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Culinária Cuiabana [Ivana Schäfer]

Culinária Cuiabana

Dando continuidade, hoje irei falar sobre a culinária Cuiabana, estão prontos para esta viagem, então feche os olhos e sinta o aroma da minha terra.

Cuiabá é uma cidade onde existe o hábito de se comer peixe. Há na gastronomia local uma variação impressionante do alimento. De segunda a segunda, sempre há opção no cardápio dos restaurantes da cidade.

A culinária cuiabana tem suas raízes nas cozinhas indígenas, portuguesa espanhola e africana. A diferença está na incorporação de ingredientes da flora e da fauna nativas, nas combinações e modos de preparo originais que lhe asseguram sabores, cheiros, e aspectos inesquecíveis e sedutores ao paladar, ao olfato e aos olhos. 

Aqui, frutos como exótico e saboroso pequi – de sabor e aroma peculiares –, dão cor e enriquecem pratos a base de arroz e frango, a mandioca, a manga e o caju, o charque, peixes frescos ou secos.
 
Mato Grosso tem uma gastronomia inspirada pela floresta amazônica, pelo pantanal, pelo cerrado e o rio Araguaia. Possui sabores tropicais e exóticos, com temperos peculiares que agradam aos mais exigentes paladares. Em geral, seus pratos refletem traços marcantes da cultura popular e da influência deixada pelos colonizadores e, mais recentemente, pelos migrantes que dão um toque de originalidade às combinações locais.

E da natureza que o mato-grossense retira os elementos indispensáveis ao preparo das iguarias de sua saborosa culinária. Saboreiam-se peixes como o pintado, o pacu, a piraputanga, o bagre e outros. Deliciam-se com frutos como o pequi, a banana-da-terra, a manga, o caju, o urucum... As raízes, como a mandioca; os grãos, como a soja, o arroz, o milho; o hábito de assar um bom churrasco de carne bovina ou suína; o vício do guaraná ralado, importado dos índios maués da Amazônia, estão sempre presentes.



Situadas nas bordas do Pantanal, têm como referenciais gastronômicos mais marcantes os pratos à base de pescado. Pacu assado, piraputanga na brasa, mojica de pintado, arroz com pacu seco, moqueca cuiabana, caldo de piranha, ventrecha de pacu frita, dourado ou piraputanga na folha de bananeira e caldeirada de bagre, são pratos nascidos nas barrancas do rio Cuiabá e nas baías do Pantanal por obra da inventividade dos ribeirinhos.

Escama de Peixe

Escama de peixe
Lentes reluzentes,
Lantejoulas do carnaval.
Arco-íris,no corpo,
Vestido de coral Escama de peixe,
Da Pera,Pacu e Curimbatá,
Vestimenta reluzante
Na água corrente do caudaloso, CUIABÁ
Levantar Cambada De peixe na imbira,
É como espargir de um arco -íris
Que da alma tira, reflexos do sol tropical.
Reflete, escama reflete
Com seu tom azul
Reflete, escamas reflete 
Esparrame a luz
Do Centro Geodésico da América do Sul!

(Autor: Moíses Martins)


O peixe é um alimento farto. Ele é comido frito, assado ou ensopado, recheado com farinha de mandioca ou servido com pedaços de mandioca.  Os peixes dos rios do estado, carnudos e saborosos, são uma atração turística para quem visita o estado.

Mas antes de entrar propriamente nos pratos tipicos é preciso entender e conhecer os peixes desta região, vou citar alguns como:    

CACHARA – Peixe de couro, corpo alongado, roliço,cabeça grande e achatada. Sua coloração é cinza escuro no dorso, clareando em direção ao ventre. Apresenta algumas manchas arredondadas e alongadas no fim de suas faixas. Espécie de grande porte, totalmente sem escamas, podendo alcançar mais de 1 metro de comprimento total.

DOURADO – Espécie piscívora, predadores vorazes. Apresenta uma coloração em dourada com reflexos avermelhados, em cada escama apresenta um filete negro no meio, formando riscas longitudinais da cabeça a cauda. Peixe de porte grande podendo alcançar 1 metro de comprimento e pesar 25 kg. 


JAÚ – Peixe de grande porte, podendo alcançar 1,5 metros de comprimento e pesar por volta de 100 kg. Seu corpo é grosso e curto, sua cabeça grande e achatada, sua coloração varia do parto esverdeado claro a escuro no seu dorso, seu ventre é branco, apresentam pintas claras espalhadas pelo seu dorso. 

JURUPENSÉM – Peixe de couro, corpo roliço, cabeça muito grande e achatada.boca arredondada. Dorso marrom escuro, passando a amarelado e esbranquiçado abaixo da linha lateral. As nadadeiras são avermelhadas ou róseas. Espécie de porte médio, alcança 70 cm de comprimento total. 


 
JURUPOCA – Peixe de couro, médio porte, alcançando 60 cm de comprimento e com peso aproximado de 3 kg. A mandíbula é um pouco maior que o maxilar superior. A coloração pode variar de castanho esverdeado para o amarelo, o ventre é branco. Apresenta manchas preás ovaladas no corpo. 


 

PACU – Peixe de escamas, corpo romboidal e comprido. A coloração é uniforme, castanho ou cinza escuro. Dentes molariformes, alcança cerca de 50 cm de comprimento total. É considerado um dos peixes mais esportivos do Pantanal.

 


 PINTADO – Peixe de couro, corpo alongado e roliço, cabeça grande e achatada. Sua coloração é cinza no dorso, clareando em direção ao ventre, esbranquiçada abaixo da linha lateral. Espécie de grande porte, pode alcançar mais de 1 metro de comprimento. 



PIRAPUTANGA – Peixe de escamas, corpo alongado e pouco comprido. Sua cor é amarelada, nadadeira caudal é vermelha, com faixa preta que começa no pedúnculo caudal e chega até os raios centrais da nadadeira. Alcançam 50 cm de comprimento e pesam por volta de 2,5 kg.
temos, também: MATRINXÃ, PIRAÍBA, PIRARUCU, PIAVUÇU, PIRARARA TAMBAQUI e TUCUNARÉ.
 
Os peixes mais utilizados pela culinária Mato Grossense são:
De couro: Cachara e o Pintado
De escama: Pacu, Piraputanga, Piranha e Dourado.

Mas a culinaria cuiabana não fica só nos peixes, tem ainda  Maria Isabela , a original farofa de banana da terra, prato exclusivo da culinária local,. A paçoca de pilão feita com carne de charque e farinha de mandioca temperada. O furumdu, doce preparado com mamão verde, rapadura e canela. O pixé, elaborado com milho torrado e socado com canela e açúcar. O bolo de arroz cuiabano. O francisquito. Os doces de caju e manga. O inigualável licor de pequi e o afrodisíaco guaraná de ralar que substitui, nas famílias mais tradicionais cuiabana, o cafezinho brasileiro.

Cuiabá possui uma culinária única, antiga e repleta de fãs que evoluiu aos passos de seu povo e foi enriquecendo e se diversificando com a chegada de imigrantes de todas as partes do país.

Impossível não se render à rica gastronomia cuiabana. Moradores locais, tanto os de nascimento e batismo (Chapa e Cruz), bem como os que para cá vieram, e também, os muitos visitantes que passam por essa movimentada Cuiabá, todos apreciam as delícias de uma cozinha marcada pela diversidade de ingredientes e temperada com uma pitada de tradição.

Preparados? Vou descrever algumas dessas delícias cuiabana:


Maria Isabel 


Este prato é conhecido pelos peões pantaneiros como “quebra-torto”, nome dado à primeira refeição do dia, por ser substanciosa, sempre na base do arroz com pedaços de carne-seca. Para dar sorte, os peões seguem um ritual: servem-se da comida sempre no sentido da comitiva; levantam a tampa da panela utilizando somente o dedo mindinho esquerdo, enquanto o resto da mão segura o prato; usam a colher com a mão direita. Se a tampa cair no chão, o peão é penalizado com a multa de um frango, comprado pelo cozinheiro na primeira oportunidade e descontado do salário do infrator.

Ingredientes:

1 kg de carne seca ou charque
1 kg de arroz
Alho
Óleo
Cebola
Cebolinha verde
Pimentão
Tomate
Pimenta-do-reino e sal

Modo de Preparo:

Corte a carne seca ou charque em pedacinhos. Lave até sair todo o sal. Coloque uma panela no fogo, com óleo, cebola e alho. Em seguida, despeje a carne e frite bem até dourar. Depois de fritar a carne, coloque o arroz e frite juntamente com a carne. Coloque água até cobrir o arroz. Tempere com pimentão, pimenta-do-reino, tomate, cebolinha verde e sal a gosto. 


Cabeça de Pacu.


“Quem come cabeça de pacu não sai mais de Cuiabá”, já diz um ditado regional, mostrando assim, a importância desses peixes na composição da mesa mato-grossensse.

A lenda de cabeça de Pacu diz que: aquela (e) que aqui chegar e comer da cabeça de Pacu jamais daqui sairá, se caso for solteiro (a) casará com uma cuiabana (o), se for casado estará condenado a viver pelo resto de sua vida aqui. Esta, com certeza, é uma lenda que pode ser comprovada pelos milhares de habitantes que aqui vivem e adotaram Mato Grosso para ser a sua terra de coração. Se essa informação é verdade ou mentira não tem comprovação cientifica, mas ainda sim é uma história boa pra ser ouvida.


Pacu Assado

Ingredientes: 1 pacu
Óleo
Cebola
Alho
Sal
Cebolinha verde
Coentro
Limão
½ copo de farinha de trigo
½ copo de fubá de milho


Modo de Preparo:
Limpe o pacu com bastante limão, retalhe-o, tempere-o com alho, sal, limão coentro e cebolinha-verde. Deixe nesse tempero por alguns minutos, virando-o de um lado para o outro. Em seguida, encape-o com a mistura de fubá e farinha de trigo. Unte uma assadeira com óleo e coloque o pacu, levando para assar, tomando o cuidade de colocar um pouco de óleo em cima do peixe, para ajudar a dourar. Quando estiver dourado está pronto. Sirva quente, acompanhado de arroz e salada. Obs.: para rechear o pacu, faça uma farofa de couve com manteiga ou de pimentão. Coloque-a dentro do peixe e costure-o, antes de assar.



Paçoca de Pilão

 
Sob influência nordestina, a paçoca de pilão chegou à mesa mato-grossense tornando-se um dos principais pratos de nossa culinária tradicional. A paçoca, socada no pilão, foi inventada pelos sertanejos e consagrada durante as grandes secas que assolaram o nordeste, quando, então, a mistura de carne seca , farinha e condimentos era usada para alimentar retirantes que seguiam a pé para as cidades. 

O pilão pode ser considerado como artesanato utilitário, apesar de algumas pessoas o utilizarem como peça decorativa. Sua matéria prima é a madeira de cumbaru ou piúva e tem, como função, pilar o arroz para fazer bolo de arroz, o milho para fazer pamonha e a carne para fazer paçoca.

Ingredientes:
500 g de carne seca
500 g de farinha de mandioca ou de milho
1 cebola picada
1 fio de óleo
2 dentes de alho picados
1 colher (sopa) de salsa seca.


Modo de Preparo:
Corte a carne seca em cubos e deixe de molho, de véspera, para dessalgar. Caso tenha pressa, coloque na panela de pressão com bastante água, por uns 25 minutos. Deixe escorrer a água. Refogue a cebola e o alho, até a cebola ficar transparente. Acrescente a carne seca e volte a refogar. Retire com uma escumadeira a carne frita. Coloque a carne seca em um pilão de madeira e pile até ficar desfiada. Misture a carne seca desfiada à mistura de alho e cebola refogados, jogue a farinha e mexa para esquentar. Dê preferência à farinha fina e já torrada. 


Farofa de Banana


Sendo um dos alimentos mais completos e baratos, a banana é uma fruta muito consumida no país. No Mato Grosso, uma cidade que se destaca no plantio desta rica fruta é Nossa Senhora do Livramento, localizada a 25 km de Cuiabá. Sua população foi carinhosamente apelidada de “papa-banana”, por estar voltada para o cultivo e produção de produtos derivados da banana. 
 
Ingredientes:
5 bananas-da-terra maduras
2 xícaras de farinha de mandioca
Cebola
Sal
Óleo


Modo de Preparo:
Descasque e corte as bananas em rodelas finas ou cubinhos, fritando bem, até corar. Reserve. Frite, à parte, a cebola. Acrescente a farinha e o sal, mexendo até corar a farinha. Coloque as bananas fritas, misture bem e retire do fogo.



Mojica de Pintado 


O Pintado, um peixe totalmente tradicional na cultura cuiabana. Pode ser encontrado  nas bocas de canais dos rios e corichos. O peixe prefere rios onde o fundo é arenoso. O bom desse peixe que ele pode ser pescado durante muitos dias do ano, quase o ano inteiro, exceto nos dias com mais frio.
A Mojica de Pintado é um prato feito à base de pintado ensopado com mandioca. O pintado é um peixe de uma qualidade insuperável, peixe precoce, de carne muito tenra. Muito confundido com a cachara por ter manchas pretas pelo corpo. Tem hábitos carnívoros. Sua coloração é cinza-parda, tem longos barbilhões e chega a pesar até 100 kg.

Ingredientes:

½ kg de pintado
½ kg de mandioca bem seca
Cebola
Cebolinha
Coentro
Alho
Sal e limão

Modo de Preparo:

Limpe o pintado, corte-o em pedaços e tempere com alho, pimenta-do-reino, sal e limão. Refogue a mandioca cortada no óleo, alho e cebola, deixando-a abafada por uns 5 minutos. Depois de refogada, coloque o peixe, deixando cozinhar por uns 15 minutos. Tempere com cebolinha, coentro e tomate. 


Escaldado Cuiabano
 


Suculento e afrodisíaco prato da cozinha cuiabana. O escaldado é um prato forte para curar ressaca. 

Ingredientes:
-½ kg de mandioca picada em cubos pequenos
-½ kg de peito de frango desfiado
-sal e cebolinha a gosto
-½ colher de açafrão
-1 pimenta de cheiro
-1 colher rasa de óleo
-1 cebola
-ovos 


Preparo:


Numa panela, aqueça o óleo, coloque o açafrão e a cebola e deixe dourar. Em seguida coloque o frango e refogue até fritar. Acrescente a mandioca , o sal, a pimenta de cheiro, a cebolinha e a água suficiente para cobrir o preparo. Deixe cozinhar por 30 minutos, ou até que a mandioca esteja desmanchando. Se a mandioca estiver demorando para amolecer, adicione 1 xícara de água fria à água do cozimento. Transfira o escaldado para uma tigela e, por cima estrale um ovo. Decore o prato com cebolinha. Sirva a seguir.
(Receita do Restaurante Choppão – Cuiabá/MT)


Farofinha cuiabana(Pixé)
(Por: Lucineia Nunes)
Foi ao som da viola-de-cocho e do canto ‘choramingado’ de cururus e siriris, que conheci o pixé. A especialidade cuiabana é uma farofa doce à base de milho torrado e moído, canela e açúcar, vendida em cones de papel ou potinhos de plástico. Com gosto de pipoca doce – aquela da embalagem cor de rosa, nem tão doce e, às vezes, até salgada – a farofinha pode ser usada para enriquecer doces ou mingaus.


Mas os cuiabanos preferem comê-la pura. Simplesmente jogam um pouco na palma da mão e lambem. Mas é preciso cuidado, avisou logo a quituteira: “Ele é seco e engasga que é um perigo”. Por isso, também há quem prefira comer pixé acompanhado de cachaça.


De tão popular, o pixé virou até música, que soa com graça na boca de crianças e adultos. Quem me ensinou cantarolando foi o próprio autor,  Moisés Martins:


Milho torradinho socado 
Canela açucarada
A branca pura daquela gurizada
Do tempo do Campo d’Ourique
Quando a “pandoga”, o buscapé, o trique-trique
Pintavam o céu com pingos de luz
Tempo bom que não volta mais
Só na lembrança de quem foi menino
E hoje é rapaz
Um dia ainda verei
Eu tenho fé
Meu neto com a boca toda suja de pixé.

(Moisés Martins, 1992)


Para muitos matogrossenses a iguaria é considerada afrodisíaca.

Receita de Pixé

Ingredientes:

2 colheres (sopa) de banha
2 e 1/2 xícaras (chá) de milho seco em grãos (de pipoca)
1/2 xícara (chá) de açúcar
1/2 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de canela em pó

Modo de preparo

Em uma panela, esquente um pouco a banha. Torre o milho em fogo médio, mexendo sempre, por 20 minutos ou até ficar dourado. Soque o milho no pilão até ficar bem triturado. Passe -o por uma peneira e misture com o açúcar, o sal e a canela. Coloque pequenas porções em cones de papel e sirva.

Quebra Torto
(Café da manhã reforçado)

Foto:Tacuru Restaurante
Revirado,  ovos,  paçoca de pilão com bananinha,  banana da terra na chapa,  línguiça acebolada,  pães,  bolo de arroz,  pão de queijo,  frutas,  sucos  e  o  quebra - torto (mexido de arroz amanhecido com farinha, carne desfiada e ovo frito),  entre outras goluseimas.


Guaraná ralado
Um casal de índios pertencente a tribo Maués, vivia junto por muitos anos sem ter filhos mas desejavam muito ser pais. Um dia eles pediram a Tupã para dar a eles uma criança para completar aquela felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo menino.

O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom.

No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade que ele transmitia, e decidiu ceifar aquela vida em flor.

Um dia, o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente.

A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos.

Os índios obedeceram aos pedidos da mãe e plantaram os olhos do menino.
Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo em seu redor, imitando os olhos humanos.


O consumo de guaraná ralado na hora e substituto do cafezinho, é tomado logo de manhã e segundo dizem conserva o corpo em excelentes condições para a vida do campo ou até mesmo para o dia-a-dia.

chá com bolo


O famosochá com bolofaz parte do cardápio tipicamente cuiabano e serve biscoitos, como "Francisquito", "Bolo de arroz" e o delicioso "Bolo de queijo". Digoreste!!!



Francisquito
 
O famoso francisquito, um biscoito feito de trigo e gordura, que agrada crianças e adultos. Uma delícia!

Receita


-1 kg de trigo
-½ kg de açúcar
-250 gramas de margarina ou banha de porco
-4 ou 5 ovos
-Sal a gosto
-1 colher (café) de bicarbonato de sódio 

Preparo: 

Em uma tigela, misturar o trigo, o açúcar e a banha. Em seguida, coloque os ovos, o sal e uma 1 colher pequena de bicarbonato. Misturar tudo, tendo o cuidado de não sovar a massa, para não endurecer. Enrole o francisquito no formato de meia-lua e coloque numa assadeira untada e polvilhada com farinha de trigo. Leve ao forno moderado (180°C), pré-aquecido, e asse por uns 20 minutos, até a base do francisquito começar a dourar.

Tempo de Preparo: 1 hora. Rende 50 biscoitos


Bolo de Arroz
 
Ingredientes


1 litro de leite
1 kg de arroz
1/2 kg mandioca
1/2 litro de água quente
1/2 kg açúcar cristal
1 colher fermento em pó
1/2 colher sal
1/2 xícara de manteiga derretida
100 gramas de côco ralado
1 pitada de canela

Modo de preparo
Deixe o arroz de molho por 8 horas. Depois soque os grãos no pilão. O resultado é uma farinha que precisa ser peneirada e reservada.

Rale a mandioca e misture à 1/2 litro de água quente. Com o fogo desligado, adicione o açúcar. Deixe esfriar e misture a farinha de arroz (reservada), o sal, o fermento, a canela, o coco ralado e a manteiga.

Mexer bem faz todo a diferença. A massa precisa descansar por no mínimo 5 horas.

Acrescente leite aos poucos até dar o ponto. unte as forminhas e ponha para assar por cerca de 20 minutos(no forno à lenha). Também pode ser feito no forno elétrico. Rende cerca de 30 unidades.


Bolo de queijo cuiabano 
Ingredientes
1 prato fundo de polvilho
1 prato fundo de queijo
2 colheres de manteiga
1 colherinha de fermento pó royal ou bicarbonato de sódio
Ovos para dar o ponto de enrolar
Assadeira grande para levar a assar

Modo de Preparo


Coloque em um recipiente fundo o polvilho, o queijo, o fermento, a manteiga e, aos poucos colocando os ovos. Exemplo: Primeiro coloque um e depois misture, se precisar coloque outro, e mais outro. Mexa com os dedos entre abertos.

Pegue um bocado e tente fazer uma bolinha, se fizer perfeito está no ponto. Modele a seu gosto, colocando já na assadeira limpa (não precisa untar e nem enfarinhar). Leve a assar em forno médio (180º graus) até que suas bolinhas dourem.

Doces

Podemos destacar a variedade de doces e licores apreciados pelos mato-grossenses. Temos como os mais famosos o Furundu (doce feito de mamão e rapadura de cana). O doce de mangaba, o doce de goiaba, o doce de caju em calda, o doce de figo, o doce de abóbora, e outros.

 Doce de caju
 
Para quem gosta de abastecer a casa com variedades de doces, anote esta receita de doce de caju. É de dar água na boca!

Ingredientes:
-3 xícaras (chá) de açúcar
-1 ½ xícara (chá) de água
-¼ xícara (chá) de suco de limão
-20 cajus maduros


Preparo:

Retire a castanha dos cajus e corte uma fatia de 1 centímetro na parte inferior (a do cabinho).

Descasque as frutas e, com um palito, faça pequenos furos na sua superfície. Esprema-as ligeiramente e reserve. Coloque 1 litro de água numa panela grande e acrescente os cajus e o suco de limão. Ferva em fogo alto por 10 minutos. Retire e escorra. Numa panela média ponha a xícara e meia de água e o açúcar e leve ao fogo alto, mexendo até dissolvê-lo. Junte os cajus e cozinhe até ferver. Abaixe o fogo e cozinhe por 2 horas ou até que a calda esteja ligeiramente espessa e dourada.



Furrundu é o famoso doce feito de mamão e rapadura de cana. Uma verdadeira maravilha!


Ingredientes:


- 3 mamões verdes
- 2 rapaduras
- gengibre, cravo e canela


Preparo:

Rale os mamões e lave-os bem, até retirar todo o leite. Leve ao fogo com a rapadura, gengibre, cravo e canela. Deixe cozinhar em fogo brando, mexendo sempre, até aparecer o fundo da panela. Sirva com queijo.


Como aperitivo temos o licor de pequi, licor de caju, licor de mangaba, e outros. 



Existem também cachaças especiais: Raiz de Quina, Fedegoso e Nó-de-cachorro.

Conhecer Cuiabá deveria estar nos planos de qualquer brasileiro que queira ter o contato com essa natureza e também com um povo hospitaleiro e gentil.
Ficou com água na boca? Impossível mesmo não ficar. O melhor de tudo é que a culinária cuiabana é simples, de fácil preparo, composta de ingredientes locais e de preços acessíveis a população, qualquer família, seja ela cuiabana ou não, pode se desfrutar dos prazeres desta terra sempre que desejar!

Fonte:
http://www.destemperados.com.br/regiao/mt/o-regionalissimo-nao-poderia-ter-outro-nome
http://www.saboresdematogrosso.com.br
http://blog.decolar.com/destinos/comidas-tipicas-cuiaba
http://www.cuiabamais.com.br/Noticia/88/Gastronomia/12390/Gastronomia-Cuiabana-encanta-e-resiste
http://oslaineartes.blogspot.com.br/2012/11/arroz-maria-isabel-arroz-com-carne-seca.html
LOUREIRO, Antônio. Cultura mato-grossense. Cuiabá, 2006


Ivana Schäfer - Pedagoga com Habilitação em Orientação Educacional, Especialização em Psicopedagogia e Cerimonialista. Sou Cuiabana de "tchapa e  cruz", amo minha terra, meu povo e a nossa cultura. Sou do Mato ....de Mato Grosso. Página na internet:

5 comentários

Jane Eyre Uchôa disse...

Caramba!! parece muito com nossa culnária aqui em Manaus! claro que muitos peixes não existem por aqui e existem aí. O guaraná de Maués também é um dos produtos mais produzidos do Amazonas. E a influencia também é forte e parecida com a nossa. Enfm tudo muito gostosoooooooooooo. Muito bom querida, deu fome! rsrs

Anônimo disse...

Gostei muito. Morei oito anos em Cuiabá e provei um pouco de tudo isso. Que legal que juntou todas essas lembranças de cores, sabores e aromas em uma tacada só!! Passeei por aqui. Grata!
Clarice.

virginia costa disse...

Sabe aquela felicidade quando voce encontra uma perola ou algo semelhante? Pois e, foi isto que senti quando "garimpei" este blog. Voces falam de tudo que eu curto! Vou voltar mil vezes, tenho certeza. Vou em breve para Bonito e estava pesquisando sobre os peixes que vou ver nas flutuacoes. Morei alguns anos em MS mas nao tive a oportunidade de conhecer algumas coisas que meu pai falava. Adoro a musica, a geografia, o povo,a culinaria,tudo! Este link trata de tudo isto. FELIZ!!!!

ana nantes disse...

me reportei a casa de minha vó D.Jacy...que adororava fazer francisquito com chá preto pra nos...e de vez em qdo os bolos de queijo e arroz para as visitas mais esperadas..rs...adorei!!!

Unknown disse...

Nossa! Amei tudo que li. Rememorei ,com saudades, uma bela tarde que passei nesta maravilhosa cidade de Cuiabá.
Quis conhecer o mercado principal,e, almocei supimpamente ,me refestelando com tantas gostosuras.Parabéns pela matéria.