Armando C. Sousa [Poeta Português]
Armando C. Sousa nasceu em 06 de Abril de 1933 em Ruivãis V.N. de Famalicão, 20 Km ao Norte da Cidade do Porto, Portugal. Dos 7 aos 10 anos, freqüentou a escola primária, e deixou a escola por falta de meios para livros. Foi trabalhar aos 10 anos e meio, para sobreviver, como se pode verificar em seu poema (Quem Toca Muitos Burros) todo o trabalho servia, desde que fosse honesto.
Seus poemas estão espalhados por Sites Amigos, como (Contos e Poesias) Maria Hilda, (Palavreiros) (Kidmorena), ( Heraldo Lage) e alguns (bastantes) poemas íntimos em (Pequenina Poesias) a quem tanto adora. Regina Helena, Davaniel, Vânia Moreira Diniz, e outros.
(Notivaganoturna.com) seu primeiro celeiro de poesias, onde foram publicadas cerca de três centenas, o Céu Azul, site da Estrelinha, e o Anjo, foram os primeiros a formatar para si, mas recebeu o grande carinho de tantas mulheres envolvidas na informática. Actual membro de "Os Confrades da Poesia" - Amora / Portugal; "Varanda das Estrelícias"; "AVSPE".
Já fui nada, fui água, fui mar
Fui micro organismos; algas de mil cores
Fui cheiros, fui ar
Fui abraços, fui beijos fui amores
Fui couves batatas e pão
Fui minhocas que a galinha comeu
Fui sangue a fervilhar no coração
Fui tudo que existe, que o universo nos deu
Fui cabra, fui vaca ou erva verdinha
Fui pó que a vida respirou
Já fui peixe, faneca ou sardinha
Fui o desejo que o sangue dos dois abraçou
Fui fruta de toda a qualidade
Fui nozes amendoim e pinhões
Fui sorrisos, viço, fui olhares de amizade
Fui sangue fervendo de paixões
Fui arrepios e gritos de amor
Fui segundos minutos meses e anos
Fui prazeres e dor
Hoje em mim mora desenganos
Fui tudo que a vida me deu
Fui menino e rapaz alegre e fugaz
Já fui habitante da terra e do céu
Fui tudo que os anos nos trazem
Fui o que escrevi, agora sou eu
Mas disse o que fui, o destino me deu
AMOR ERAS UM BOTÃO
Amor, 49 anos atrás, eras um botão lindo quase a abrir
Festejavas 23 anos que viste o sol da vida
Botão fechadinho que em poucas horas irias abrir
No altar davas a mão, tinhas a mocidade perdida.
Sei querida era o verdadeiro amor que entre nos nasceu
Entre lençóis alvos de linho para nos entrelaçar
Entre abraços e carinhos, entregavas, a honra que deus deu
Foi o amor chegar ao fundindo, no nosso bombear.
Juras para toda a vida desfrutarmos só os dois desse prazer
De dar vida a vida, de a fazer crescer com carinho
De nos amar neste mundo enquanto viver
Mais uma viravolta, mais um abraço, mais um beijinho.
Mais uma vez querida, chegávamos ao fundindo
Quase meio século que respeitamos o prometido no altar
Hoje teu aniversário em botão, vamos celebrar
A passagem à vida de responsabilidade, de sofrer e amar.
Amanhã amor, nossas flores e amores vamos abraçar
Lembraremos as terras por onde andamos para lhes dar pão
Vamos ter juntos, rebentos e filhos de rebentos em jantar.
Pátria abandonada, negada aos filhos, madrasta foi meu torrão.
Amor e nosso aniversário de casamento, vamos celebrar
Não com vinho...
Devagarinho vamos dançar abraçar e beijar
Dar e receber carinho.
Factos e Relatos
eu não sei como nasci,
mas creio que muito chorava
ainda sinto nos lábios aqui
sabor dos beijos que a mãe dava
nas virilhas sinto as cócegas
que minha mãe me fazia
era semente do rir e da poesia
semeava em mim amor
semeava sua lealdade
nascia humildade e dor
em mim eterna saudade
A corda que amarrou a vida
Esta por um fio vai partir
Visão da vida e amor perdida
Desfaz não volta a imergir
Amarrei as estrelas ao mar
Com fios, luz de meus olhos
Não posso parar meu sonhar
Amarrar com agua os molhos
Atrás duma serra esta outra
Cada cabeça sua sentença
Quando a visão e pouca
Sofremos dalguma doença
Quadras escritas partidas
São cacos com fios de barro
São amizades desiludidas
Agua fazer andar carro
Juntei estrelas ao mar
Para povoar os penedos
Não as deixaram agarrar
Porquê tantos segredos?
Hoje para distrair
Escrevo quadras partidas
Minha musa não volta a vir
Denegrirão nossas vidas
Na ultima quadra da vida
Partindo as linhas de amor
A verdade por nós vivida
Causa-me tristeza e dor
Prefiro cacos da verdade
Que todo o saber fingido
Que me mate esta saudade
Nossa confidencia perdido
O poeta agarra toda a beleza
Beija a alegria afaga a tristeza
Colecta, alegra, enlaça seduções
Faz vibrar amor com emoções.
Poeta vê invisibilidade da poesia
Encontra-a na curva do caminho
Dá aos lábios os jeitos de alegria
Ao sentir mil afogos de carinho.
Poeta empurra dores tormentosas
Agarra raízes da cultura sua gente
Vê a cor sente perfume das rosas
Empresta à vida, tom de contente.
Joga com letras como com a bola
Letras não têm fim do que dizer
Enriquece a vida que o consola
Empresta a quem lê poesia, prazer
O poeta agarra as estrelas e o luar
Embrulha amor em sentimento
Ele dá prazer ao beijo e abraçar
Dá calor à alegria, ao sofrimento.
Acaricia corações à humanidade
Diz sempre o que sente o coração
Dá a verdade a toda a igualdade
Poeta procura repartir a todos pão.
Armando C. Sousa Todos os direitos autorais reservados ao autor.
2 comentários
tambem eu nao vou fazer... mas e realmente poeta
Armando C. Sousa era tio meu com saudade deixo minha gratidão
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