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Reinaldo Ribeiro [Poeta Brasileiro]


Reinaldo José Gonçalves Ribeiro, ou simplesmente Reinaldo Ribeiro é nascido aos 06 de Junho de 1971 na agradável cidade de Bacabal, Estado do Maranhão, sendo, porém, logo nos primeiros anos de vida radicado na capital São Luís, onde estudou, casou-se e trabalha até os atuais dias de sua vida. Filho de pais funcionários públicos e de origem simples, cresceu juntamente com seus dois irmãos mais velhos em São Luís, onde desde cedo manifestou um extraordinário apreço pela leitura e escrita e um evidente dom para a produção textual.

É um autodidata de traços marcantes e grande parte de sua obra começou a ser composta desde o período da adolescência, tendo, porém, sua compilação sido iniciada somente após sua terceira década de vida, mediante o incentivo de amigos e admiradores. Casado com Giselle Costa Ribeiro, tem dois filhos, Fábio Jhonatta e Ana Raquel, a quem confere como tributo toda sua energia existencial. A obra de Reinaldo Ribeiro mantém a clássica tradição poética ludovicense e possui estilo único, forte e marcante, permeando traços arcadistas, simbolistas, modernistas e trovadoristas, por meio de uma evidente influência dos cordéis nordestinos e sob um jogo muito bem concatenado de estrofes e rimas, dando uma musicalidade toda especial e original ao seu conteúdo. Relatos feitos por leitores do autor chegam a ser impressionantes e através de suas publicações na web, manifestações do Brasil inteiro e até fora dele dão conta do forte impacto gerado por suas rimas e estrofes perfeitas. Muitos o têm como um dos mais brilhantes e promissores poetas da nova geração. Atualmente, Reinaldo Ribeiro tem publicado o livro LETRAS DA ALMA, pela editora Clube de Autores, com duas edições rapidamente esgotadas. Atualmente o seu trabalho se projeta vigorosamente nas redes sociais e centros acadêmicos, onde possui um grande poder de aceitação. No site Recanto das Letras, onde tudo começou, já são quase 2.000 obras publicadas, com quase 200.000 leituras oriundas de seguidores de todas as partes do Brasil e até fora dele, onde o êxito de seu trabalho lhe angariou a alcunha de "O Poeta do Amor". No Facebook, milhares de seguidores acompanham diariamente e com excelentes resultados suas diversas manifestações poéticas. O projeto de sua segunda publicação já se encontra em avançado estado, com previsão de publicação para o primeiro semestre de 2012.


POEMAS DE REINALDO RIBEIRO


ADEUS PARA O TEU BEM

Quisera reverter a circunstância adversa que de ti me afasta
Mas o bom senso pede um basta e cabe a nós um passo de serenidade
Jamais te prometi a irrealidade, jamais plantei a ventania que te arrasta
E agora que a loucura se alastra, do que ficou só restará saudade!

Saudade que fará um marco eterno em digitais intensas
Nas marcas densas alma a dentro e vertidas em pranto
Pois um negro manto já apagou a chama das ilusões não pretensas
Que migraram das antigas aparências para a despedida desse canto!

Sabiam nossas consciências de todas as suas óbvias fronteiras
E as deliciosas brincadeiras perderam o controle da seriedade
Veio impetuosa surrealidade e suas perigosas fogueiras
Queimando a lucidez em chamas de asneiras, furtando a estabilidade!

Assim sejamos novamente quem sempre fomos: estranhos conhecidos!
Lamento os fracassos sofridos, que nunca foram meus nem seus
Se o sol vê-se afogado em breus, se os horizontes andam deprimidos
Sejamos pelo menos amigos e aceitemos o prudente adeus!



AMOR ERRADO

Alguém me disse certa feita que eu não devia te amar
Que igual seria a um grave acidentar por um despenhadeiro
Julguei inverdadeiro tal ultimato que não quis considerar
E decidi me aventurar no mar de teu veneno tão hospitaleiro!

Beijei teus lábios muito mais do que devia, amei teu corpo sucessivamente
Abri solenemente a minha vida à proporção que a tua me invadia
Enquanto teu império em mim nascia, ao que a razão dizia fiz-me ausente
Julgando-me um az tão competente, não percebia que jogava e perdia!

Ultrapassei todas as fronteiras e não me protegi do perigo que rondava
Quanto mais te amava, meu corpo implorava reencontrar-te
Como um terráqueo vivendo em marte, um pensante que não raciocinava
Em teus braços me afundava num progressivo e agressivo disparate!

E quando enfim teu beijo doce viciou meu coração
Busquei em vão por tua imagem que já não mais me pertencia
Forçada abstinência que feria uma desavisada e sombria solidão
Que me falou que fui apenas diversão de quem me quis e já não mais queria!




TARDE DEMAIS PRA NÃO TE AMAR

Se já padeço dos sintomas, não mais importam as profilaxias
Com abaladas hierarquias, me desconheço nos próprios íntimos
Escravizados instintos dão o tom melódico que me foge a maestria
Vejo-me distinto do que me via, como um ébrio por teus lábios tintos!

Não resta muito a se fazer quando a razão se divorcia da ação
E se torna impossível dizer não ao que propõe o sentimento
Como uma folha relegada ao vento, somos o monumento da impercepção
No cais da solidão, somos embarcação ao descomando do relento!

Quando os passos do querer sobem ao trono da autonomia
A alegria parece se tornar sinônimo da mais gritante infantilidade
O ego perde a própria vaidade pra venerar outra fisionomia
E a maior das agonias é desobedecer tanta necessidade!

Assim me rendo aos soberanos oceanos de minhas incapacidades
Tentei fugir a essas grades, lutei profundamente em prol da indiferença
Mas hoje a descrença em mim mesmo reflete em lágrimas covardes
Porque as horas já estão tardes e todos os sintomas já são doença!



SE EU TE AMASSE UM POUCO MENOS

Talvez não visse toda minha vida esculpida em teu olhar
E conseguisse caminhar sem esbarrar em teu fantasma a cada esquina
Nem fosse teu sorriso céu de minha retina, como uma sina a te talhar
Talvez eu conseguisse invalidar algum adjetivo teu que me fascina!

Ainda que doente de amor, bem sei que não seria igual o coma de agora
E o meu ego que te adora, conformado dormiria não mais que admirado
Talvez não visse o coração tão seqüestrado pela beleza que te aflora
E tu não fosses odalisca e senhora dos meus alicerces ao eirado!

Algo me diz que eu não conseguiria ser essa poesia tão pulsante
E encontraria outra cena radiante, pra dividir com o vulto teu
E a febre que por ti me absorveu, me assediaria mais distante
Que eu não te acharia a todo instante e até me lembraria de ser meu!

Porque te amo tanto assim, vivo no além dos infinitos
Faço-te dogma de meus ritos, nado voando até teus braços
Quisera folgas nesses laços, quisera anseios comedidos
Mas minha alma só reflete teus rabiscos e teus sorrisos os meus passos!



NÃO MAIS QUE EU

Talvez a tua boca tenha encontrado novos favos de inéditos sabores
E algumas cores inauditas pintaram o teu céu com novidades
Que ao buscares inovações pra tua sede noutros licores
Tiveste a sensação de confrontar mil flores após achar outros pomares!

Talvez aos teus ouvidos outra promessa tenha sido proferida
E havendo a minha sido preterida, te pareceu melhor ao novo aderir
Que ao preferir não mais acreditar que sempre foste a preferida
Tiveste a sensação de uma saída, querendo de minhas portas desistir!

Talvez o teu olhar tenha brilhado por algo belo tal como eu nunca fui
E agora tudo que influi são todos os atributos que não possuo
Que em meio ao teu recuo e a nova crença que meu tudo para nada contribui
Teu preferir conclui tornar-se a mim qual cego e surdo!

Mas só até o fim da brevidade que tem pavimentado essa ilusão
Posto que o coração envolto em máscaras não pode remover suas digitais
O amor não morre pelo menos ou por algo mais, nem faz tal insinuação
Talvez me vença a inovadora sedução, porém te amar mais do que eu - isso jamais!



QUE TUDO SEJA AMOR

Que se desfaça em definitivo o nosso obscuro lado indiferente
Que façamos muito diferente tudo quanto já fizemos de forma inadequada
Que surja o pavimento de uma nova estrada, florida e reluzente
Por onde passe o sol mais imponente de uma aurora renovada!

Que nunca mais nosso falar desfira setas de maldade e agressão
Que seja um só coração os dois batimentos que nos cadenciam
Os dias que ambos já não mais viviam, que obtenham redenção
Abençoando a união que tantas flores pelos anos produziram!

Que meu olhar procure a beleza de teu corpo e tua alma
Que a tua calma seja o bálsamo que abranda e perfuma minhas implosões
Que nossas feições se confundam nessa paz que salva
Pra sem moderações ou única ressalva, o amor nos ache sob inundações!

Que todo o fim nascido pelo engano se traje como um recomeço
E o preço da eternidade seja pago pela inteligência do amor
Que a missão do lar que se consolidou tenha no céu seu endereço
E nunca mais haja tropeço nesse caminho que à felicidade nos destinou!



ALÉM DO OCEANO

O que há de ser do lado que eu habito, nesse vasto mar separador?
Teriam as ondas algum poder curador, que possa aliviar tanta saudade?
Que me venha n'alma semelhante claridade que há no horizonte encantador
Que nessas águas ajam outro sabor, açucarado como os hálitos da tarde!

Trariam as viajantes gaivotas em seu regresso um pouco de teu ar?
Só pra que eu possa imaginar que algo tendo sido teu aqui me alcançou
Aliviando esse poder destroçador de uma distância a me dilacerar
E para os meus pulmões abençoar com o ar que no teu ser já viajou!

Grita desse lado oposto do oceano e eu juro que daqui te escutarei
Prometo que recolherei as notas de tua voz e as guardarei no coração
Pra ser o meu pedaço de ilusão e a canção na qual te ouvirei
Pra ser a transgressão da física lei, que não desfaz a essência dessa união!

E eu prometo que não saio desse chão de areias e não mudo dessa vista
Por mais que teu calor do meu dista, de certa forma estás comigo
Se o mar separador for o castigo para que o meu amor de ti desista
Verá meu coração negar sua conquista, pois te esquecer não quero e nem consigo!

Reinaldo Ribeiro.
Todos os direitos autorais reservados ao autor.
 

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