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Ana Paula Renata Peixoto Fernandes [Poeta e Professora Brasileira]

Foto: Cláudio Vilela

Ana Paula Renata Peixoto Fernandes nasceu no Hospital São Paulo no município de Muriaé, Minas Gerais, às 20:30h do dia 05 de Dezembro de 1969, cidade próxima a Miraí, Minas Gerais, onde seus pais, Renato Afonso Fernandes e Onida Alves Peixoto Afonso, residiram durante dois anos e depois se mudaram para a cidade do Rio de Janeiro em 1972.

Sendo lá sua base sólida em seus estudos iniciais na E.M. Joaquim Nabuco em Botafogo.Após, essa data, em 1981, ingressou no Ensino Fundamental no Colégio Pedro II, Unidade Humaitá, instituição em que os princípios de ética, moral e civismo ainda eram bastante rigorosos.E foi nesta instituição que tomou gosto pela poesia e literatura nas aulas da professora e mestra Agra, pois na época, Vinícius de Morais inspirava-lhe com suas maravilhosas letras poéticas.A poesia era uma forma de extravazar o sentimento de patriotismo e amizade.

Em 1988, se mudou com seus pais para a cidade de Cataguases onde ingressou nos seus estudos acadêmicos na Faculdade de Letras de Cataguases, antiga Fafic em que pôde avançar nos Estudos Literários e Poéticos com a Mestra Maria José Garcia, como também o estudo da Língua, Literatura Inglesa e Norte Americana com o Mestre Marco Aurélio Mendes e paralelamente os estudos avançados na Língua Inglesa com a professora  Elizabeth  Schelb, os quais, lhe deram muito apoio em sua profissão.

Em 2002 cursou sua pós-graduação em Língua Inglesa na Puc Minas, onde se especializou em Fonologia.Mas contudo, nunca deixou o seu sentimento pela arte da Poética. A poesia sempre esteve em sua vida, sua formação e sua alma.

Atualmente reside em Cataguases, Minas Gerais  com sua filha, Ana Luiza Afonso Francisco. Retomou os Estudos Clássicos e principalmente a Arte Poética. 

O lema da professora e poetisa mineira, Ana Paula Renata Peixoto Fernandes é sempre: "Através das Letras, da Linguística e da Poética se chega a qualquer forma de expressão da comunicação."


Poemas de Ana Paula Renata Peixoto Fernandes


Amanhecer

Com horas, minutos , segundos
Vem chegando lentamente,
Com seus raios reluzentes
E luzes mais que calmamente
O Amanhecer de nossas vidas
E de repente, nos torna
Mais vivos e mais contentes.
Este é o começo do dia
Como começo sempre um novo ver
Sentimos no rosto , no corpo, na alma
Vemos tudo o que já foi visto
Alguma coisa que não mais se verá.
Nem sempre olhamos o dia
Nascer entre nós em segundos
Nem sempre sentimos a brisa
Tão face a face docemente
No corre corre dos dias
Este é o começo do dia
Do céu, da luz, da terra, dos homens
O que acontecerá,
Não sabemos...
Mas alguma coisa não mais se verá
Pois cada dia é único
É apenas uma pétala a mais
Em cada ser, em cada saber
Onde estão nossos conflitos,
Nossas metas, nossos risos
E uma total voracidade em viver.
E assim vem chegando mais um dia
Num suspiro que é uma brisa paciente de nossas vidas
Transparente dia assim chega
Pra nos enobrecer de bênçãos
Esse sublime, singelo raio de esperança
E misterioso, AMANHECER.


Revelação

Na noite a sombra atormentada
De diversas tardias esperanças
Abuso da meiguice ou inocência
Diante de fatos inesperados,
Segue sempre a mesmice calada
De pessoas que se calam perante
Suas próprias vontades , desejos
De algo que nunca ocorre.
Em meio várias vigílias
Seguem as almas intranquilas
Revelam suas mórbidas vontades
Sabendo que não serão suas sinas.
Ter em sua essência uma luz,
Que as direcionem ao bem
Incertas de que não só vagueiem
Por caminhos tortuosos
Em meros esvanecer de solidão.
Pronta a semear imensidão
De tudo aquilo que te inquieta
Seguem almas encobertas,
De mais puro ardor e invasão.
A noite se faz companheira
As vontades além de verdadeiras
Sem medo de total escuridão.
Vais almas perambular entre as noites
Tirar total reluzir
 



Os dias passam dentre acordes,
De pálpebras que se levantam na escuridão.
Noites errantes , sombrias...
Diante da tal Solidão.
Vão saindo cabeças sangrentas,
Falam sozinhos, conversam,
O clamor de seres dos dias,
Que as noites se tornam doentes.
Por um gesto, um afago, uma lembrança...
Não se importam com a luz do Sol.
Solidão os bastam,
E mais nada.
No dia, veremos quem passa, quem chega.
Na noite, será fatigante a inércia
Por desertos doloridos em nossos corpos
A Solidão nos avassala , nos causa controvérsia
Perante o sentido de nossos abertos olhos
A escuridão chega com sua tristeza
Ao findar de um dia de esplendor
E assim, teremos ou não uma expressão de vitória,
Não importando que fales da luz matinal.
Mesmo que a noite seja ilusória
Solidão sempre será ou não, um mal.


Sobrevivência

Vida, exercício do ser
Embora tormentos da nobre existência
Salvo alegrias e paz do silêncio
No findar de seus enganos, esperança nutre...
Imensa liberdade que o mundo traduz.

A tristeza como uma lápide
Transmite às criaturas amadurecimento
Com o passar de dias, anos, décadas
Sobreviventes de nós mesmos a que
Algum dia julgamos ser nessa da alma.

Desmancha-se saber, ciência e amor
Arrebata-se gestos, esforços, renúncias.
No decorrer de transparentes dias ou noites intranqüilas,
Em lágrimas que se acumulam na inesquecível vida.
 na contemplação de um mundo em movimento
A que um dia ninguém sonhou ter.
Hei de sermos sobreviventes,
E há um dia breve poderemos pertencer.
 

Ser Solidão

Ficarei só.E o mesmo serei.
E assim estarei ao longo dos dias, dos meses, dos anos.
Não por abandono, vazio, deserto
Mas pela natureza de estar sozinho
E por pensamentos em busca da Paz.
Por palavras que recusam o diálogo
Ou talvez, até por nobre dom.
Ser solidão e alcançar o silêncio,
Que em mim mesmo procuro.
Serei solidão ou quem sabe felicidade,
A qualquer momento ou lugar
Oprimida com a chave da alma
Dispersa no ar, na multidão, no mar
Calada na solidão de ser só
E na qual não se pode brincar.
Lembrarei cidades, lugares e rostos
Serei solidão e retribuirei com o vazio
De atos utópicos e paixões ilusórias
 Se me esqueceres ou lembrares
Ou ainda assim, qualquer sentimento: desprezo ou amizade
Serei solidão, um eco entre os ares.
Mas o ritmo do tempo me remeterá à noção
Do que é amar, pensar, viver
E ainda assim recordação
Do que será "ser solidão".
 

Agora

O tempo segue fluindo...
Numa atmosfera única
Que não existirá mais num momento
Segundos já se tornam passado
Os dias e noites já não são mais o "agora"
Futuro quem saberá, como saberemos
Somos agora como nós mesmos
Difícil saber que alma vemos, qual existe
No intuito do amor em obscuras direções
E onde está em nós a essência, o firme
Seguindo o pulsar de nossos corações
E quando sairmos agora do mundo
Como um plano de nossa história
Nossos atos e metas estarão nos esperando
E baterão palmas por nossa glória
Enfim o tempo é muito raro
Fatos nunca serão como antes
Pode ser que estejam muito próximos
Mas não temos o endereço
Do "agora" instante.

Por onde a noite passou
E assim ficarem tortuosas
Daquela grande companheira
De quem se fez sempre poderosa
E sua Revelação se apagou.


Ana Paula Renata Peixoto Fernandes
Todos os direitos autorais reservados ao autor

3 comentários

Idalina de Carvalho disse...

Ana Paula... parabéns! Belos poemas, gostei muito!

Sucesso, é o que eu lhe desejo!

Anônimo disse...

O seu blog é excelente. Gostei muito dos poemas, revelam muito sobre uma fase de sua vida. Cuide-se e, assim que puder, continue ensinando, os estudantes precisam dessa sua luz, do contrário, não se chamariam "alunos". ABS Isnard.

Tudo sobre a carreira de escritora disse...

Parabéns querida Amiga Ana Paula pelo susseso!!!Seus poemas e sua dedicação pela literatura demostra todo seu sentimento.Lindos poemas siga sempre de cabeça erguida e jamais desista de seus sonhos! Abraços Marcília Lobo