua cultura da alegria hedonista e em se achar o melhor dos seres deste
planeta. O povo desta terra sente orgulho de construir, dia após dia, a sua
própria desgraça e nunca assume a responsabilidade sobre isso”. E quem há de negar que é preciso reagir?
Quando terroristas, gays, índios, quilombolas, vândalos, maconheiros e
aborteiros tentam levar a nação para o abismo, ou os cidadãos de bem se unem,
como na saudosa Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que nos salvou do
comunismo e nos garantiu 20 anos de paz, ou nos preparemos para a barbárie.
Agora eu pergunto: teremos alguma chance de um futuro melhor desta forma?
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Salvador possui uma taxa de homicídios muito acima da média nacional |
Em suma, peço perdão aos antigos leitores dos meus
blogs excluídos pelo Google, numa ação de censura patética, mas desde já, se
minha nova persona não lhes agradar, mas no pé que as coisas estão é preciso
não apenas ser reacionário, mas sê-lo de modo grosseiro, raivoso e estridente.
Do contrário, seguiremos dominados pelo crioléu, pelas bichas, pelas feministas
rançosas e por velhos intelectuais da USP, essa gentalha que, finalmente
compreendi, é a culpada por sermos um dos países mais desiguais, mais injustos
e violentos sobre a Terra. Me aguardem. Salvador está no fundo do poço, mas eu
não vou junto!
Elenilson Nascimento.
Seu instrumento de trabalho: a literatura. Suas vítimas: os leitores
incautos. Sua meta: criticar, escrever, publicar, deliciar. Sua cara:
ainda pouco veiculada. Seu endereço: desconhecido. Seu diálogo com o
público: um monólogo interior. Seu número de telefone: nem mesmo sua
família sabe. Ele é um ex-professor (*que não acredita mais em educação e
nem em instituições desse país), escritor desaforado, poeta indignado, e
como se não bastante, ficcionista de mão cheia. Já participou de várias
antologias pelo país, 1º Lugar no I Concurso de Literatura Virtual e
classificado no II Prêmio Literário Livraria Asabeça 2003. Autor de
alguns livros desaforados e, assim, vai seguindo e experimentando dessa
dor de fazer o novo diante de uma vanguarda feita de elite e de passado.
Mas o que mais me orgulha foi ter colocado no ar (desde 2003) o blog
LC, pois "...na esquina da cadeia desemboca o enterro. O caixão negro,
listado de amarelo, pende dos braços de quatro homens de preto. Vêm a
passo cadenciado os amigos, seguindo, o chapéu na mão, a cabeça baixa.
As botas rústicas, no completo silêncio, fazem na areia do chão o áspero
rumor de vidro moído." Pronto, esse sou eu. Quer saber mais, então
manda sinal de fumaça! Sobre o Blog: A Web é uma fronteira por onde eu
(ainda) posso expandir as minhas linhas tortas. Este blog é o início da
minha campanha rumo a minha expulsão da ABL. O primeiro passo poderia
ter sido o Twitter, mas lá é um território arrogante de irredutíveis
gauleses. * Me siga pelo Twiiter: Elenilson_N
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