10 Escritores que se inspiraram em gatos para escrever [Vilto Reis]
Veja abaixo a história de cada um deles com seus gatinhos:
Ele também adorava gatos. Dizem que certa vez, afirmou o seguinte:
“Ter um bando de gatos por perto é bom. Se você está se sentindo mal, é só você olhar para os gatos e vai se sentir melhor, porque eles sabem que tudo é, tal como é. Não há nada para ficar animado. Eles apenas sabem. Eles são salvadores. Quanto mais gatos você tem, mais tempo você vive. Se você tem uma centena de gatos, você vai viver dez vezes mais do que se você tem dez. Algum dia isso vai ser descoberto, e as pessoas terão mil gatos e viverão para sempre. É realmente ridículo”.
Há um poema seu chamado: My cats.
Truman Capote
Embora o amor de Capote por gatos não seja bem documentado, o felino sem nome em Bonequinha de Luxo desempenha um papel importante no coração da história. Holly resume a novela com a citação: “Se eu pudesse encontrar um lugar da vida real que me fizesse sentir como Tiffany, então eu ia comprar alguns móveis e dar um nome ao gato.”
“Pobre desgraçado… – lamentou-se, coçando-lhe a cabeça. – Pobre desgraçado sem nome. Não é muito correto que ele não tenha um nome. Mas eu não tenho qualquer direito de lhe pôr um nome, vai ter de esperar pertencer a alguém. Nós apenas nos encontramos um belo dia à beira-rio, não pertencemos um ao outro, ele e eu somos independentes”.
-Truman Capote, em Bonequinha de luxo
Jorge Luis Borges
Além de inúmeras fotos que se vê de Borges ao lado dos felinos, há um poema seu chamado A um gato (na íntegra abaixo).
A um gato
Não são mais silenciosos os espelhos
Nem mais furtiva a aurora aventureira;
Tu és, sob a lua, essa pantera
que divisam ao longe nossos olhos.
Por obra indecifrável de um decreto
Divino, buscamos-te inutilmente;
Mais remoto que o Ganges e o poente,
É tua a solidão, teu o segredo.
O teu dorso condescende à morosa
Carícia da minha mão. Sem um ruído
Da eternidade que ora é olvido.
Aceitaste o amor desta mão receosa.
Em outro tempo estás. Tu és o dono
de um espaço cerrado como um sonho.
Ernest Hemingway
No final dos anos 40, o escritor chegou a ter 23 gatos em um determinado momento, e era conhecido por se referir a eles como “fábricas de ronronar” e “esponjas de amor”.
Em 1953, o gato de Hemingway, Uncle Willie, foi atingido por um carro. Hemingway escreveu uma carta comovente para seu amigo Giangranco Ivancich, e terminou-a com a seguinte frase:
“Um gato tem honestidade emocional absoluta: os seres humanos, por uma razão ou outra, podem esconder os seus sentimentos, mas um gato não o faz.”
Neil Gaiman
Leia o ESPECIAL NEILGAIMAN: Vida, Obra e Fotos com Cachorros
Neil Gaiman também ama gatos. Ele tem vários animaizinhos e muitas vezes narra suas aventuras com eles em seu Blog. Entre os gatos que ele teve recentemente estão: Coconut, Hermione, Pod, Zoe, e a caricatural Princess, que Gaiman descreve assim:
“Eu cresci tão acostumado a ter um gato mal-humorado, mas bonito que eu preciso alertar os visitantes sobre. Ela sobreviveu a todos os gatos que eu amava e todos os gatos que eu me liguei.
E eu acho que ela cresceu se aproveitando de mim.
Quando Zoe morreu, foi muito fácil de explicar às pessoas o quanto dói você perder um gato doce, gentil, que não passava de uma bola de amor total. Eu vou ter muito mais dificuldade em um dia, meses ou mesmo anos explicando a falta que me faz a perda da gata grumpiest mais perigosa e mais malvada que eu já encontrei. “
Stephen King
Apesar de num seus contos, King ter dito: “pode ser que a maior divisão do mundo não são os homens e mulheres, mas as pessoas que gostam de gatos e pessoas que gostam de cães,”, a família do escritor sempre teve muitos animais das duas espécies.
Edgar Allan Poe
Poe era amante de gatos, e ele e sua esposa (a prima Virginia) tinham um animalzinho chamado Catterina. Um de seus contos mais assustadores, O Gato Preto, conta a história de um narradorque amava o seu gato Plutão, até que ele chega em casa bêbado, tenta agarrar o seu gato, e recebe uma mordida em troca. O contador de histórias arranca o olho do gato, depois o enforca. Atormentado pela culpa, adquire um gato semelhante. Mas começa a se inclinar para a loucura e chega a matar sua mulher com um machado em um acesso de raiva. O restante do conto, vale a pena ler. Não vamos estragar a surpresa.
Para encerrar, uma frase de Poe:
“Eu gostaria de poder escrever algo tão misterioso quanto um gato.”
Patricia Highsmith
A escritora foi amante dos animais, de gatos a caracóis de estimação. Urich Weber, o curador do arquivo de Highsmith, uma vez explicou que “ela estava muito feliz entre os gatos. Deram-lhe uma proximidade que ela não podia suportar a longo prazo das pessoas. Ela precisava de gatos para seu equilíbrio psicológico “. Ela ainda disse: “Tudo humano me é estranho.”
William S. Burroughs
Burroughs foi um amante de gatos, tão devoto que os chamou seus “companheiros psíquicos”, e descreveu-os como “inimigos naturais do Estado.” Ele escreveu um livro, The Inside Cat, onde cita carinhosamente seus companheiros: Calico Jane, Fletch, Rooski, Wimpy e Ed.
E claro, tem uma frase fofinha do Burroughs em The Inside Cat que merece ser citada:
“O gato não oferece serviços. O gato se oferece. “
Julio Cortázar
Seu romance mais famoso Jogo da amarelinha.
Cortázar também amava os felinos, entre eles seu gatinho chamado Theodor W. Adorno, sobre o qual escreveu extensivamente no livro A Volta ao Dia em Oitenta Mundos. Aqui vai uma citação:
“Às vezes eu ansiava por alguém que, como eu, não estava ajustado perfeitamente com sua idade, e essa pessoa era difícil de encontrar, mas logo descobri gatos, em que eu poderia imaginar uma condição como a minha, e livros, onde encontrei a mesma coisa muitas vezes. “
Um comentário
Faltaram, entre outros, Saki (ler "Tobermory" e "The achievement of the Cat", e Lovecraft (com "Os gatos de Ulthar", e os diversos artigos que escreveu sobre a superioridade felina).
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