Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde, ou simplesmente
Oscar Wilde (Dublin, 16 de outubro de 1854 — Paris, 30 de novembro de 1900) foi
um escritor irlandês. Depois de escrever de diferentes formas ao longo da década
de 1880, ele se tornou um dos dramaturgos mais populares de Londres, em 1890.
Hoje ele é lembrado por seus epigramas e peças, e as circunstâncias de sua
prisão, que foi seguido por sua morte precoce.
Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde, um dos maiores
escritores de língua inglesa do século 19, tornou-se célebre pela sua obra e
pela sua personalidade. Sofisticado, inteligente, dândi, adepto do esteticismo
(da "arte pela arte"), escreveu contos ("O Crime de Lord Arthur
Saville"), teatro ("O Leque de Lady Windermere"), ensaios
("A alma do homem sob o socialismo"), e romances ("O Retrato de
Dorian Gray").
Oscar Wilde era filho de um médico, Sir William Wilde e
de uma escritora, Jane Francesca Elgee, defensora do movimento da Independência
Irlandesa. Desde criança Oscar Wilde esteve sempre rodeado por grandes
intelectuais. Criado no protestantismo, destacou-se nos estudos das obras
clássicas gregas e no conhecimento dos idiomas.
Em 1882, foi convidado para ir aos Estados Unidos para
falar sobre o seu recém criado Movimento Estético, com as idéias de renovação
moral. Defendia o "belo" como única solução contra tudo o que
considerava denegrir a sociedade. Esse movimento visava transformar o
tradicionalismo na época Vitoriana, dando um tom de vanguarda às artes.
No ano seguinte foi para Paris, e, n contato com o
mundo literário francês, seu movimento acabou por enfraquecer-se. Em seguida,
retornou para a Inglaterra, onde se casou com Constance Lloyd e foi morar em
Chelsea, um bairro de artistas. O casal teve dois filhos, mas mesmo após o
casamento, Oscar continuou freqüentando todas as rodas literárias, espalhando
glamour e comentários nos eventos sociais em que comparecia, sempre elegante e
extravagante.
Em 1880 lançou "Vera", um texto teatral bem
sucedido. Chegou a ter três peças em cartaz simultaneamente nos teatros
ingleses.Em seguida publicou uma coletânea de poemas. Em 1887 e 1888, seu
período mais produtivo, lançou vários contos e novelas, como "O Príncipe
Feliz", "O Fantasma de Canterville" e outras histórias.
Em 1891, lançou sua obra prima, "O Retrato de
Dorian Gray", que retrata a decadência moral humana. No entanto, no seu
apogeu literário, começaram a surgir os problemas pessoais. O que antes eram
boatos quanto a uma suposta vida irregular, passaram a se concretizar, dando
início á decadência pessoal do escritor. Apareceram rumores sobre seu
homossexualismo, (severamente condenado por lei na Inglaterra), que não puderam
mais serem negados. Oscar se envolveu com Lord Alfred Douglas (ou Bosie), filho
do Marquês de Queensberry, que sabendo do relacionamento, enviou uma carta a
Oscar Wilde, no Albermale Club, onde o ofendia e recriminava já no sobrescrito:
"A Oscar Wilde, conhecido Sodomita".
O escritor decidiu processar o Marquês por difamação.
Depois tentou desistir do processo, mas era tarde demais e as provas da sua
vida sexual desregrada começam a aparecer. Um novo processo contra ele foi
instaurado. Sua fama começou a desmoronar. Suas obras e livros foram recolhidos
e suas comédias retiradas de cartaz. O que lhe restava foi leiloado para as
despesas do processo judicial. Acabou passando dois anos na prisão, que lhe
renderam obras comoventes como "A Balada do Cárcere de Reading"
(1898) e "De Profundis", uma longa carta ao Lord Douglas.
Ao sair da prisão, retirou-se para Paris, onde adotou o
pseudônimo de Sebastian Melmouth e onde passou o resto dos seus dias, em hotéis
baratos, embriagando-se com absinto.
Os últimos anos
Passou a morar em Paris e a usar o pseudônimo Sebastian
Melmoth. As roupas tornaram-se mais simples, e o escritor morava em um lugar
humilde, de apenas dois quartos. A produtividade literária é pequena.
O fato histórico de seu sucesso ter sido arruinado pelo
Lord Alfred Douglas (Bosie) tornou-lhe ainda mais culto e filosófico, sempre
defendendo o amor que não ousa dizer o nome, definição sobre a
homossexualidade, como forma de mais perfeita afeição e amor.
Oscar Wilde morreu de um violento ataque de meningite
(agravado pelo álcool e pela sífilis) às 9h50 do dia 30 de novembro de 1900.
Em seu leito de morte Oscar Wilde foi aceito pela
Igreja Católica Romana e Robert Ross, em sua carta para More Adey (datada de 14
de Dezembro de 1900), disse: Ele estava consciente de que havia pessoas
presentes, e levantou sua mão quando pedi, mostrando entendimento. Ele apertou
nossas mãos. Eu então fui enviado em busca de um padre, e depois de grande
dificuldade encontrei o Padre Cuthbert Dunne, que foi comigo e administrou o
Batismo e a Extrema Unção — Oscar não pode tomar a Eucaristia.
Wilde foi enterrado no
Cemitério de Bagneux fora de Paris, porém mais tarde foi movido para o
Cemitério de Père Lachaise em Paris.7 Sua tumba em Père Lachaise foi feita pelo
escultor Sir Jacob Epstein, à requisição de Robert Ross, que também pediu um
pequeno compartimento para seus próprios restos. Seus restos foram transferidos
para a tumba em 1950.
O pessimista é uma pessoa que, podendo escolher entre dois males, prefere ambos.
"Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas
palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo."
"É absurdo dividir as pessoas em boas e más. As
pessoas ou são encantadoras ou são aborrecidas."
"A
vida obriga-nos a pagar demasiado caro o que nos oferece, e o mais
insignificante dos segredos deve ser comprado por um preço exorbitante e
infinito."
"Os
ideais são coisas perigosas. É muito preferível o confronto com as realidades.
Estas ferem, mas são muito melhores."
Fonte:
Oscar Wilde
Todos os direitos autorais reservados ao autor.
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