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Retrospectiva 2013: 10 melhores sites do ano [Jessica Soares]

Retrospectiva 2013: 10 melhores sites do ano



Em menos de 365 dias, mais de 150 milhões de novos sites apareceram na Internet. Isso quer dizer que, nesse ritmo, bastaria menos de um, dois, três segundos para puf!, 14 novos endereços serem criados e se juntarem aos 785 milhões de websites atualmente ativos. Pois é, colega, a internet é um mundo vasto. Para você não se perder (muito) por aí, relembramos agora 10 sites que se destacaram em 2013:


Um garoto transexual compartilha um depoimento sobre opreconceito diário que vive em sua escola. Um comediante brinca sobre os avôsracistas que todos já tivemos e a mudança da representação racial na televisão e na sociedade. Uma empresa incrível que não faz bonecas e casinhas para meninas. Estas são só algumas das coisas que você vai encontrar ao visitar o Upworthy, um site com uma missão: chamar a atenção para questões relevantes através de um conteúdo instigante, compartilhando histórias inspiradoras com alto poder de viralização. Criada há pouco mais de um ano, a iniciativa está dando certo: a página do site já foi curtida por quase 5 milhões de pessoas, que ajudam a divulgar casos incríveis diariamente. Vale a pena conhecer.



Lançado ao público em junho de 2012, o Duolingo pode parecer, inicialmente, apenas um “cursinho online”, que oferece aulas de espanhol, francês, alemão, italiano e português para falantes da língua inglesa, e aulas de inglês para falantes das línguas portuguesa, espanhola e italiana. Já seria uma iniciativa bacana se parasse por aí, mas a proposta do site vai além: alia o ensino gratuito de línguas à tradução de conteúdos reais da internet. Aos céticos de plantão, o aviso: o sistema, criado por Luis von Ahn (o mesmo que teve a ideia de digitalizar obras antigas através do reCaptcha), realmente funciona. Um dos casos mais recentes é a versão brasileira do site americano BuzzFeed, que chegou ao país em outubro graças aos estudantes do Duolingo que, através de suas lições no site, ajudaram a traduzir o conteúdo da página de conteúdos virais mais pop da internet.



Voltado para a discussão sobre feminilidade, o site Think Olga, criado pela jornalista Juliana de Faria, ganhou maior destaque em setembro quando foi lançada a campanha Chega de Fiu-Fiu, contra o assédio sexual em espaços públicos. Trazendo dados de pesquisa realizada pela jornalista Karin Hueck com 7.762 mulheres brasileiras, o espaço revelou, em dados e depoimentos, algo que pode ter chocado uma ou outra pessoa por aí: ao mesmo tempo em que 98% das mulheres declararam já ter recebido cantadas na rua, 83% das entrevistas responderam que não, não acham isso legal. Veja a pesquisa completa aqui.



Foi sem muita cerimônia que o Google anunciou o fim do seu leitor e agregador de feeds RSS, o Google Reader, em março deste ano. Ao falar sobre a decisão, a empresa explicou que, apesar da base fiel de usuários, o serviço online estava estagnado, com a taxa de novos adeptos caindo. Se os reader-lovers ficaram cabisbaixos com o pragmatismo da empresa de Mountain View, os concorrentes comemoraram a chance de abocanhar uma fatia dos desamparados. E o Feedly parece ter se dado melhor na corrida. Apenas 48 horas após o anúncio do Google, o serviço (que então estava disponível apenas como aplicativo para navegadores e dispositivos móveis) registrou 500 mil novos usuários. Em abril,3 milhões de pessoas já haviam migrado. Em maio, o Feedly lançou seu serviço em nuvem e o disponibilizou em versão web, sem necessidade de plugins, ultrapassando a marca de 12 milhões de usuários. Nada mal.



Compartilhar conhecimento parece ser um conceito chave na comunidade criativa. E, por isso, uma iniciativa de crowdlearning brasileira não poderia passar em branco. Além de compartilhar textos inspiradores, o site da Cinese serve como ponte para a promoção de encontros entre pessoas que queiram dividir seus conhecimentos, habilidades e experiências. Já são mais de 4 mil usuários cadastrados na plataforma e quase 300 encontros realizados.



Criada em 1984, a fundação sem fins lucrativos TED (Technology, Entertainment, Design) tem cumprido seu objetivo de divulgar ideias que valem a pena ser espalhadas, disponibilizando em seu site, desde 2006, um número crescente de falas inspiracionais (já são mais de 1.600) que podem ser assistidas online. Mas isso você já sabe. O que talvez você não saiba é que a fundação levou a sua filosofia de que ideias tem o poder de afetar positivamente atitudes, vidas e o próprio mundo para uma nova plataforma online. O TED-Ed é um site de ensino voltado para alunos e professores. Criado no ano passado, ele permite que conteúdos inspiradores encontrados no YouTube sejam transformados em lições, e possibilita que educadores acrescentem testes de múltipla escolha e informações complementares aos vídeos online. A plataforma já conta com 316 aulas originais, além de quase 50 mil lições criadas por educadores, prontas para serem exploradas.



Quem seria o Cebolinha sem seus característicos (poucos) fiozinhos de cabelo? Uma criança igualmente feliz (e que troca o R pelo L), é claro. O personagem é apenas um dos que aparecem sem madeixas no site Carequinhas, realizado pelo GRAACC, instituição que trabalha para garantir às crianças com câncer amplas chances de cura e a melhor infância possível. O objetivo da página é contribuir para isso, lembrando que os pequenos com câncer têm que curtir a infância como qualquer criança. Passa lá para ver.



A menos que você viva em outro planeta (tudum-pá), deve saber que a NASA está de olho em Marte. Levar o homem ao planeta vermelho até 2030 é prioridade da agência americana, que já enviou robôs exploradores ao solo marciano. Apesar do sucesso dessas missões, ainda há grandes desafios a serem contornados antes de astronautas embarcarem na aventura – o homem é capaz de enviar carga de uma tonelada a Marte, mas os especialistas estimam que um pacote contendo os suplementos básicos para os tripulantes humanos pesaria cerca de 40 toneladas. Pois é. Combustível também pode ser uma questão, já que é uma viagem longa. Quão longa? O Distance to Mars te mostra. O criativo e simples site te leva em uma viagem a 7 mil pixels por segundo até o planeta vermelho e ajuda a dar uma dimensão da imensidão que aguarda os futuros desbravadores, que levariam cerca de 7 meses para chegar ao destino.


Em 2013, o site voltado para a distribuição online de seriados e filmes estabeleceu um marco importante: House of Cards, original Netflix, entrou para história ao se tornar a primeira série distribuída pela Internet a ser indicada à categoria de Melhor Drama dos prêmios Emmy, além de arrematar outras 8 indicações (incluindo a de melhor ator e atriz para a dupla Spacey-Wright e de direção para David Fincher). O drama político acabou levando para casa três prêmios, um feito que pode ajudar a consolidar uma mudança na maneira como temos acesso a conteúdos. O ano também foi importante para o serviço no Brasil: depois de começar suas atividades no país com o pé esquerdo em 2011, ofertando grande parte do seu (limitado) catálogo apenas com opção de áudio em português, a Netflix acertou o passo, corrigiu o erro e ampliou os títulos em oferta. Apesar de não divulgar números sobre o mercado brasileiro, o tráfego no site de exibição online de filmes e séries quadruplicou no Brasil no período de 12 meses encerrado no último mês de maio, segundo dados da empresa de pesquisa comScore.



2013 parece ter sido o ano dos vídeos interativos – e é difícil escolher apenas um representante para esta lista. Em setembro, a banda indie americana Arcade Fire, lançou o site interativo Just a Reflektor, que traz um curta-metragem gravado no Haiti e convida os visitantes à interação por meio do uso simultâneo do computador e de um smartphone/tablet. Em novembro, foi a vez do Mr. Tambourine Man, Bob Dylan, apresentar ao público um vídeo épico para Like a Rolling Stone, em que o usuário pode percorrer mais de vinte canais (com programação diversa) que têm uma coisa em comum: em todos, as pessoas cantam junto a letra do hino do rock lançado em 1965.

Menos de uma semana depois foi a vez de Pharrel Williams fazer história ao lançar aquele que está sendo chamado de “o primeiro vídeo de 24 horas do mundo”: no site 24 hours of Happy, acompanhamos diferentes pessoas dançando ao som da contagiante canção que faz parte da trilha do filme Meu Malvado Favorito 2. Ao entrar no endereço, o usuário começa a assistir ao trecho do vídeo correspondente ao seu fuso horário, mas pode também usar os controles para conferir outros momentos, que incluem participações de atores como Steve Martin e Steve Carell.

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