Verconda Espadarote Bulus [Poeta Brasileira]
Mulher que encanta, seduz, disfarça
Mulher perfeita, imperfeita
Que agita, que contorna
Mulher que provoca
Que sufoca
Que ameniza.
Mulher educada, atrevida, vaidosa
Briguenta, (tá quem agüenta!)
Feminina, cheirosa
Parece rosa
Espinhenta.
Às vezes trabalhadeira, outras preguiçosa
É gata manhosa, esconde as garras
Se enrosca, mordisca
Mostra as unhas
Lambe o pêlo.
Pisa macio
Mas bate o pé, quando quer
Consegue com carinho, com jeitinho
Ter o mundo aos seus pés.
Mulher que multiplica pães
Que transforma água em vinho
(Perdão Senhor, mas é verdade)
Mulher
Simplesmente obra prima do Criador
Dentre tantas outras.
Forte, guerreira, conselheira
Apaziguadora
Cheia de ilusão, de beleza, de amor
Não importa a cor
A idade
O credo.
Mulher, mola mestra da sociedade
Do lar
Do mundo.
Render culto à mulher
É mais que tudo
É dever
Parabéns mulher pelo seu dia!
Parabéns por todos os seus dias!
Verconda Espadarote Bulus
São Jose do Calçado, 08/03/2004
Já não apresso o passo
Nem tento ver além do horizonte
Não me arrisco a lançar a rede
Em águas profundas
Procuro a calma da relva fresca
Numa manhã orvalhada de outono
Não busco solução para problemas alheios
Cuido de mim
Do meu pequeno mundo
Respiro profundamente o ar que vem da serra
E bem sei que ele encerra
Tudo que necessito para viver
Além da fé, que é essencial
É claro
Para alcançar todo esse equilíbrio.
Verconda Espadarote Bulus
São José do Calçado
Rendição
Estou depondo as armas
(Tão frágeis armas
Para uma luta tão desigual)
Essa de coração valente
E que só para mim era especial
Me deixou a nocaute
Não tinha mesmo como lutar
Contra o tempo e o vento
Nada me era favorável
Então por que continuar?
Reconheci a derrota
Saí em frangalhos
Ferida
Extenuada
Mas na verdade ficou a recompensa
A saudade
De um tempo de ilusão
De sorrisos
Nas mãos, ainda o calor de suas mãos
No corpo e na alma
As marcas dessa paixão
Nem sempre se luta para vencer
Mas é bem verdade
É difícil perder
Mas que fazer?
Verconda Espadarote Bulus
São José do Calçado, ES
Momentos
Passou como uma tempestade de verão
Não foi programado, nem esperado
De repente formaram-se as nuvens
Os raios clareavam na escuridão
Meus sentidos puseram-se em alerta
Eu já sabia que teria que ser forte
Assustar-me?
Por quê?
Já sabia de antemão
Que passaria
Pensar nos estragos?
Não valia a pena
Aguardei e não me surpreendi ao ver
Que os momentos preciosos da vida
Vão e não voltam mais
Assim foi você: tempestade de verão
Não consegui aprisionar você
Nada de você
A não ser este vazio
Essa saudade
E a certeza de que:
“A felicidade mora em pratos rasos”.
Verconda Espadarote Bulus
Guaxindiba, Janeiro de 1997.
Todos os direitos autorais reservados a autora
2 comentários
Gostei.
www.preteritosmatinais.blogspot.com
Verto meus olhos para o céu... Estrelas..te recitando em cordel.
Bem vinda...!
Aqui reina alegria com pao vinho e poesia
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