O amor acaba quando não sabemos amar
Não amigo, você não entendeu , entendeu errado, ou por
fim, não quis entender, deixou o seu machismo falar mais alto em você. Hoje
reclama sem razão, pois nunca foi ela, mas sempre você quem não soube
entendê-la, não foi ela quem te deixou, mas você quem a perdeu, não foi ela
quem deixou de sentir, mas tu que nunca soubeste amá-la.
Tu reclamas a mim a tua história, dizes-me que tudo que
tinha e podia ofereceu, deu, entregaste, tu só não se lembras do maior e mais
importante presente de todos, tu mesmo. Tu ofereceste coisas, mas nunca se deu
nunca se deixou amar, soltava presentes, bens, mas o teu bem, o teu coração,
isto, a ela nunca deu, entregou, permitiu.
Ela nunca quis o seu relógio de ouro, apenas e sempre
quis o seu tempo, estar com você, viver você, sentir você. Pouco importava o
palácio que a pudesse proporcionar lazer e segurança, conforto e bem estar,
antes melhor fosse uma cabana, desde que tu lá morasses junto a ela e a fizesse
feliz não pelo que havia, tinha, podiam comprar, mas pelo sentimento que estava
lá a habitar, o carinho, o afeto, a compreensão, a simpatia, o sorriso de
cumplicidade. Ela queria morar em ti, no teu coração, nos teus pensamentos.
Jamais pensou em ter as roupas caras e da moda, da
estação que você comprava e deixa sobre a cama embrulhada com fino papel, ela
queria apenas que você a despisse e a amasse com desejo e paixão, que lhe
retirasse todas as roupas e a possuísse sem nada, penetrasse em seu corpo,
despertasse a sua alma.
Ela nunca pensou em ter o seu mais gostoso e
arrebatador sexo, mas que você a entendesse no silêncio de depois, encostasse
junto a teu peito, a abraçasse e lhe falasse da vida, das coisas, do quanto a
amava e sentia a aquele momento, a presença dela na sua vida. Nunca pensou em
ter o seu dinheiro, o seu cartão de crédito, sempre preferiu a sua companhia, a
sua mão, o seu braço, mesmo na falta, no pouco, na ausência, na carência, ela
queria apenas você, tê-lo.
Não a liberdade de ir e vir, somente quis sempre estar
presa você, colada, eternizada ao seu lado provocando ciúmes, invejas,
despertando cobiça nos corações alheios. Nunca lhe valeram os perfumes caros
com que a presenteavas, ela suspirava apenas pelos seus fungados, pelo seu
suor, pelo seu cheiro de homem, o homem dela, o animal que ela tanto amava,
desejava e sonhava.
Jamais teve a ousadia de a tua intelectualidade ter e a
ti se comparar, não esperava que tu a ensinastes a viver, sempre preferiu a sua
simplicidade numa manhã de domingo, o teu sorriso no café da manhã, a sua
atenção para coisas amenas e pequenas, a sua dedicação.
O que ela sempre quis foi a apenas você. Ela hoje se
foi, talvez com uma mala enorme, levando coisas, mas sem o mais importante, o
teu sentimento, o seu amor. o amor, um coração não precisa ser comprado, mas
alimento com sentimentos, com carinho, com afetos, o amor não precisa de
coisas, precisa de pessoas, de presença, de vida.
Hoje tu choras, mas espero que a vida tenha te ensinado
a vida, como costumo dizer, ninguém precisa nos condenar, julgar ou condenar, a
vida tem as suas próprias formas e maneiras de nos ensinar a viver, espero que
agora tu possas pensar melhor em ti e no que fizestes da tua própria vida e dos
bens que um dia possuíste, o amor de uma mulher.
Jornalista e Professor
Ronaldo Magella é
professor, poeta, escritor, blogueiro, radialista, jornalista,
cronista, tem 33 anos, é do signo de peixes, não gosta de futebol,
prefere livros, é formado em Letras e Jornalismo pela UEPB, tem
especialização em linguística, e agora é acadêmico de Pedagogia pela
UFPB, adora MPB, Rock, café, romance, paixão e café, não nessa ordem,
trabalha hoje com internet, rádio, assessoria de imprensa, leciona,
sonha e vive, mas sonha do que vive, afinal, enfim.
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
Nenhum comentário
Postar um comentário