A cor da volúpia
Vermelho. Acho intenso demais, pode nos invadir sem
demora; uma cor que esbanja adjetivos e sensações de volúpia que muitas vezes
pode levar ao desespero, quando se traduz em sangue ou na sua minuciosa
simbologia.
Quando penso em representação da vida, penso também nas
cores. Em tudo elas existem, são partículas de vida. Vão de um bloody mary
gelado à tonalidade do vinho que alimenta nossos sentidos.
Posso ainda falar mais que isto! Quando se vê, em
sonho, um cavalheiro ofertar seu coração vermelho-sangue, tenro, palpitando
mãos molhadas, o que se pode querer do dia seguinte? Não sair de casa, correr
pelos espaços da imaginação e dar voltas pelo mundo interior em busca de algum
resquício revelador daquele ato.
Meus sonhos são intensos - é como se uma parte de mim -
a mais completa -mergulhasse numa viagem todas as noite em busca da continuação
das viagens que fiz por outros universos paralelos, não importa o tempo, elas
sempre retornam. Os roteiros são improváveis, mas sempre vejo construções em
púrpura, decorações que abusam do vermelho; são cores que mudam a tonalidade,
mas permanecem fetiches inescapáveis.
Também me vejo em vermelho, no calor do meu corpo,
faces ruborizadas, um misto de intensidade. Definir tudo isso de uma vez só é
muito perigoso.
Patrícia
Dantas - Amante da arte de escrever e descobrir nas histórias a construção das
palavras.Possuo, desde 2010, uma página atualizada no Recanto das Letras:http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=68582.Participei
da Focus - Antologia Poética VII, pela Cogito Editora:http://www.cogitoeditora.com/patricia-dantas-focus-antologia-poetica-vii/
MeuBlog: Intimidades de uma Escritora http://intimidadesdeumaescritora.blogspot.com.br/Portal
BVEC (Biblioteca Virtual do Escritor Contemporâneo:http://www.portalbvec.net/Patricia_Dantas/
Um brinde ao encanto das
palavras
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